Como aconteceu o colapso do mundo medieval? - Ciência - 2023


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o colapso do mundo medieval Tudo começou no século 14 e terminou no século 15, quando a Idade Moderna começou com o Renascimento. Nestes séculos, uma série de condições adversas gerou instabilidade e acabou com a Idade Média.

As principais causas foram a propagação da Peste Negra e guerras religiosas e monárquicas, condições que assolaram a Europa e interromperam o progresso feudal. Por outro lado, o processo de globalização já se iniciava com o comércio da Europa e do Oriente, aumentando com a chegada de Colombo à América.

Vários eventos coincidiram entre 1452 e 1453 para marcar o fim da Idade Média. Esses eventos foram a descoberta da América, a queda de Constantinopla e o fim da Guerra dos Cem Anos.

No entanto, o colapso que se acumulou por dois séculos foi o fator determinante no fim do estilo de vida medieval.


Causas do colapso do mundo medieval

1- Crise demográfica

Em primeiro lugar, houve um esgotamento dos solos e da agricultura, o que resultou em uma fome generalizada. Isso, somado a doenças e guerras, produziu um retrocesso no crescimento populacional.

Epidemias como malária e tuberculose começaram a ameaçar o continente. Mas a mais devastadora foi a peste bubônica, também conhecida como peste negra. Como resultado da peste, quase um terço da população europeia morreu.

Essa grande mortalidade teve consequências na economia, já que o campo contava com menos mão de obra.

2- Transformação econômica

Em consequência da má colheita e da diminuição da população, as aldeias foram abandonadas no campo e os camponeses preferiram refugiar-se nas cidades. Além disso, grandes rebeliões e levantes ocorreram nas áreas rurais.

Os camponeses não podiam mais pagar as novas cobranças de impostos dos senhores feudais e da Igreja, devido aos efeitos da crise da colheita. Assim, aos poucos a terra deixa de ser a base da riqueza.


Em vez disso, o comércio assume como atividade primária, o trabalho baseado em dinheiro começa e os primórdios do capitalismo emergem.

3- Surgimento da burguesia

Socialmente, as classes dominantes dos nobres e do clero perdem o poder. Seu domínio muda quando a burguesia surge com o renascimento da vida urbana na Europa, após as cruzadas.

Além disso, a sociedade passa a se “corporatizar”, ou seja, grupos de artesãos, comerciantes e professores se associam em corporações que vão marcar um novo peso.

Isso não apenas enfraquece as classes dominantes, mas cria uma nova estrutura social.

4- Origem das monarquias nacionais

No panorama político, o modelo vigente até então, o feudalismo, decai. Em seu lugar, são formados governos centralizados, como uma nova modalidade de cidades-estado ou repúblicas medievais.

Outros pequenos estados independentes confederados em impérios também são formados, como o Sacro Império Romano-Germânico.


E, finalmente, há uma terceira forma de organização que serão os Estados-nação como Espanha, França ou Inglaterra. Isso acontece depois da guerra de 100 anos, quando os ingleses recuam e os franceses começam a unificar seu território. Esta guerra trouxe devastação para a região.

Culturalmente, as línguas nacionais emergem nos novos estados centralizados que terão uma unidade linguística.

5- Perda do poder cristão

A igreja começa a sofrer problemas que anunciam a reforma posterior.

O papado entra em um tempo de corrupção e os reis querem que a igreja pare de se impor em seus territórios. Isso produziu um confronto entre o Papa Bonifácio VII e o Rei Filipe IV da França.

A disputa levou a um conflito. Por isso o Pontificado começa em Avinhão, como estrutura paralela à de Roma, e começa o chamado Cisma Ocidental.

A igreja acabou se dividindo e até tendo dois papas.

6- Queda de Constantinopla

A capital do Império Bizantino ou Império Romano Oriental foi de profunda importância para a manutenção do sistema feudal e cristão da Idade Média e sua expansão no Oriente.

Quando caiu nas mãos dos turcos otomanos, interrompeu o comércio e a comunicação com o leste.

Referências

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  5. Yepez, A. (2007). História Universal, Educação Básica. Editorial Larense.