Os 10 tipos mais importantes de paradigma - Ciência - 2023
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Contente
- Origem dos paradigmas
- Principais tipos de paradigma
- - Paradigmas educacionais
- 1- paradigma comportamental
- 2- Paradigma construtivista
- 3- Paradigma histórico-social
- 4- Paradigma cognitivo
- - Paradigmas de pesquisa
- 5- paradigma quantitativo
- 6- paradigma qualitativo
- 7- paradigma positivista
- 9- Paradigma interpretativo
- 10- Paradigma empírico-analítico
- Referências
o tipos de paradigma Os mais proeminentes são o paradigma comportamental, o paradigma histórico-social ou o paradigma quantitativo, entre outros. Paradigmas são formas de interpretar a realidade e a partir deles o mundo ou uma área da ciência é investigada, estudada e observada. Por exemplo, a partir do paradigma comportamental da psicologia, a consciência é rejeitada e o comportamento que pode ser observado é estudado.
Etimologicamente, a palavra paradigma tem origem na Grécia Antiga, derivada do termo Paradeigma que é traduzido como modelo ou exemplo. Esse é precisamente o significado que lhe é dado hoje, pois quando a palavra paradigma é mencionada, ela fala de exemplos, padrões ou modelos a seguir.
Portanto, a palavra paradigma é utilizada para se referir ao conjunto de crenças, exemplos e normas como um ideal a ser seguido, seja de uma cultura, regra ou sociedade.
Desde os anos 60 do século 20, o termo foi cunhado na pesquisa científica, bem como nos estudos de epistemologia, pedagogia e psicologia.
Origem dos paradigmas
O filósofo grego Platão foi uma das primeiras figuras históricas a usar esse termo para se referir a ideias ou exemplos a seguir, desde que seja usado em um contexto onde haja inspiração.
Por sua vez, o filósofo americano Thomas Kuhn foi quem introduziu o termo para descrever o conjunto de atividades que definem as diretrizes de uma disciplina científica dentro de um espaço temporal.
Na ciência, o paradigma é concebido de um ponto de vista mais prático que suscita a descoberta de novos espaços de investigação, outras formas de obter a formação e os dados necessários que permitem resolver os problemas colocados numa dada situação.
No entanto, deve-se observar que esse termo pode ser aplicado em outras áreas, além das ciências, linguísticas e sociais.
O paradigma é tudo relacionado à forma como o mundo é compreendido, as experiências e crenças de uma sociedade e tudo o que afeta a forma como o indivíduo percebe a realidade que o cerca no sistema social.
Dependendo do campo em que é utilizado, há uma tipificação dos paradigmas. A seguir, você poderá ver de forma resumida os mais usados.
Principais tipos de paradigma
No setor educacional, a formulação de novos paradigmas implica uma evolução para alcançar o aprimoramento dos conhecimentos disponíveis, sendo considerados como novos instrumentos para resolver incógnitas (Luna, 2011).
- Paradigmas educacionais
A partir desse preceito, na educação são reconhecidos vários tipos de paradigmas, dos quais se destacam o comportamental, construtivista, cognitivo e histórico-social.
1- paradigma comportamental
Enquadrado na teoria comportamentalista, este modelo estima que a aprendizagem deve ser focada em dados observáveis e mensuráveis, onde o professor é percebido como "uma pessoa dotada de competências aprendidas, que transmite de acordo com um planejamento realizado com base em objetivos específicos" (Hernández , 2010, p. 114).
O professor deve fornecer, por meio de princípios, procedimentos e programas comportamentais, as ferramentas para que os alunos atinjam os objetivos de aprendizagem propostos (Chávez, 2011).
O aluno ou aluno, dentro desse paradigma, atua como receptor das instruções programadas pelo professor, antes mesmo de conhecê-lo, estando condicionado a ser um ator passivo em um mundo ativo.
É reconhecido que o desempenho do aluno e o aprendizado escolar podem ser influenciados ou modificados de fora do sistema educacional.
