17 problemas ambientais muito sérios no México - Ciência - 2023


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o problemas ambientais no México eles afetam todos os seus ecossistemas. A biodiversidade mexicana é fortemente afetada e até mesmo algumas espécies estão em perigo de extinção.

No México, são evidentes sérios problemas ambientais, como a poluição do ar gerada por gases gerados por carros e fábricas.

Há também uma grave contaminação das águas que foi gerada, entre outros aspectos, pelo crescimento abrupto da população e pelo contrabando de fluidos químicos, que acabam se derramando nos rios, lagos e praias do México.

Além da fauna e da flora, o homem tem sido afetado por esses problemas ambientais. A poluição do ar gerou problemas respiratórios crônicos em alguns mexicanos, especialmente aqueles que vivem nas grandes cidades.


Também foi determinado por meio de estudos que os habitantes do México têm altos níveis de chumbo e cádmio no sangue, o que resulta em alto risco de sofrer de doenças renais, estomacais ou mesmo de câncer.

As principais causas destes problemas ambientais são as normas estaduais, cuja aplicação não é estrita no que se refere à prevenção de ações lesivas, ou às respectivas sanções, uma vez cometida uma ação lesiva ao meio ambiente.

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Os problemas ambientais mais relevantes no México

1- Poluição do ar

Este é um dos problemas mais conhecidos no México. A Organização das Nações Unidas declarou a Cidade do México a mais poluída do mundo em 1992, apresentando importantes problemas ambientais.


Em 2013, foi criada a Comissão Ambiental da Megalópole (CAMe) para fazer frente às recorrentes emergências devido à poluição do ar no Vale do México.

Índice Metropolitano de Qualidade do Ar

Esta comissão usa o Índice Metropolitano de Qualidade do Ar (IMECA), baseado nos níveis de vários poluentes atmosféricos. Entre eles estão ozônio, partículas suspensas, dióxido de enxofre e nitrogênio e monóxido de carbono.

Contingências ambientais

Periodicamente, surgem contingências ambientais porque o IMECA atinge a faixa considerada perigosa devido à má qualidade do ar (superior a 101). A primeira grande contingência de poluição do ar na Cidade do México ocorreu em 1987, quando um grande número de pássaros morreu.

Cronologia de contingências

Emergências ocorreram em 2002 com um IMECA de 242 pontos, em 2016 quando atingiu 203 pontos e durante 2019 foi declarada outra emergência quando foram atingidos 158 pontos IMECA.


De acordo com a Universidade Autônoma do México, os níveis de ozônio troposférico no Vale do México excedem o permitido durante metade do ano. De acordo com as regulamentações mexicanas, o ozônio troposférico não deve exceder 80 partes por bilhão.

2- Desmatamento

Segundo dados do Instituto de Geografia da Universidade Nacional Autônoma do México, este país perde cerca de 500 mil hectares de selvas e florestas anualmente.Diante dessa realidade, o México é o quinto país do mundo em taxa acelerada de desmatamento.

O desmatamento é gerado em conseqüência da utilização dos solos como cenários de cultivo, ou para a construção de indústrias ou complexos urbanos.

Dados do governo determinaram que pelo menos 17% da superfície mexicana está totalmente erodida.

Isso resultou no fato de que grande parte do ecossistema terrestre do México, como as florestas tropicais e temperadas, está desaparecendo, e podem desaparecer completamente.

3- Poluição da água por derramamentos químicos

O México sofreu vários derramamentos de produtos químicos em seu território. Isso é considerado consequência de uma regulamentação estadual frouxa e do baixo comprometimento ambiental de alguns dos administradores de grandes indústrias mexicanas.

Em agosto de 2014, cerca de 40 mil litros de ácido sulfúrico foram derramados no rio Sonora, elemento altamente tóxico para os seres vivos e que pode causar a morte.

