Marco conceitual - Enciclopédia - 2023


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O que é uma estrutura conceitual?

É denominado quadro conceitual ou quadro teórico para a compilação, sistematização e apresentação dos conceitos fundamentais para o desenvolvimento de uma investigação, quer na área científica, quer na área humanística. Entende-se, portanto, que o arcabouço conceitual faz parte do trabalho de pesquisa ou tese.

O quadro conceitual permite, por um lado, orientar as pesquisas do pesquisador e identificar a metodologia necessária. Por outro lado, permite estabelecer um consenso mínimo entre o pesquisador e o leitor quanto à linguagem e aos conceitos tratados.

Como regra geral, o arcabouço conceitual ou teórico aparece discriminado em trabalhos de pesquisa como um capítulo ou seção, e constitui o ponto de partida para o trabalho. No entanto, em algumas metodologias, a estrutura conceitual não é identificada ou discriminada, mas é apresentada como parte da introdução.

Funções da estrutura conceitual

  • Guie a investigação.
  • Justifique e justifique as questões que são formuladas em relação ao objeto de estudo.
  • Construa critérios para a interpretação e compreensão do problema.
  • Identifique lacunas e / ou erros em teorias anteriores para prevenir ou resolvê-los.

Características de uma estrutura conceitual ou teórica

  • Deve ser delimitado de acordo com o objeto de investigação.
  • Parte do conhecimento sobre o estado da arte ou estado da arte, ou seja, o manejo dos antecedentes pertinentes.
  • Expõe de maneira relacionada os antecedentes e as teorias selecionadas para sua interpretação.
  • Tem uma perspectiva analítica.
  • Desenvolve-se do geral ao particular.

Elementos de uma estrutura conceitual

A estrutura de uma estrutura conceitual ou teórica pode variar dependendo da natureza da pesquisa e da metodologia. Em termos gerais, alguns elementos se destacam. Vamos ver.


  • Antecedentes do assunto a ser discutido;
  • Bases teóricas de partida para a abordagem do assunto;
  • Bases jurídicas (se aplicável);
  • Quadro histórico (se aplicável)
  • Variáveis ​​de pesquisa.

Veja também:

  • Partes de uma tese.
  • Quadro teórico.
  • 5 exemplos de referencial teórico.
  • Mapa conceitual.

Como fazer uma estrutura conceitual

Para desenvolver uma boa estrutura conceitual em trabalhos acadêmicos ou de pesquisa rigorosos, vários passos essenciais devem ser seguidos.

  • Conheça o estado da arte ou o estado da questão, levando em consideração os seguintes aspectos:
    • Tipos de estudos já realizados na área;
    • Onde e quando esses estudos foram realizados;
    • Qual tem sido o assunto desses estudos;
    • Qual tem sido o método e design.
  • Identificar, classificar e sintetizar os conceitos-chave para a investigação.
  • Escreva a estrutura conceitual do geral para o particular e use a linguagem técnica precisa. Consulte sempre a fonte das informações, ou seja, os autores e os textos.

Exemplo de quadro conceitual ou teórico

Por exemplo, em uma tese sobre a construção de imaginários religiosos no teatro e no cinema, o quadro teórico ou conceitual contém as seguintes seções que resumem aproximadamente a estrutura e seu conteúdo:


CAPÍTULO I: A EXPRESSÃO SENSÍVEL DO TRANSCENDENTE (REFERENCIAL TEÓRICO)

  • Representação e imagem
  • Então a história começou
  • A investidura da representação: o mito e seus promotores
  • A representação do divino na tradição judaico-cristã
  • Depois dos evangelistas
  • Representação em teatro e cinema
  • Pensamentos finais

Citaremos um fragmento como exemplo de redação de uma estrutura conceitual:

O objetivo do mito veiculado em sua representação é único: se o mito origina-se da necessidade de compensar e / ou justificar o vazio ou frustração que a realidade gera no grupo social (MACHADO e PAGEAUX, 2001), a representação estética o mito implica a possibilidade de sistematizar as respostas às questões fundamentais da vida; encarna, portanto, a possibilidade de instituir sentido no quadro de um consenso, ou melhor, encarna o sentido porque dá ordem e coerência à “história fundadora” que adquire, em si, uma dimensão estética. Trata-se de compreender o que é esse discurso sobre o mundo –mito / saber– e o que ele significa sobre a história do grupo –mito / História– (MACHADO e PAGEAUX, 2001: 103).


Fonte: Andrea Imaginario Bingre (2005): Auto da Compadecida de Ariano Suassuna e sua adaptação para o cinema. Caracas: CEP-FHE-Universidade Central da Venezuela.