Revolução Industrial no Chile: causas e consequências - Ciência - 2023


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Revolução Industrial no Chile: causas e consequências - Ciência
Revolução Industrial no Chile: causas e consequências - Ciência

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o REvolução industrial no Chile Aconteceu no século XIX, quando aproveitou as novidades que surgiam na Europa para mudar a sua base económica e modernizar algumas das suas infra-estruturas.

As mudanças provocadas pela Revolução Industrial no velho continente fizeram com que passasse a precisar de mais produtos importados. Por um lado, suas fábricas precisavam de matérias-primas para funcionar no ritmo que novas invenções e métodos exigiam.

Por outro, houve uma explosão populacional na maioria dos países europeus. Por isso, era necessário que as importações de alimentos crescessem, então eles passaram a comprar mais cereais no exterior. O Chile foi um dos países que mais se destacou como exportador de matérias-primas e alimentos.


Como resultado, modernizou seu transporte, fortaleceu suas indústrias de mineração e extração e teve que desenvolver novas áreas no país para torná-las mais rentáveis ​​economicamente. Quanto à industrialização em si, ela só aconteceu no início do século XX.

Causas

Foram várias as circunstâncias históricas que levaram à primeira Revolução Industrial. Isso, que aconteceu na Grã-Bretanha, foi o fim de uma série de eventos que ocorreram na Europa desde o final da Idade Média.

Os principais foram o desenvolvimento da ciência, as invenções que melhoraram o transporte e a colonização da América, África e Ásia.

Uma das invenções que tiveram maior impacto na Revolução Industrial foi a da máquina a vapor. Em pouco tempo, essa nova máquina deu um grande impulso à produção industrial, tornando-a mais eficiente. Além disso, representou também um grande avanço no transporte, tanto terrestre quanto marítimo.


Embora esta primeira fase da Revolução Industrial tenha se limitado à Inglaterra, nas décadas seguintes ela se expandiu para o resto da Europa e Estados Unidos. Enquanto isso acontecia, o Chile acabava de se tornar um país independente e tentava estabilizar sua situação política e econômica.

A base fundamental da economia chilena era a agricultura e a pecuária, com muito pouco desenvolvimento industrial. No entanto, soube aproveitar as necessidades criadas nas grandes potências europeias para dar um salto econômico e se tornar um país exportador.

Necessidade de matérias-primas na Europa

Como já foi assinalado, a indústria européia surgida da Revolução era mais eficiente. No entanto, isso significou um aumento na demanda por matérias-primas, principalmente minerais. O Chile possuía grandes depósitos, o que tornava o país um dos principais exportadores, principalmente de carvão e cobre.

No caso desse segundo mineral, o crescimento de sua demanda provocou forte elevação dos preços. Isso incentivou a busca por novos depósitos fora da Europa, pois os deles estavam se esgotando. O território chileno era muito rico nesse material e, em pouco tempo, tornou-se o principal produtor do mundo.


Para alcançar esta posição, passou a utilizar alguns avanços técnicos, como o forno reverberatório) e aprimorou seus transportes.

Por outro lado, o Chile também se tornou uma potência exportadora de outro produto muito procurado pelos europeus: o nitrato. Durante a segunda metade do século 19, as vendas desse material aumentaram enormemente.

Aumento da população na Europa

A melhoria das condições de vida na Europa, somada aos avanços em sua agricultura, fizeram com que sua população se multiplicasse em pouco tempo. Isso resultou em uma maior necessidade de alimentos. Para atender a essa demanda, o Chile aumentou sua produção de trigo e outros cereais.

Todo esse acúmulo de capital obtido com as exportações trouxe consigo a possibilidade de se obter créditos externos e dedicá-los à modernização do país. Além disso, o investimento estrangeiro começou a crescer.

Consequências

Tanto o crescimento populacional quanto a crescente demanda por matérias-primas na Europa foram um forte estímulo para a economia chilena. Embora a criação de uma indústria própria demorasse a surgir, o país aproveitou as circunstâncias para fazer algumas mudanças em diversos setores.

Incorporação de avanços tecnológicos

Os novos sistemas de transporte chegaram ao Chile em breve. Assim, os navios a vapor começaram a ser utilizados em 1835, introduzidos pelo empresário americano William Wheelwright. Ele fundou uma empresa que se tornou uma grande vantagem de exportação: Pacific Steam Navigation.

O mesmo aconteceu com o transporte terrestre, principalmente com o ferroviário. A infraestrutura ferroviária construída foi projetada para ligar as regiões de mineração e agricultura aos portos de embarque. A primeira ferrovia entre Caldera e Copiapó foi inaugurada em 1851, com a participação de Wheelwright, agora junto com Enrique Meiggs.

Desenvolvimento de novas áreas do país

A demanda por alimentos destinados à exportação motivou a ocupação de novas regiões para o cultivo do trigo, como a Araucanía. Lá, canais de irrigação foram construídos, locomotivas a vapor foram trazidas e a construção da ferrovia foi favorecida.

Tudo isto implicou uma grande modernização da atividade agrícola para poder negociar com os mercados europeus.

Matérias primas

Tal como aconteceu com os alimentos, a necessidade de matéria-prima também levou à modernização da atividade extrativista. O cobre se tornou um dos produtos mais importantes para a economia chilena. Na verdade, os impostos que o comércio desse metal produzia contribuíam com metade do orçamento do país.

A extração do cobre estimulou outras áreas econômicas. Foi necessário construir fundições para processar o metal e portos para enviá-lo. Da mesma forma, o Chile teve que comprar novos navios e a produção de carvão, necessário ao processo de produção do cobre, aumentou.

Por outro lado, a demanda por nitrato fez com que os empresários chilenos investissem em sua extração. Isso não aconteceu apenas no território do país, mas também na Bolívia, em uma área que, após a Guerra do Pacífico, foi incorporada ao Chile.

O chamado ouro branco tornou-se, por algumas décadas, o produto mais importante do país. No final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, sua exportação sustentou as contas chilenas.

Pequenos avanços na industrialização

Após a criação da Universidade do Chile, quase em meados do século 19, o governo chileno começou a trazer especialistas estrangeiros para promover o conhecimento e o desenvolvimento industrial.

No entanto, foi somente no final daquele século que o Chile iniciou seu próprio processo de industrialização. É então que se funda a SOFOCA, organização que buscou promover o seu desenvolvimento. Desse modo, começou a surgir a indústria metalúrgica, alimentícia ou têxtil.

Migração país-cidade

Embora mais tarde do que na Europa, o Chile também experimentou um processo de migração do campo para a cidade. Poderia ser ainda maior se não fosse a alta taxa de mortalidade infantil, fomes frequentes e algumas epidemias.

Conflito social

As mudanças nas estruturas econômicas e de trabalho causadas pela Revolução Industrial tiveram um grande impacto nas relações sociais e políticas. Com a industrialização apareceu uma nova classe, o proletariado, composta pelos trabalhadores. Suas condições de vida eram péssimas, sem direitos trabalhistas.

Para tentar melhorar essas condições, os trabalhadores foram agrupados em sindicatos e partidos políticos, muitos deles de ideologia socialista. Suas principais armas foram greves e manifestações, às quais o Estado respondeu, muitas vezes, com grande violência.

No Chile, como no resto do mundo, surgiram muitos conflitos sociais, conhecidos como “Questão Social”. No início do século 20, a luta dos trabalhadores obteve algumas vitórias, com a promulgação de leis que melhor regulamentaram seus direitos contra os patrões.

Referências

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