2- Paradigma construtivista
Ao contrário do modelo anterior, este paradigma concebe o aluno como uma entidade ativa e mutante, cuja aprendizagem diária pode ser incorporada em experiências anteriores e estruturas mentais já forjadas.
Nesse espaço construtivista de aprendizagem, o aluno deve internalizar, transformar e reorganizar novas informações para adaptá-las às aprendizagens anteriores, o que lhes permitirá enfrentar situações da realidade.
3- Paradigma histórico-social
Também conhecido como o modelo sociocultural desenvolvido na década de 1920 por Lev Vigotsky, em que a premissa principal é que a aprendizagem do indivíduo é influenciada pelo seu meio social, história pessoal, oportunidades e contexto histórico em que se realiza.
Estruturalmente, este paradigma é percebido como um triângulo aberto, que nada mais é do que a relação que existe entre o sujeito, o objeto e os instrumentos em que os vértices se desenvolvem no contexto sociocultural, desempenhando este um papel fundamental na construção do conhecimento.
4- Paradigma cognitivo
Desenvolvido na década de 1950, nos Estados Unidos, esse paradigma tem o interesse em destacar que a educação deve ser orientada para o desenvolvimento de habilidades de aprendizagem, não apenas de ensino de conhecimentos.
O modelo cognitivo é derivado da combinação de três campos, considerados os antecedentes desse paradigma: teoria da informação, linguística e ciência da computação.
Do ponto de vista educacional, os objetivos primários da escola, de acordo com a abordagem cognitiva, devem centrar-se em aprender a aprender e / ou ensinar a pensar. As dimensões cognitivas que se desenvolvem neste paradigma são atenção, percepção, memória, inteligência, linguagem, pensamento, entre outras.
- Paradigmas de pesquisa
No âmbito da pesquisa social, desenvolvem-se níveis e perspectivas em que surgem dois paradigmas principais: o quantitativo e o qualitativo.
Estes diferem no tipo de conhecimento que se espera obter na pesquisa realizada, de acordo com a realidade, objeto de estudo e as técnicas utilizadas na recolha de informação (Gray, 2012).
5- paradigma quantitativo
Diretamente relacionado à perspectiva distributiva da pesquisa social, que visa descrever com precisão a realidade social em estudo. Para atingir o seu objetivo, esta abordagem conta com técnicas estatísticas e matemáticas, como a utilização de inquéritos e a respetiva análise estatística dos dados obtidos.
Desta forma, constrói-se um conhecimento ligado à objetividade, evitando deturpar informações ou gerar distorções derivadas da subjetividade. Com este paradigma, leis ou normas gerais de comportamento humano são estabelecidas a partir da elaboração de conceitos empíricos.
6- paradigma qualitativo
Por sua vez, a abordagem qualitativa está intimamente ligada às perspectivas dialética e estrutural da realidade, voltada para a análise e compreensão das respostas dos indivíduos às ações e comportamentos sociais.
Ao contrário do paradigma quantitativo, utiliza outras técnicas baseadas na análise da linguagem como entrevistas, discussões temáticas, técnicas de criatividade social, entre outras.
Com este paradigma, queremos entender as estruturas da sociedade ao invés de quantificá-las, enfocando a subjetividade das pessoas e sua percepção da realidade (Gray, 2012).
7- paradigma positivista
Com base na abordagem filosófica do positivismo, este paradigma foi desenvolvido para estudar fenômenos no campo das ciências naturais. É também denominado hipotético-dedutivo, quantitativo, analista empírico ou racionalista.
A sua origem remonta ao século XIX e é também aplicada na área das ciências sociais, sem afectar as diferenças existentes entre as duas áreas de estudo.
Na pesquisa positivista, a existência de uma única realidade é afirmada; partindo do princípio de que o mundo tem existência própria, independente de quem o estuda e que é regido por leis, com as quais os fenômenos são explicados, previstos e controlados.