Nesse mesmo mês ocorreu um derramamento de óleo no rio Hondo, em Veracruz; e outra no rio San Juan, em Nuevo León. Esses dois vazamentos foram atribuídos a entradas ilegais de dutos.

A conseqüência dessa poluição atinge todos os seres vivos que habitam as águas, o gado e os seres humanos.

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4- Poluição da água pela drenagem doméstica

Um dos problemas mais preocupantes do México é seu sistema de drenagem, que geralmente direciona o lixo doméstico para rios, lagos, praias e outros ecossistemas aquáticos.

Isso levou à destruição de recifes, pântanos e manguezais. A ausência de regulamentos rígidos em relação ao tratamento de águas residuais resultou em milhares de espécies animais sendo afetadas.

Um exemplo disso é Xochimilco, lugar localizado a sudeste da Cidade do México que possui mais de 140 espécies aquáticas essenciais para a fauna mexicana e que está sendo afetado, entre outras coisas, pela drenagem domiciliar em leitos de rios e praias.

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5- Espécies em perigo de extinção e perda de biodiversidade

Como conseqüência da poluição e do desmatamento, existe uma grande biodiversidade mexicana que está em perigo de extinção.

O México é considerado um dos países com maior biodiversidade do mundo, e isso depende diretamente dos ecossistemas terrestres e aquáticos do país.

Estima-se que mais de 2% da fauna mexicana, que em muitos casos não pode ser encontrada em outras partes do mundo, está em risco de extinção. Um exemplo disso é o axolotl, um anfíbio capaz de se regenerar por conta própria. Também em perigo de extinção está a vaquita marina, um cetáceo endêmico do México que geralmente é encontrado em águas rasas.

Segundo a Comissão Nacional para o Conhecimento e Uso da Biodiversidade (CONABIO), a cobertura vegetal primária foi reduzida em 50%. Além disso, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais, existem 98 espécies já extintas no país.

Zonas úmidas

Segundo a CONABIO, a mudança climática está afetando os pântanos mexicanos. Nos estados de Sonora, Coahuila e Durango, cerca de 2.500 km de rios secaram e 92 nascentes foram esgotadas.

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6- Invasão de espécies exóticas

A introdução de espécies exóticas em uma região (espécies não nativas) é um sério problema ambiental porque essas espécies muitas vezes carecem de competidores naturais. Portanto, eles se tornam pragas que afetam a agricultura e a vida selvagem porque muitos casos competem vantajosamente com espécies nativas.

Diversidade de espécies

Segundo a Comissão Nacional para o Conhecimento e Uso da Biodiversidade (CONABIO), a lista de espécies exóticas inclui uma grande diversidade de organismos. Eles foram introduzidos a partir de vírus, bactérias, fungos e algas, para plantas e animais de vários grupos taxonômicos.

Muitas plantas introduzidas acabam se transformando em ervas daninhas agrícolas, assim como insetos, moluscos e roedores. A lista total de espécies invasoras no México chega a 351, sendo a maioria plantas (47%) e peixes (18%).

A mariposa (Cactoblastis cactorum) e o nopal (Opuntia ficus-indica)

Um exemplo é a mariposa, que ao ser introduzida no México causou graves perdas econômicas no cultivo do nopal. A mariposa é um lepidóptero (borboleta) cujas larvas se alimentam dos caules do nopal, um cacto amplamente cultivado no México.

7- Superexploração pesqueira

A sobrepesca massiva no México tem resultado na recuperação inadequada de peixes e, portanto, no perigo de extinção de algumas espécies.

Existem algumas reservas marinhas, mas cobrem apenas 2% do território aquático do México. A pesca ilegal e o contrabando de espécies são fatores intimamente relacionados à sobreexploração da pesca.

Também há críticas quanto à posição do governo sobre o problema, uma vez que a regulamentação existente não é rigorosamente cumprida.

8- Tráfico ilegal de espécies

Um dos graves problemas que afetam a biodiversidade no México é o comércio ilegal de espécies selvagens. Entre as espécies de plantas mais ameaçadas por esse comércio estão cactos, orquídeas e palmeiras.

