As 10 etapas do método científico (e seus objetivos) - Médico - 2023


medical
As 10 etapas do método científico (e seus objetivos) - Médico
As 10 etapas do método científico (e seus objetivos) - Médico

Contente

O que fomos, somos e seremos devemos, em grande parte, à ciência. E é que o progresso científico não só permitiu que nossa expectativa de vida passasse de cerca de 30 anos no século XV para, hoje, cerca de 80 anos, mas também nos permitiu compreender a natureza do que nos rodeia e o que nos constitui.

A ciência é tudo. E sempre que há algum progresso, alguma disciplina científica está por trás disso. Avanços só são possíveis por meio da ciência. E é só por meio dela que podemos adquirir conhecimentos bem fundamentados e a maior objetividade possível.

E se todas as diferentes ciências têm algo em comum, da física à biologia, passando pela química, astronomia, medicina, psicologia ou geologia, é que compartilham a mesma forma de abordar a aquisição de conhecimentos. Todas as ciências baseiam seu desenvolvimento em etapas bem marcadas que constituem o método científico.


No artigo de hoje, portanto, além de entender exatamente o que é o método científico e sua origem, analisaremos de forma muito completa e clara as etapas que compõem essa metodologia na qual se baseiam todas as disciplinas científicas. Vamos lá.

  • Recomendamos que você leia: "As 10 diferenças entre filosofia e ciência"

Qual é o método científico?

Em linhas gerais, o método científico é a metodologia que permite adquirir conhecimentos contrastados com a realidade. É o pilar fundamental da ciência moderna e consiste em uma série de etapas baseadas no reconhecimento de um problema, formulação de hipóteses, previsões, experimentação, análise e achados. É a única forma de conhecimento que nos permite alcançar o avanço científico.

Para que uma ciência seja considerada como tal, deve basear-se nesta metodologia. Ciência, então, é todo aquele conhecimento estruturado e formulado com base na observação dos fenômenos naturais e na aplicação do método científico como guia a seguir para dar respostas às questões sobre a natureza que nos cerca e que nos faz.


O método científico foi estabelecido no século XVII graças a Galielo Galilei, a primeira pessoa a aplicar esta metodologia de observação da realidade para estabelecer a teoria heliocêntrica e provocar o divórcio definitivo entre Ciência e Religião. O nascimento do método científico marca o início da revolução científica e o estabelecimento da ciência moderna.

Gracias a él ha sido, es y seguirá siendo posible el progreso de la humanidad a través de avances en disciplinas que siguen la metodología marcada, desde la Astronomía hasta la Medicina, y que nos han permitido responder a preguntas sobre el Cosmos ya encontrar nuestro lugar no mesmo.

Nesse sentido, o método científico é a metodologia da ciência que deve necessariamente ser baseado em raciocínio hipotético-dedutivo. Mas em que consiste esse raciocínio? Na mistura de dois componentes: hipóteses e deduções.

A parte "hipotética" do método científico constitui a primeira fase do mesmo e consiste em analisar casos específicos (nos colocamos questões muito específicas) para chegar a conclusões potencialmente universais (obter respostas que podem ser aplicadas de forma geral) que servirão como hipóteses.


Mas essas hipóteses são apenas isso: hipóteses. Precisamos de uma segunda fase para confirmá-los ou rejeitá-los. E aqui a segunda parte do raciocínio científico entra em jogo: a dedução. Depois de chegar à hipótese em questão, o cientista deve utilizá-la como premissa universal para ver se, a partir daquele momento, todos os casos específicos que são analisados ​​atendem a essa hipótese.

Só então, quando a hipótese sempre é válida, um cientista pode deduzir que ela é válida. e que a conclusão a que chegou é universal. Toda ciência deve ser baseada e baseada neste tipo de raciocínio baseado na formulação de hipóteses e deduções.

Em suma, o método científico é uma metodologia baseada no raciocínio hipotético-dedutivo e que dá a todas as formas de conhecimento as propriedades necessárias para que tal conhecimento seja classificado como científico: falseabilidade (a hipótese pode ser refutada no futuro) e reprodutibilidade (o teste sempre pode ser repetido com os mesmos resultados). Sem método científico, não há ciência. E sem ciência, não há método científico.

  • Recomendamos que você leia: "Os 9 tipos de raciocínio (e suas características)"

Quais são as etapas da metodologia científica?

Agora que entendemos os fundamentos do método científico, podemos analisar em que etapas ele está dividido. Toda metodologia científica deve seguir sim ou sim todas essas etapas de maneira ordenada. Só então, respeitando-os, podemos garantir que a investigação em questão é de natureza científica. Vamos ver eles.

1. Observação

O primeiro passo de qualquer método científico é observar a realidade. A ciência se baseia justamente nisso, em abrir os olhos para tudo o que nos rodeia. Em manter uma mentalidade curiosa e estar atento aos detalhes, procurando algo que não podemos explicar ou que foge ao nosso entendimento. E quando olhamos de perto a realidade, encontramos coisas que não se encaixam. E assim entramos na segunda etapa.

