As 6 funções de ensaio mais importantes - Ciência - 2023


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Entre os principais funções de um ensaio destaques expressando a posição ou ponto de vista de um autor sobre um determinado assunto por meio da apresentação de idéias e argumentos.

Um ensaio é um texto escrito em prosa. Pode ser considerada uma das formas literárias com mais liberdade de desenvolvimento. No entanto, não está isento de seguir determinados parâmetros para garantir sua eficácia no consumo.

Os ensaios são temáticos e de extensão gratuita. Qualquer preocupação de uma pessoa pode ser facilmente refletida em um ensaio.

Para o leitor, o ensaio é uma forma de abordar percepções pessoais que deixam de lado a mera exposição informativa e objetiva, e também introduz novas abordagens de maior profundidade sobre um conteúdo ou tema.

É um formato que está presente tanto no meio acadêmico quanto no profissional. O ensaio cumpre uma variedade de funções, dependendo das intenções originais do autor sobre o tema que deseja abordar.


O ensaio tem vários objetivos, sendo o principal deles convencer o leitor de uma ideia. Em geral, pode ser classificado segundo estilos, como argumentativo, reflexivo, histórico, econômico, político, narrativo, dialético, descritivo, fotográfico, entre outros.

Principais funções de um ensaio

1- Discutir

Uma vez que uma ideia principal e uma posição a respeito dela são levantadas, o autor de um ensaio deve formar uma série de argumentos que reforcem sua posição.

A quantidade ou extensão dos argumentos não é limitante, mas devem ser bem fundamentados e, acima de tudo, ficar dentro da linha discursiva que está sendo tratada no ensaio.

A correta estruturação de um raciocínio sobre um tópico dá continuidade lógica e precisa a um ensaio, seja qual for sua natureza ou assunto.


Os argumentos não podem se desviar da ideia principal. Isso deve ser precedido por ideias secundárias que também contribuem para o corpo principal do texto.

Por meio dos argumentos, o autor se dá segurança diante do leitor, ao mesmo tempo em que obtém os detalhes sustentados do que se propôs a ler.

2- Mostrar

Uma vez que uma ideia e posição tenham sido levantadas, todo esforço deve ser feito para mostrar que tal posição é verificável ou considerável e, portanto, pode ser considerada verdadeira.

Aí vem a importância da prova no ensaio. Sendo um conteúdo de certa profundidade, o autor e o leitor não devem subestimar um ao outro.

A principal ferramenta para demonstrar e provar uma posição sobre uma questão é o argumento.


A correta disposição destes conseguirá construir uma defesa sólida do ponto de vista em questão.

3- Persuadir

A persuasão no ensaio é a capacidade de seduzir o leitor e influenciar suas crenças e opiniões sociais e pessoais sobre um assunto.

O ensaio pode usar recursos literários para realizar essa tarefa; no entanto, não é um romance ou uma obra de ficção, portanto você não deve depender inteiramente deles.

A eficácia persuasiva em um ensaio já depende da capacidade expositiva, argumentativa e mesmo narrativa de seu autor, somada ao seu prestígio ou renome como tal.

Em qualquer caso, se o propósito de um ensaio é mudar a opinião do leitor sobre algo, o autor deve fazer todo o possível para conseguir isso, sem ser entediante ou moderado.

Na ausência de dons virtuosos, a correta apresentação de ideias e estruturação de argumentos pode ser suficiente para que o leitor se sinta persuadido e disposto a refletir sobre o conteúdo e sua própria visão sobre ele.

4- Exponha uma maneira de pensar

As funções descritas acima são específicas para a estrutura formal de um ensaio.

Agora, olhando de uma forma um pouco mais ampla, a função de um ensaio também é expor um modo de pensar para que seja compreendido da melhor forma, ou mesmo adotado, apresentando seu conteúdo de uma maneira particular.

O autor não busca influenciar o leitor por meio da mera exposição sequencial de dados e informações não processadas.

Pelo contrário, busca influenciar por meio da correta estruturação de um discurso que soe pessoal e não evangelístico, deixando a reflexão final nas mãos do leitor.

5- O gerenciamento de conteúdo versátil

Por meio do ensaio é possível abordar uma infinidade de temas e conseguir apresentá-los de forma lúdica, tanto para o público em geral quanto para o público especializado.

Mesmo pela sua estrutura, o ensaio permite versatilidade de conteúdo e apresentação. Pode haver diferentes versões do mesmo tópico que permitem ao leitor abordar de acordo com suas próprias habilidades.

Essa função do ensaio também é condicionada pelas qualidades de cada autor, o que afeta a atração que pode gerar para o leitor.

6- Potencial e escopo

Por sua concepção e estrutura formal, os testes podem ser utilizados como um poderoso instrumento com potencial local e até mundial.

Os conteúdos mais suscetíveis de serem tratados em ensaios que podem circular pelo mundo são geralmente manifestos políticos ou sociais.

A apresentação de ideias sobre fenômenos e cenários cujas consequências se repetem em diferentes sociedades também demonstra a abrangência de um ensaio, e sua intenção de servir como instrumento de reação ou mudança.

Por exemplo, não é surpreendente que as reações de grande massa a situações específicas possam ter começado a partir da mera apresentação, argumento e defesa de uma série de ideias e posições contrárias a um sistema hegemônico.

O ensaio funciona então como um texto com qualidades literárias, descritivas e reflexivas.

Da mesma forma, é um instrumento de persuasão e de busca de reações individuais ou massivas sobre questões ou situações do político e social presentes no mundo.

Referências

  1. Adorno, T. W., Hullot-Kentor, B., & Will, F. (1984). O ensaio como forma. Nova Crítica Alemã, 151-171.
  2. Bem, G. (1966). Sobre o conceito de «teste». Padre Feijoo e seu século (pp. 89-112). Oviedo: Universidade de Oviedo.
  3. Cerda, M. (2005). The Broken Word: Essay on Essay; Mesa. Tajamar Editores.
  4. Gómez-Martínez, J. L. (1981). Teoria do ensaio. Salamanca: Universidade de Salamanca.