Já no caso da fauna, as espécies mais afetadas são aves como papagaios (papagaios e araras) e tucanos. Esses são os casos do periquito de cabeça amarela (Amazona oratrix), a arara vermelha (Ara macao) e o tucano de peito amarelo (Ramphastos sulfuratus).

Da mesma forma, primatas como o macaco bugio (Alouatta palliata) e o macaco-aranha (Ateles geoffroyi) Até mesmo as aranhas gostam da tarântula de joelho vermelho (Brachypelma smithi) e iguanas, como a iguana negra (Ctenosaura pectinata) e o verde (Iguana iguana).

A família Psittacidae

Um exemplo das terríveis consequências do tráfico ilegal de espécies é o caso dos periquitos, papagaios e araras. Das 22 espécies de papagaios do México, 11 estão ameaçadas de extinção, principalmente devido à captura para comercialização e 77% dos animais capturados morrem neste processo.

9- Lixo

No México, são produzidos mais de 50 milhões de toneladas de lixo por ano, o que implica uma cota de pouco mais de 1 kg / pessoa por dia. Somente no lixo eletrônico são geradas mais de 29 bilhões de toneladas por mês, sendo o México o segundo produtor latino-americano desse tipo de lixo.

10- Desertificação

60% do território mexicano é árido ou semi-árido, e entre as principais causas estão o uso indevido de agroquímicos, o sobrepastoreio e o desmatamento para expansão de terras agrícolas. Isso, junto com a superpopulação, causa sérios problemas de degradação do solo.

Em alguns casos, a desertificação avança sob os efeitos da erosão eólica, como por exemplo nas regiões de Querétaro e Hidalgo. Em outros, o principal problema é a salinização de solos como em Baja California, Tamaulipas e Sinaloa.

Também a extensão do cultivo do abacate em Michoacán está contribuindo para a desertificação, devido à sua alta demanda de água e ao desmatamento de áreas florestais para sua expansão.

11- Poluição dos mares

As costas mexicanas apresentam altos percentuais de contaminação, principalmente por resíduos sólidos descartados pelos rios e levados pelas correntes marinhas. A maior parte do lixo é plástico, mas também há problemas com a proliferação excessiva da alga Sargasso (Sargassum spp.).

Sargassum

Em 2018, estimava-se que cerca de 24 milhões de metros cúbicos de sargaço haviam chegado às costas do sudeste do México. A proliferação de algas afeta o turismo na área e causa a morte de espécies de peixes, tartarugas e outras espécies marinhas.

Por outro lado, sua decomposição nas praias gera problemas de saúde pública por conter altos teores de arsênio e outros metais pesados. A explosão populacional do sargaço e sua chegada massiva às costas deve-se aos processos de eutrofização e aquecimento dos oceanos.

A zona morta do Golfo do México

Um dos maiores problemas ambientais ao nível dos ecossistemas marinhos no México é a contaminação do Golfo do México. Esta área do Oceano Atlântico sofre com altos níveis de contaminação de atividades de petróleo e gás e derramamentos de agroquímicos há mais de 50 anos.

A principal causa desse desastre ecológico não está no México, mas nos agroquímicos que o rio Mississippi, que atravessa os Estados Unidos, leva para o Golfo. Esses agroquímicos fornecem nitratos e fosfatos que causam a proliferação de algas que consomem oxigênio dissolvido (eutrofização).

12- Transporte e trânsito terrestre

Com mais de 11 milhões de veículos, o Vale do México é uma das áreas mais congestionadas do planeta devido ao tráfego terrestre. O relatório de Índice de tráfego TomTom (2016) indica que na Cidade do México 59 min / pessoa / dia são usados ​​mais do que o necessário nas transferências.

Esses atrasos devido ao congestionamento do tráfego representam perdas de 94 bilhões de pesos / ano, quando consideradas as 32 cidades analisadas pelo estudo. Por outro lado, esta enorme concentração de veículos motorizados produz grandes quantidades de emissões poluentes.

