Qual é o objeto de estudo da sociologia? - Ciência - 2023
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Contente
- Qual é o objeto de estudo da sociologia?
- Teorias sociais e sociologia
- Paradigmas da sociologia
- Métodos Sociológicos
- Referências
o objeto de estudo da sociologia é a sociedade humana, individual e coletivamente, por meio da aplicação do método científico às suas estruturas, formas de organização e comportamentos.
A sociologia aborda o homem como um ser social e busca cobrir todas as arestas que partem daí. Formalmente, é conhecida como a ciência que trata das condições de existência das sociedades humanas.
A sociologia é um campo de estudo dinâmico, pois deve adaptar suas reflexões a partir das transformações sociais que ocorrem ao longo da história, buscando abarcar seus fatores e fenômenos determinantes.
Ao longo de sua existência como ciência social, a sociologia aplicou técnicas multidisciplinares que lhe permitiram refletir sobre seus fundamentos básicos. Isso também lhe permitiu adotar novos métodos à medida que novos cenários orgânicos são descobertos nos quais o homem está socialmente envolvido.
É considerada uma ciência que vai muito além de seus conceitos básicos, pois seu objeto de estudo não pode ser considerado mecânico ou absoluto. Portanto, sempre haverá novos fenômenos cujas respostas ou causas devem ser abordadas com novas perspectivas e novos conceitos.
Qual é o objeto de estudo da sociologia?
A sociologia se concentra em estudar:
-Relações sociais.
-Interações sociais.
-Cultura que envolve o dia a dia.
-Classes sociais.
-Estratificação social.
-Mobilidade social.
-Religião.
-Secularização.
-A lei e o crime.
-Sociologia Econômica: trabalho, emprego e indústria.
-Família, gênero e sexualidade.
-Guerra, paz e conflito.
-População e demografia.
-Raça e relações étnicas.
-Sociologia urbana e rural.
-Conhecimento e ciência.
Teorias sociais e sociologia
Antes de se estabelecer e assimilar como ciência ou campo do conhecimento, as origens da sociologia se manifestaram nas teorias sociais que diversos autores trabalharam ao longo da história.
Essas teorias surgiram por conta de diferentes aspectos contextuais, como a implementação das primeiras ordens sociais, trabalhadas por Aristóteles em obras como A Republica.
Também foram gerados pela irrupção de uma nova organização devido a mudanças drásticas nas relações de trabalho e de produção, como foi o caso na obra de Karl Marx.
Outros autores que desenvolveram suas próprias teorias sociais, e que ainda hoje são referência para o estudo do homem em sociedade, foram René Descartes, Max Weber, Emile Durkheim, Auguste Comte, Adam Smith e Henri de Saint-Simon, entre outros.
Um aspecto relevante disso e da própria sociologia é que muitas correntes tratam de ideias opostas, o que tem permitido uma grande riqueza histórica no que se refere ao confronto de pensamentos e ideias.
As teorias sociais partem de um elemento fundamental: o homem. A maioria dos autores que impõem seu pensamento social ao conhecimento coletivo, o faz a partir de sua própria concepção do homem a partir de seu meio.
A partir disso, eles constroem o que seria a ordem social e a sociedade em que esse tipo de homem se desenvolveria.
As teorias sociais, em si mesmas e como parte da sociologia, apresentam uma concepção ideal de sociedade que não se reflete necessariamente na realidade.
A sociologia, ao entrar no campo científico mundial, passou a levar em conta os aspectos contextuais de cada momento histórico para estabelecer suas próprias posições.
Paradigmas da sociologia
Uma vez reconhecida como uma ciência social capaz de aplicar métodos científicos adaptados aos seus fins com relativa eficácia, uma série de paradigmas e abordagens foram estabelecidas no campo sociológico que têm servido para abordar certos fenômenos sociais.
Ressalte-se que esses paradigmas foram se modificando e novos surgiram ao longo da história, em busca dos respectivos fenômenos que os originaram.
Dentre as mais conhecidas e aplicadas, podemos considerar o paradigma ou abordagem funcionalista, proposto inicialmente por Emile Durkheim.
Esse paradigma aborda a sociedade como um sistema complexo cujos elementos internos estão conectados entre si, proporcionando funcionalidade ao todo.
A corrente estruturalista do século XX foi administrada a partir dessa abordagem, cuja percepção estabelecia que a sociedade progredia gradativamente por meio da aplicação de normas e preceitos que garantissem a estabilidade.
Outro paradigma importante é o da etnometodologia, que consiste em uma abordagem mais pragmática baseada no homem e em seu ambiente imediato.
Segundo esse paradigma, o meio ambiente influencia o homem por meio das práticas e atividades às quais ele teve que se submeter para garantir sua subsistência.
Outros paradigmas que receberam grande importância, especialmente após o declínio das correntes mais antigas, foram as abordagens teóricas do conflito e da troca.
O primeiro surge em meados do século XX, da mão de pensadores como Jurgen Habermas ou Michel Foucault; pode ser percebido como uma visão ligeiramente mais entrelaçada da dinâmica interna de um sistema social.
A teoria da troca parte do behaviorismo, e tem grandes implicações psicológicas em relação às formas de comportamento do homem de acordo com suas necessidades e ambições.
Os paradigmas sociológicos geralmente são superados. Hoje, as abordagens neomarxistas substituíram várias das outras mencionadas.
Métodos Sociológicos
Como a sociologia não pode se desenvolver como uma ciência rígida, a versatilidade de suas técnicas fez com que utilizasse métodos diferentes que em outros campos científicos podem não ser vistos juntos na mesma disciplina.
A sociologia pode aplicar os métodos quantitativos e qualitativos cientificamente populares, bem como o método comparativo.
No caso da sociologia, a pesquisa qualitativa se concentra na compreensão e reflexão do comportamento humano, bem como na explicação das razões ou consequências disso.
A abordagem qualitativa se concentra em responder o como e por quê de algo, estudando pequenas amostras sob condições muito específicas.
A pesquisa quantitativa é mais comum porque costuma haver noções gerais sobre um aspecto ou vários fenômenos, por meio da aplicação de técnicas científicas, estatísticas e numéricas que respondem a padrões sem muita especificidade.
Dessa forma, buscam-se padrões de relacionamento que possibilitem abordagens qualitativas de aspectos específicos.
O que em sociologia se define como método comparativo nada mais é do que a relação que poderia existir entre diferentes fenômenos de um processo de estudo que, em princípio, poderiam parecer isolados, mas com uma capacidade implícita de se influenciarem.
Referências
- Bourdie, P. (2005). Um convite para sociologia reflexiva. SÉCULO XXI.
- Chinoy, E. (1996). Sociedade: uma introdução à sociologia. México: Fundo de Cultura Econômica.
- FES. (s.f.). O que é sociologia. Obtido da Federação Espanhola de Sociologia: fes-sociologia.com
- Martinez, J. C. (22 de maio de 2012). O que é sociologia? Obtido de Ssociologists: sociologos.com
- Simmel, G. (2002). Questões fundamentais da sociologia. Barcelona: Gedisa.