Batalha das Salinas: causas, desenvolvimento e consequências - Ciência - 2023


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o Batalha das Salinas Foi um dos confrontos armados que ocorreram na guerra civil que enfrentou os conquistadores espanhóis do Peru. Aconteceu em 6 de abril de 1538 e teve como protagonistas as tropas comandadas por Hernando e Gonzalo Pizarro e as lideradas por Diego de Almagro.

A principal causa do confronto entre Almagro e Pizarro foi a disputa pela posse de Cuzco. Ambos os conquistadores alegaram que a cidade estava sob sua jurisdição, embora fosse Almagro quem a dominava desde 1537. O próprio fracasso de Almagro em sua expedição para conquistar o Chile aumentou sua pressão para preservar Cuzco.

A batalha terminou com o triunfo das tropas de Pizarro, que ocuparam Cuzco após a vitória. Almagro, por sua vez, foi capturado e preso. O conquistador foi acusado de traição, julgado sumariamente e executado com pena de pau.


Embora esta batalha tenha marcado o início de um período de hegemonia de Pizarro na região, não significou que a situação se acalmasse. Durante várias décadas, ocorreram os confrontos entre os conquistadores e os governantes castelhanos.

Causas

A posse de Cuzco foi o estopim da guerra civil que opôs os partidários de Pizarro e os de Almagro no Peru. Em 1537, Diego de Almagro conseguiu ocupar a cidade. Além disso, fez prisioneiros os irmãos Hernando e Gonzalo Pizarro.

Depois disso, derrotaram o pizarro Alonso de Alvarado em Abancay, depois descendo a costa carregando Hernando Pizarro. Em Cuzco, Gonzalo Pizarro e outros capitães foram presos.

As duas partes começaram a negociar em Mala e, para resolver suas diferenças, concordaram em submeter a disputa sobre Cuzco à arbitragem de Frei Francisco de Bobadilla. O padre emitiu decisão favorável a Pizarro, causando descontentamento em Almagro, que decidiu ignorá-lo.


Diante disso, Francisco Pizarro preferiu esperar que o rei se pronunciasse, deixando seu inimigo continuar em Cuzco. Em troca dessa espera, pediu a libertação de seu irmão Hernando, o que foi aceito por Almagro.

Rivalidade entre Francisco Pizarro e Diego de Almagro

A rivalidade entre Pizarro e Almagro começou quando eles tiveram que dividir as terras conquistadas aos Incas. As Capitulações de Toledo, negociadas entre Pizarro e a Coroa espanhola, concederam a este conquistador muito mais privilégios e posses do que aos seus companheiros de expedição, Almagro e Hernando de Luque.

Além disso, Francisco Pizarro dispunha à vontade o que tinha conquistado, sem contar com os companheiros. Isso provocou a ira de Diego de Almagro, que se considerava prejudicado na distribuição de riquezas. Logo, essa raiva se transformou em um confronto entre seus apoiadores.

Por outro lado, Almagro também tinha um relacionamento muito ruim com um dos irmãos de Pizarro, Hernando, o que piorava a situação.


Intervenção da Coroa Espanhola

A ação da Coroa espanhola não ajudou exatamente a acalmar a situação, especialmente após a promulgação das Novas Leis. Com isso, a Coroa pretendia fortalecer sua presença nas terras descobertas e nomear novas autoridades.

Uma das leis eliminou a condição de hereditariedade das encomiendas concedidas e outra aboliu o trabalho temporário dos indígenas.

Tudo isso fez com que os conquistadores considerassem que seus esforços não foram recompensados ​​e muitos não hesitaram em pegar em armas.

A posse de Cuzco

Como observado anteriormente, os dois conquistadores reivindicaram domínio sobre Cuzco. Para Almagro, aliás, significou recuperar um pouco da fracassada expedição ao Chile, onde não havia encontrado riquezas importantes.

Desenvolvimento

Como advertira o tenente de Almagro, libertar Hernando Pizarro foi um grande erro do conquistador. Imediatamente, a promessa de manter a paz foi esquecida e Hernando reagrupou seu povo para recuperar Cuzco.

A guerra era inevitável e Almagro pôs em marcha. Doente, ele teve que delegar a direção da batalha a seu tenente, Rodrigo Orgóñez. Ele enviou seus homens para controlar algumas passagens nas montanhas, a fim de deter as tropas de Pizarro.

