7 consequências do iluminismo na sociedade de hoje - Ciência - 2023


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As consequências de Ilustração, desenvolvidos entre os séculos XVII e XVIII, são tão extensos que devem ser divididos de acordo com as diferentes ciências e pensamentos em que teve maior influência.

Foi uma época de grandes avanços para a humanidade nas principais áreas do conhecimento para o homem. Os historiadores consideram esta etapa como a coluna que sustenta os alicerces da sociedade atual e a origem do pensamento revolucionário.

O nascimento dessa época pode ser verificado nas contribuições de Isaac Newton, físico inglês que conseguiu explicar fenômenos da terra e do cosmos por meio de avaliações científicas.

Isso estabeleceria que o universo é a criação perfeita, por isso era vital que o homem entendesse seu mecanismo.

Os principais pensadores do Iluminismo adotaram essa ideia de universo e tentaram aplicá-la à sociedade. Eles pensaram que se a sociedade e o homem são um mecanismo, a avaliação e a razão seriam capazes de explicar seus fenômenos e assim poderíamos encontrar uma maneira de fazê-los funcionar perfeitamente.


Os especialistas mencionam que esta fase começou em 1620 com a criação do Novum organum, obra de Francis Bacon onde se estabelece que o conhecimento técnico e lógico da ciência nos ajuda a controlar a natureza.

Por sua vez, seu fim veio em 1781 com o Crítica da Razão Pura de Immanuel Kant, onde afirma que a experiência humana tem o mesmo valor que a análise científica.

Consequências do Iluminismo na sociedade de hoje

O Iluminismo é uma das eras mais prolíficas da humanidade porque enormes avanços foram feitos nas principais áreas do conhecimento do homem naquela época.

Esses saberes persistem, embora muitos sem qualquer alteração, graças à vanguarda do pensamento e à busca constante da razão. Essas são as principais contribuições do Iluminismo para a sociedade.

1- Contribuições para as artes

Uma das principais características do Iluminismo é a transferência da religião para segundo plano. Pela primeira vez, buscou-se encontrar um significado para a humanidade além da existência de divindades.


Esse fenômeno é observável na pintura do início do século 18, onde o rococó, movimento artístico francês, tinha como objeto principal o homem e suas atividades mundanas.

Natureza, corpo e vida quotidiana foram os principais conteúdos da nova arte europeia, que se pensava anteriormente para decorar capelas e realçar o divino.

Na música, isso era notório graças ao trabalho de compositores como Wolfgang Amadeus Mozart, cujas óperas mais famosas tinham as relações do homem comum como seu tema principal e seu trabalho era apreciado por nobres e plebeus.

2- Contribuições para a filosofia

Nessa época, as duas principais correntes de pensamento eram o empirismo e o racionalismo.

O empirismo, desenvolvido por pensadores como John Locke (1632-1704), George Berkeley (1685-1753) e David Hume (1711-1776), sustentava que as ideias e o conhecimento são formados por meio de experiências e sensações.


Por outro lado, o racionalismo proposto por René Descartes, Baruch Spinoza (1632-1677) e Gottfried Leibniz (1646-1716) supunha que o conhecimento se baseava na razão e na lógica, pois este foi o único caminho que conduziu verdades universais.

Eles se opunham ao empirismo, pois afirmavam que os sentidos não eram confiáveis ​​para se buscar uma resposta precisa.

Essas correntes serviriam mais tarde de inspiração para o pensador alemão Immanuel Kant, que estabeleceu um elo entre os dois sem negar ou invalidar as posições.

3- Contribuições para a política

Nesse período, dois grandes pensadores lançaram as bases para a democracia moderna como a conhecemos hoje.

Thomas Hobbes com seu trabalho Leviatã (1651), e John Locke com seu Dois tratados sobre governo civil (1690), eles criticaram a nomeação divina de monarcas e seus deveres para com as pessoas que governavam.

Sobre essas contribuições, Jean-Jacques Rousseau falou da existência de um contrato social, onde reis e governantes eram responsáveis ​​por uma relação bilateral e responsabilidade para com o povo. A quebra deste contrato, disse Rousseau, deve terminar com o afastamento dos poderosos.

Posteriormente, esse conceito daria origem a grandes movimentos sociais, como a Revolução Francesa, que culminou com o afastamento dos governantes, que se proclamaram por palavra divina; ou a Declaração de Independência e a Constituição dos Estados Unidos da América.

4- Contribuições para a astronomia

Esta foi talvez a fase mais prolífica do pai da astronomia, Galileo Galilei, a quem se atribui a descrição grosseira dos movimentos dos corpos celestes.

Foi através de sua observação que foram conhecidos dados como as órbitas de alguns planetas e detalhes sobre o relevo da lua e manchas solares.

Outro grande astrônomo da época foi Edmond Halley, que encontrou crateras na superfície de Marte e observou o movimento dos corpos celestes com tanta precisão que previu o retorno do cometa de Halley, que hoje leva seu nome.

5- Contribuições para a física

Além de se desenvolver em astronomia, Galilei é reconhecido no campo da física por seus métodos inovadores e rigorosos de experimentação, posicionando-se assim como um precursor da mecânica clássica. Seus experimentos culminaram na previsão das leis de atrito e aceleração.

Seu princípio básico da relatividade lançaria as bases para as leis da gravidade de Isaac Newton e foi até uma primeira abordagem para o que Albert Einstein faria mais tarde em seu trabalho sobre a velocidade da luz.

6- Contribuições para a matemática

Um dos matemáticos mais proeminentes da época foi Blaise Pascal, que se concentrou na geometria e seus usos. É creditado ao triângulo de Pascal, uma figura triangular que acomoda coeficientes binomiais.

Mais tarde, ele estabeleceu uma célebre teoria matemática da probabilidade que inicialmente pretendia ser aplicada ao jogo e ao acaso, mas que acabou retomando para defender a existência de Deus e os benefícios da vida virtuosa.

7- Contribuições para a religião

Por fim, religião foi talvez o conceito que mais sofreu modificações neste período. Depois de uma longa escuridão para as ciências e um estágio de estagnação, a religião recuperaria as influências de todas essas correntes para avançar na mesma direção que a humanidade.

O credo, a igreja e o estado foram separados, o que reduziu consideravelmente as guerras devido a diferenças religiosas.

Essa transição culminou com a criação de bibliotecas e universidades onde o conhecimento era livremente compartilhado, bem como com a abertura de museus e centros culturais, já que a arte e o divino passaram a ser propriedade do homem.

Referências

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