13- Planejamento urbano

O México enfrenta problemas ambientais relacionados ao planejamento urbano de suas principais cidades, especialmente a Cidade do México. Esses problemas estão associados ao crescimento não planejado e geram problemas de mobilidade, gestão de água potável e esgoto, gestão de resíduos, entre outros.

A casa

Segundo a Secretaria Agrária, Territorial e de Desenvolvimento Urbano (SEDATU), 30% das moradias no México não respondem a uma racionalidade urbana adequada. Ao mesmo tempo, estima-se que no México haja um déficit de 9 milhões de moradias.

14- Sobrepesca e destruição de manguezais

O México ocupa a 16ª posição entre os países pesqueiros, com uma produção de 1,7 milhão de toneladas por ano. Estima-se que para cada 10 kg de pescado obtido legalmente, outros 6 kg são capturados ilegalmente.

A sobrepesca, principalmente devido a esta pesca ilegal, é um importante problema ambiental no México. Espécies como robalo, pargo e totoaba, entre outras, são particularmente afetadas.

Das espécies capturadas no país, estima-se que 70% estão no pico de exploração e 30% já estão sob exploração excessiva. Estima-se que, se as tendências atuais de sobrepesca continuarem, o número de espécies de peixes será reduzido em 385 em 20 anos.

O totoaba (Totoaba macdonaldi)

Há casos especiais como o da totopaba, endêmica do Golfo da Califórnia, capturada ilegalmente para atender à demanda dos mercados asiáticos. Essa demanda se deve ao fato de a bexiga desse peixe ser altamente valorizada como alimento e remédio e sua superexploração a colocou na categoria de Perigo de Extinção.

15- Mudanças climáticas

O aquecimento global é um problema que afeta todo o planeta, por isso o México não escapa de suas consequências. É a 14ª colocada entre os países que mais contribuem com gases de efeito estufa e em 2015 emitiu cerca de 683 milhões de toneladas equivalentes de dióxido de carbono.

Evaporação

O México está listado como particularmente vulnerável aos efeitos do aquecimento global devido à sua condição amplamente árida. O aumento da evaporação da água devido ao aumento das temperaturas em um território predominantemente árido representa um problema sério.

Geleiras de alta montanha

As geleiras nas altas montanhas do México estão recuando devido ao aumento das temperaturas globais. Na verdade, o gelo glacial no Monte Popocatépetl já desapareceu, enquanto em Iztaccíhuatl e Pico de Orizaba está em claro retrocesso.

16- Fraturamento hidráulico ou fracking

o fracking É o procedimento de quebrar a rocha do subsolo por meio de ação química e hidráulica para extrair óleo das rochas de xisto. Esse processo é prejudicial ao meio ambiente, pois muitos poluentes químicos são utilizados, há impacto físico no subsolo e há consumo de grande quantidade de água que posteriormente é contaminada.

No México, a prática de fraturamento hidráulico em sua indústria de petróleo é recente, já se desenvolvendo em áreas como Coahuila, Nuevo León e Tamaulipas. Essas regiões enfrentam um grande déficit hídrico e a atividade do fracking ameaça agravar ainda mais este problema.

No país existem mais de 8 mil poços de petróleo onde a técnica de fracking e há um forte movimento em favor da proibição dessa técnica em todo o seu território.

17- Superpopulação

Um dos principais problemas ambientais do México é a superpopulação, pois nele vivem 128 milhões de pessoas. Essa população está distribuída em um território de apenas 1.973.000 km², o que determina uma densidade populacional de 65 habitantes / km². Essa situação é agravada por um padrão populacional desequilibrado, onde mais de 20 milhões de pessoas vivem na capital, somente na Cidade do México.

Isso exerce enorme pressão sobre a demanda por recursos naturais, principalmente água, além de uma produção considerável de resíduos poluentes.

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