As 8 características de vanguarda mais importantes - Ciência - 2023
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Contente
- Características fundamentais da vanguarda
- 1- Radical e subversivo
- 2- Experimentação
- 3- Convenções de cores
- 4- Do racional ao ilógico
- 5- Anarquismo e inovação
- 6- Arte conceitual
- 7- geometria
- 8- Abstração
- Referências
o vanguarda É caracterizado por ir além do seu tempo; a exploração de novas técnicas e materiais artísticos até então não explorados (Educação, 2017).
Os temas escolhidos dentro da vanguarda procuraram abranger o uso de novas técnicas e métodos artísticos que ajudassem os artistas a produzir uma arte melhor.
Desse modo, muitos artistas enfatizaram o desenho e o planejamento de suas obras, para além de simples “incidentes artísticos”, pois raramente um escultor ou pintor poderia ser vanguardista sem premeditação.
A vanguarda foi apontada como subversiva, polêmica e radical por questionar as diretrizes propostas pela arte clássica. Desse modo, foram transgredidos todos os limites da arte como era conhecida até o final do século XIX (Educação, 2017).
Dentre os artistas de vanguarda, Picasso se destaca, pelo questionamento analítico que fez ao uso da perspectiva visual dentro da pintura.
Também há os impressionistas Monet e Van Gogh com uma proposta “maluca” na aplicação da cor. Porém, o maior expoente da vanguarda foi Duchamp, com seu dadaísmo revolucionário ou dadaísmo.
Características fundamentais da vanguarda
1- Radical e subversivo
O termo "Avant Garde" foi usado pela primeira vez pelo francês Henri de Saint-Simon no início do século XIX. Ele declarou que os artistas que trabalharam a serviço das vanguardas estavam voltados para o progresso social e foram além dos cientistas e especialistas em outras disciplinas.
Porém, no início do século XX, o termo se caracterizava como sinônimo de radicalismo e implicava que os artistas de vanguarda tivessem que questionar o status quo da arte para ir um passo além dele.
É assim que os temas tratados pela vanguarda debatiam toda a dinâmica estética, movimentos intelectuais, convenções e métodos de produção artística. Por esse motivo, os artistas foram classificados como subversivos (Harland, 2013).
2- Experimentação
Os artistas de vanguarda caracterizaram-se por tratar a arte de forma diferenciada, explorando inúmeras técnicas.
Algumas dessas técnicas deram origem a novos movimentos artísticos, como o cubismo promovido por Picasso. Outros não tiveram sucesso e nunca foram realmente implementados.
A experimentação na vanguarda começou anos depois que a Revolução Francesa passou. Dessa forma, esse movimento é entendido como o despertar da arte no início do século XX.
As técnicas tradicionais de pintura a óleo foram desafiadas e a arte começou a retratar paisagens, formas e figuras com um novo romantismo. Assim nasceu o impressionismo como uma das grandes escolas de vanguarda (Johnson, 2017).
3- Convenções de cores
Pode-se dizer que os movimentos de vanguarda viraram a forma como a cor era usada em sua cabeça. De repente, as florestas podem ficar vermelhas e os montes de feno, azuis.
Tudo isso devido à importância que alguns artistas passaram a dar aos fenômenos naturais em momentos específicos, como a incidência do sol sobre os elementos percebidos pelos olhos do artista.
Essa mudança nas convenções de cores pode ser comum hoje, mas no início do século 20 o público se escandalizava com a violência com que a arte era tratada (Terraroli, 2006).
4- Do racional ao ilógico
A vanguarda teve inúmeros expoentes e resultou em múltiplos movimentos artísticos e escolas, hoje conhecidas como vanguarda. Cada vanguarda teve sua forma particular de abordar a arte e tratou de diferentes temas.
É assim que podemos ver movimentos como o fauvismo, com um esquema de cores não natural e dramático, onde seus criadores eram conhecidos como "feras", e movimentos como o cubismo, onde a análise da forma prevaleceu, criticando a ideia convencional do perspectiva linear em favor de uma ênfase no uso da bidimensionalidade.
Desta forma, as vanguardas escandalizaram os acadêmicos da época, com exposições em Paris, Nova York, Munique, Dresden e Berlim.
Nestes últimos lugares, o expressionismo alemão se encarregou de quebrar os esquemas tradicionais com um estilo de arestas marcadas que são usados até hoje (Scheunemann, 2000).
5- Anarquismo e inovação
O movimento de vanguarda por excelência é o dadaísmo, que tratou de temas que giravam em torno da crítica direta às artes visuais e à proposta de uma arte que incluía uma mistura inovadora de anarquia e hipermodernismo.
O dadaísmo era altamente controverso e desafiador, rejeitando todos os pilares fundamentais da arte clássica.
Dadá transformou lixo e objetos encontrados na rua em colagens tridimensionais. Dessa forma, os expoentes dessa corrente criaram uma arte mais conceitual com a qual se poderia interagir.
6- Arte conceitual
As vanguardas eram principalmente conceituais. Deles, deriva o que hoje é conhecido como arte performática e acontecimento.
Principalmente, a corrente Dada é entendida como a precursora da arte conceitual que viria quase cinquenta anos depois com o pós-modernismo.
Cada tendência de vanguarda foi a sucessora de uma nova tendência. Assim nasceu o surrealismo do dadaísmo, e a arte ganha cada vez mais um tom mais conceitual, carregada de figuras dos sonhos de Salvador Dalí.
7- geometria
Este é um assunto fortemente tratado pela vanguarda, uma vez que os conceitos de figura e forma foram claramente debatidos.
Foi assim que o movimento De Stijil nasceu nas mãos do artista Piet Mondrian, e a realidade é interpretada a partir de uma abstração de figuras geométricas básicas e experimentais.
A geometria não era tratada apenas pelos pintores, os escultores também questionavam esse aspecto da arte, dando origem a movimentos como o futurismo, onde a forma era representada a partir de um ideal espacial de formas mais sinuosas e texturas metálicas.
8- Abstração
Dentro da vanguarda, a abstração de elementos da arte clássica chegou a um ponto em que dificilmente simplificaria ainda mais as formas e as figuras.
No final do século 20, o abstracionismo dominou o mundo da arte e era difícil para os artistas criar novas peças surpreendentes.
Nessa época, Jackson Pollock criou a técnica da pintura em ação, dando uma guinada ao popular tema do abstracionismo. As cores e traços novamente tinham emoção e a mensagem que se pretendia transmitir era mais poderosa (Kordic, P, Martinique, & P, 2017).
Referências
- EDUCATION, E. O. (2017). ENCICLOPÉDIA DE EDUCAÇÃO EM ARTE. Obtido na Avant-Garde Art: visual-arts-cork.com.
- Educação, M. o. (2017). Espanha é cultura. Obtido do Modernismo e movimentos de vanguarda: spainisculture.com.
- Harland, M. (2013). Vanguardismo democrático. Londres: Lexington Books.
- Johnson, G. (2017). Publicação da Contra-Correntes. Obtido em Vanguardism, Vantardism, & Mainstreaming: counter-currents.com.
- Kordic, A., P, S., Martinique, E., & P, N. (2017). História da Arte - Editorial Widewalls. Obtido em ENTENDENDO O SIGNIFICADO DA AVANT-GARDE: widewalls.ch.
- Scheunemann, D. (2000). Avant-garde Europeia: Novas Perspectivas. Atlanta - Amsterdam: American Comparative Literature Association.
- Terraroli, V. (2006). 1900-1919: Os movimentos de vanguarda. Skira.