Segundo essa abordagem, as ciências têm como objetivo descobrir essas leis, alcançando as generalizações teóricas que contribuem para enriquecer o conhecimento universal sobre uma determinada área (González, 2003).
9- Paradigma interpretativo
Derivado da abordagem qualitativa, esse preceito de interpretação coloca o pesquisador como descobridor do sentido das ações humanas e da vida social, descrevendo o mundo pessoal dos indivíduos, as motivações que o norteiam e suas crenças.
Tudo isso com o intuito de estudar em profundidade o que condiciona os comportamentos. Este paradigma aplicado nas ciências sociais parte do conceito de que as ações das pessoas são sempre determinadas pela carga subjetiva de uma realidade, que não pode ser observada ou analisada com métodos quantitativos (González, 2003).
No marco do paradigma interpretativo, a pesquisa apresenta as seguintes características:
- Pesquisa naturalista. Estude situações do mundo real e seu desenvolvimento natural sem manipular informações.
- Análise indutiva. A exploração é feita por meio de questões abertas enfatizando os detalhes para testar as hipóteses levantadas pela dedução.
- Perspectiva holística. Baseia-se no conhecimento de causa e efeito considerando o complexo sistema que representa a relação de interdependência das partes envolvidas.
- Dados qualitativos. Capture experiências pessoais com uma descrição precisa das informações coletadas.
- Contato e visão pessoal. O pesquisador tem contato direto com a realidade estudada e seus protagonistas.
- Sistemas dinâmicos. Os processos de mudança no indivíduo ou na sociedade são descritos durante a pesquisa, entendendo a mudança e a evolução como parte fundamental do estudo.
- Orientação para o caso único. Cada pesquisa é considerada única em sua categoria devido à subjetividade dos sujeitos e à realidade estudada.
- Sensibilidade ao contexto. A pesquisa está inserida no contexto histórico, social e temporal para situar as descobertas realizadas.
- Neutralidade empática. É reconhecido que a objetividade total é impossível. O pesquisador desenvolve empatia pela situação estudada e pela perspectiva dos indivíduos.
- Flexibilidade de design. A pesquisa não está estruturada em um único design, mas se adapta à combinação de diferentes designs para entender a situação e responder às mudanças emergentes.
10- Paradigma empírico-analítico
Nessa abordagem, a objetividade é priorizada em relação a outros elementos. Assumindo desta forma a replicabilidade nas investigações que permite verificar o conhecimento gerado.
Derivado do paradigma quantitativo, este modelo utiliza ferramentas como o método dedutivo e a aplicação de estratégias e técnicas quantitativas.
O objetivo da investigação sob esta abordagem é gerar teorias e leis que não sejam definitivas, baseadas na experimentação, lógica empírica combinada com a observação e análise dos fenômenos, ao mesmo tempo que se apóia em teorias positivas e racionalismo.
Referências
- Chávez, A. (2011) Avaliação da aprendizagem em diferentes paradigmas da psicologia educacional. Recuperado de: educarparaaprender.wordpress.com.
- Concept definition.de (2014) Definição de Paradigma Recuperado de conceptdefinition.de.
- González, A. (2003) Paradigmas de pesquisa em ciências sociais. Recuperado de sociologiaunah.files.wordpress.com.
- Gray, J. (2012) Evolução da ciência: 4 paradigmas Recuperado de 2.cs.man.ac.uk.
- Hernández Rojas, G. (2010). Paradigmas em psicologia educacional. Primeira edição. pp. 79-245. México. D.F. México.: Paidós.
- Luna, L. (2011) PARADIGMAS: CONCEITO, EVOLUÇÃO, TIPOS. Recuperado de teoriasconductistasdelaprendizaje.blogspot.com.
- Núñez, P. (2009) Psicopedagogia O Paradigma Cognitivo Recuperado de pilarraquel2.blogspot.com.
- Thomas Kuhn sobre os paradigmas em ciência Recuperado de csulb.edu.
- O que é um paradigma?Recuperado de explorable.com.