Apesar disso, Hernando Pizarro conseguiu romper as defesas contornando o outro lado da serra. Almagro e seu povo tiveram que retornar rapidamente na direção de Cuzco.

Os pizarristas, porém, decidiram esperar no vale de Ica antes de seguirem para a cidade. Francisco, mais velho para a batalha, retirou-se para Lima, deixando os irmãos à frente do exército. Em abril de 1538, as tropas Pizarro chegaram perto de Cuzco. Almagro esperava por eles depois de reforçar as defesas.

Lugar escolhido

Segundo as crônicas, Almagro propôs ao seu povo negociar com o inimigo, o que Rodrigo Orgóñez recusou totalmente. O local escolhido para enfrentar os irmãos Pizarro foi uma planície a 5 quilômetros de Cuzco, conhecida como pampa de las Salinas.

A batalha

Após a missa obrigatória, os homens de Gonzalo Pizarro atravessaram o rio que dividia o campo de batalha. Assim que alcançaram o pântano abaixo, os almagristas começaram a disparar seus canhões. Com dificuldade, Gonzalo conseguiu sair do atoleiro.

Uma vez realizado, eles foram capazes de ocupar uma pequena colina. Isso permitiu que respondessem aos tiros com segurança, causando grandes danos aos inimigos.

Por sua vez, Hernando também passou a cruzar o riacho, investindo ferozmente contra o inimigo. Orgóñez, ao vê-lo, ordenou que seu povo fizesse o mesmo.

Derrota de Almagro

A batalha durou cerca de duas horas, durante as quais os Pizarros foram ganhando posições sem interrupção. Orgóñez, que havia tentado duas vezes matar Hernando, foi cercado por vários soldados inimigos. Ele tentou se render e entregar sua espada, mas a resposta foi uma facada no coração que causou sua morte.

Sem seu líder, as tropas de Almagro acabaram fugindo perseguidas pelos pizarristas. Diego de Almagro, que contemplava a batalha de uma colina próxima, tentou escapar antes da derrota certa. No entanto, ele acabou sendo capturado.

Consequências

As diferentes fontes não concordam com o número de vítimas. O cálculo mais aproximado afirma que os mortos deviam ter cerca de 150.

Execução de Almagro

Diego de Almagro foi entregue a Hernando Pizarro, que o encerrou no mesmo lugar onde ele mesmo estivera preso.

Pizarro temia que os simpatizantes de Almagro que permaneceram na cidade tentassem se rebelar contra ele. Por isso, transferiu o filho do prisioneiro para Chachapoyas, afastando-o dos partidários do pai. Hernando, por sua vez, rejeitou todos os pedidos de soltura.

Diego de Almagro foi julgado por traição à Coroa, além de outras acusações menos graves. Ele foi condenado a morrer no cadafalso.O preso tentou convencer Hernando Pizarro a perdoá-lo, sem sucesso. Ele até se recusou a confessar, pensando que isso impediria a execução.

Finalmente, Almagro foi executado por meio do clube vil em sua própria cela, em segredo, para evitar possíveis distúrbios civis.

Hegemonia do clã Pizarro

Após a vitória conquistada na Batalha de Las Salinas, o clã Pizarro conseguiu consolidar sua hegemonia no território. Ao finalizar Almagro, eles eliminaram o único homem que poderia enfrentá-los.

No entanto, o domínio do Pizarro não acalmou a situação no Peru. Os confrontos entre os conquistadores e os governantes castelhanos continuaram ocorrendo por décadas. Nem mesmo o assassinato de Francisco Pizarro, em 26 de junho de 1541, conseguiu estabilidade na região.

Referências

  1. Pasta Pedagógica. Guerra civil entre os conquistadores. Obtido em folderpedagogica.com
  2. Sayago Guzmán, Juan Manuel. Pizarro e Almagro (II): Guerra Civil entre os conquistadores do Peru. Obtido em archivoshistoria.com
  3. López Martínez, Héctor. A Batalha de Salinas e suas vítimas. Recuperado de e.elcomercio.pe
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  5. Markham, Sir Clements. Guerras Civis no Peru, A guerra de Las Salinas, de Pedro de Cieza de León. Recuperado de books.google.es
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  7. Minster, Christopher. Biografia de Diego de Almagro. Obtido em Thoughtco.com.