As 8 diferenças entre psicanálise e psicologia analítica - Psicologia - 2023
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Contente
- Psicanálise e psicologia analítica
- As diferenças entre Freud e Jung
- 1. Inconsciente pessoal e coletivo
- 2. Sexualidade e libido
- 3. A pulsão de morte
- 4. Desenvolvimento e suas etapas
- 5. Complexos de Édipo e Electra
- 6. Concepção de psicoterapia
- 7. Interpretação de sonhos
- 8. Visão da parapsicologia
Sigmund Freud e Carl Jung são os dois autores que tiveram a maior influência no desenvolvimento do modelo psicodinâmico; na verdade, divergências entre os dois autores moldaram a evolução desse paradigma durante o século XX. Neste artigo iremos analisar 8 diferenças entre a psicanálise de Freud e a psicologia analítica de Jung.
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Psicanálise e psicologia analítica
O famoso Sigmund Freud (1856-1939) fundou a disciplina à qual deu o nome de "psicanálise". Este autor destacou a importância dos processos inconscientes e o desenvolvimento durante a infância na determinação do comportamento, bem como na análise de atos não intencionais (como os sonhos) para trazer esses tipos de aspectos à consciência.
Um de seus alunos mais proeminentes foi Carl Jung (1875-1961). Embora Freud acreditasse que seria seu herdeiro, Jung mostrou explicitamente oposição a alguns dos principais aspectos da teoria psicanalítica, particularmente sua ênfase exagerada na sexualidade e falta de interesse nas diferenças individuais e sua influência no tratamento.
Embora seja inegável que a psicanálise não teria existido sem Freud, a influência de Jung nas gerações subsequentes foi enorme; Suas críticas ao professor não apenas foram apoiadas por um grande número de terapeutas psicodinâmicos, mas seu modelo de terapia é provavelmente mais usado hoje do que o da psicanálise freudiana.
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As diferenças entre Freud e Jung
As diferenças entre a teoria de Freud e a de Jung são múltiplase, claro, isso também se transfere para os métodos terapêuticos que cada um promove. A seguir, revisaremos alguns dos mais notáveis, que incluem aspectos como a sexualidade, a concepção de desenvolvimento ou a influência relativa que dão à hereditariedade e ao meio ambiente.
1. Inconsciente pessoal e coletivo
Embora Freud acreditasse que o inconsciente é específico de cada pessoa, uma vez que se desenvolve em função das primeiras experiências, Jung também descreveu um inconsciente coletivo que seria transmitido por herança genética e seria feito de arquétipos, imagens primordiais que todos os seres humanos compartilham.
2. Sexualidade e libido
Para Jung, o conceito de libido não tinha um caráter predominantemente sexual, mas o utilizava para se referir a qualquer tipo de energia psíquica. Nesta mesma linha, processos psicológicos não seriam determinados apenas por impulsos sexuais mas também por outros diferentes.
No entanto, Freud, que popularizou o termo, expandiu sua concepção de libido à medida que desenvolvia seu trabalho; Assim, embora no início ele considerasse que toda energia libidinal é por sua vez sexual, em seu último estágio ele distinguiu entre as pulsões de vida, inclusive as sexuais, e as pulsões de morte.
3. A pulsão de morte
Freud adotou o conceito de "pulsão de morte" ou "Thanatos" em oposição à pulsão de vida ou Eros. Se trata de uma tendência para a morte e autodestruição que se contradiz, ao mesmo tempo que coexiste, com os impulsos de sobrevivência, sexo e criação. Para Jung, a energia psíquica tem um caráter não específico, então ele não concordou com a ideia.
4. Desenvolvimento e suas etapas
É extremamente conhecido o modelo freudiano dos estágios do desenvolvimento psicossexual, que termina quando se atinge o estágio genital na puberdade. Jung, por outro lado, considerou que o desenvolvimento da personalidade não se limita à infância, mas pode continuar ao longo da vida; nesse sentido, utilizou o conceito de "processo de individuação".
5. Complexos de Édipo e Electra
De acordo com a teoria de Freud, entre as idades de 3 e 5 anos, as crianças desenvolvem sentimentos ambivalentes (típicos da combinação de pulsões de vida e morte) em relação aos pais do mesmo sexo. Jung propôs a existência do complexo Electra, que consistiria no rivalidade das meninas com suas mães pelo amor do pai, na frente do Édipo masculino.
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6. Concepção de psicoterapia
A terapia de Jung é amplamente baseada em sua ideia do inconsciente coletivo, que Freud rejeitou, e é mais adaptada às necessidades de cada indivíduo do que o modelo terapêutico de Freud, a cura psicanalítica, que em sua versão clássica é usada. por um excesso de rigidez.
Por outro lado, o objetivo da psicanálise é a resolução de distúrbios emocionais profundos Por meio do reprocessamento das experiências traumáticas, e da terapia analítica junguiana passa-se a redirecionar o paciente para a liberdade e a espontaneidade, além de aproximar o comportamento e a autoimagem do “eu real”.
7. Interpretação de sonhos
Jung considerou que o tipo de análise de sonho que Freud realizou era muito restritivo e focado demais na sexualidade. Para este autor, os símbolos oníricos não podiam ser interpretados por regras fixas, mas era preciso levar em conta o mundo externo da pessoa, assim como o interno.
8. Visão da parapsicologia
Um dos pontos de conflito mais peculiares entre Freud e Jung diz respeito a sua concepção do paranormal. Jung desenvolveu a teoria da sincronicidade, segundo o qual pode haver relações causais entre fenômenos físicos e psicológicos aparentemente não relacionados; Freud considerou que esse tipo de ideia não merecia nenhum tipo de consideração.
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