2. Reconhecimento de um problema

Depois de observar a realidade ao nosso redor, nos deparamos com um problema. Há algo que não podemos explicar. Esse reconhecimento de que há algo errado é realmente o que abre as portas para a metodologia científica. E é que, quando encontrarmos um evento que escapa ao nosso conhecimento, já que não podemos explicá-lo, faremos perguntas a nós mesmos.

3. Faça uma pergunta a si mesmo

O método científico começa quando nos fazemos uma pergunta. Ou seja, após observar a realidade e encontrar um problema inexplicável, nos perguntamos como, quando, por que ou onde esse acontecimento.

Na ciência, é muito valorizado que a resposta a essa pergunta que nos fazemos seja mensurável, ou seja, que possamos chegar a resultados quantificáveis ​​de forma numérica. Antes de descobrir, um cientista deve fazer a si mesmo perguntas. E depois de se fazer perguntas para as quais você não tem resposta, mas antes de formular hipóteses, você deve passar por uma etapa intermediária.

4. Inspeção da bibliografia anterior

A inspeção bibliográfica anterior é a etapa intermediária. Um bom cientista está perfeitamente ciente de que não pode saber tudo. Portanto, mesmo que você não consiga encontrar as respostas para as perguntas que se fez, talvez alguém as tenha encontrado.

Nesse sentido, nutrir-se de todas as informações sobre a realidade que temos observado é fundamental, pois além de nos dar um maior conhecimento sobre o assunto (o que nos permitirá tornar o restante da metodologia mais confiável), podemos também encontre respostas para as preocupações que tínhamos. Se as perguntas nunca foram respondidas, é hora de seguir em frente e não cometer os mesmos erros do passado..

5. Formulação de uma hipótese

Se suas dúvidas não foram respondidas, é hora de o cientista se tornar uma figura ativa e lançar suas próprias hipóteses. Nesse momento, após observar a realidade e o conhecimento que adquiriu com a assimilação de outros estudos científicos, pode se aventurar a dar uma possível explicação para o motivo desse fenômeno que ele não entende. Uma hipótese é uma tentativa de explicar o que não entendemos. Uma boa hipótese é aquela que nos permite fazer previsões. E assim entramos na próxima fase.

6. Estabelecendo previsões

Depois de estabelecer uma ou mais hipóteses que podem ser a resposta ao fenômeno da realidade que não entendemos, é hora de fazer previsões. Esta etapa do método científico é muito importante, pois nos permite predizer que, se nossa hipótese for válida, observaremos um determinado fenômeno na realidade.

Deste modo, estabelecemos um protocolo que nos permitirá saber se nossa hipótese é boa ou não. Mas agora é a hora de ver se nossas previsões se concretizam ou não. E a única maneira de fazer isso é por meio da experimentação.

7. Experimentação

A experimentação é uma das chaves do método científico. Depois de formular uma hipótese e estabelecer algumas previsões que decorrem de seu cumprimento, é hora de testar essa hipótese. A ciência é baseada na experimentação. Um experimento é um processo bem regulado e estruturado que nos permite nos permite determinar se nossas previsões estão corretas ou não e, portanto, se nossa hipótese se sustenta ou não.

Toda experimentação deve seguir protocolos muito rigorosos que nos permitam garantir que os resultados obtidos são um verdadeiro espelho da realidade. E quando tivermos esses resultados, é hora de analisá-los.

8. Análise de resultados

Assim que o experimento for concluído, é hora de analisar os resultados obtidos. Se o experimento foi construído com o objetivo de alcançar resultados quantificáveis ​​e objetivos, bastará coletar esses resultados e verificar se eles estão dentro do esperado ou não. E assim que o fizermos, chegamos ao ponto final: as conclusões.

9. Conclusões

Depois de analisar os resultados obtidos, o cientista já pode ver se suas previsões se cumprem ou não. Se os resultados concordam com as previsões, você pode concluir que sua hipótese é válida e que, portanto, pode (a ciência tem um caráter intrínseco de falseabilidade que já comentamos) ser a resposta universal à questão colocada no início. Se, ao contrário, os resultados não forem concordantes, conclui-se que a hipótese não estava correta. Mas seja como for, é importante comunicar essas conclusões.

10. Comunicação de resultados

Quer a hipótese seja confirmada ou rejeitada, é importante que o cientista comunique os resultados e conclusões à comunidade científica. Se a hipótese foi atendida, ótimo, pois assim teremos uma visão mais completa de uma realidade específica.

E se não se cumpriu, também, porque permite limitar a quantidade de hipóteses que podem explicar este fenômeno. E é que chegar a uma hipótese rejeitada é realmente uma oportunidade para o mesmo ou outro cientista voltar a dar uma nova explicação para o que a ciência, no momento, não pode explicar.