Pimenta rosa: características, habitat, cultivo, propriedades - Ciência - 2023


science
Pimenta rosa: características, habitat, cultivo, propriedades - Ciência
Pimenta rosa: características, habitat, cultivo, propriedades - Ciência

Contente

o pimenta rosa é uma espécie perene pertencente à família Anacardiaceae. É comumente conhecida como pimenta rosa, turbinto, pimenta falsa e pimenta brasileira. É uma planta arbórea, com folhas de até 22 cm de comprimento, de cheiro perfumado e perene.

As flores são pequenas e aromáticas e estão agrupadas em inflorescências em forma de panícula. Seus frutos vermelhos intensos afetam a mobilidade de pedestres e veículos quando são produzidos em massa e caem no chão.

É uma espécie nativa do Brasil, Paraguai e Argentina. Hoje é uma espécie cultivada em áreas temperadas e quentes do mundo e foi naturalizada em muitos lugares. É utilizada como planta medicinal, na restauração ecológica ou como barreira viva, entre outras.

Caracteristicas

Aparência

É uma árvore perene, produtora de resina, com altura entre 5 e 7 m. Sua copa é densa, redonda ou ovóide, sua cor é verde intenso e seu tronco apresenta uma casca cinza escura.


Esta casca é lisa no início, mas com o passar do tempo torna-se fissurada, com fissuras e escamas. Seus ramos são de cor marrom e apresentam uma pubescência que desaparece gradativamente. Possui muitas lenticelas e produz resina.

Folhas

As folhas são alternadas, ímpar-pinadas, medindo entre 8 e 20 cm de comprimento, contando o pecíolo. Por sua vez, sua raque é alada e mede 4 a 9 cm de comprimento com pecíolo de 2 a 3 cm, puberulento e de cor vermelha.

As cúspides têm 7 a 13, podem ser sésseis ou subsssil, opostas, elípticas, obovadas, medem 1,5 a 6 cm de comprimento por 1 a 3 cm de largura. O folheto terminal é o maior, a base é cuneiforme ou assimétrica, toda a sua margem serrilhada e seu ápice subagudo e às vezes muito crônico.

A textura dos folhetos é membranosa ou subcoriácea, não apresentam pubescência, embora apareçam nas veias. A superfície superior é verde escura e a inferior é mais clara e menos verde brilhante. A venação lateral é óbvia.


flores

As flores são agrupadas em inflorescências tipo panícula, que podem ser axilares ou terminais, e sua forma é piramidal. As flores têm entre 2,5 e 20 cm de comprimento e são muito ramificadas.

Suas flores também podem ser caducas ou persistentes, unissexuadas, de cor branco-amarelada, dispostas em pedicelos bem articulados e com comprimento de 1 a 3 mm. O cálice possui 5 sépalas livres, ovais, desprovidas de pubescência.

A corola é composta por 5 pétalas elípticas ovarianas. Como as sépalas, não apresentam pubescência e têm entre 2 e 3 mm de comprimento por 2 mm de largura.

As flores masculinas têm dez estames dispostos em dois verticilos, e os mais externos são menores que os estames internos. Já as flores femininas têm ovário globoso, medindo entre 1 e 1,5 mm, com rudimento seminal, unilocular e seu estilete é curto e no final apresenta um estigma pontiagudo.


Frutas e sementes

O fruto da pimenta rosa é uma drupa globosa de 4,5 a 5 mm por 4 a 4,5 mm, são lisas e de cor vermelha intensa. O cálice e o estilo são persistentes nesta fruta.

A semente é de cor castanha clara, mede cerca de 3 mm e a sua forma é elíptica ou reniforme.

Taxonomia

-Kingdom: Plantae

-Classe: Equisetopsida

-Subclasse: Magnoliidae

-Superorden: Rosanae

-Ordem: Sapindales

-Família: Anacardaceae

-Gênero: Schinus

-Espécies: Schinus terebinthifolia Raddi.

Seu nome Schinus Vem do nome grego dado à aroeira, que é outra espécie de árvore da mesma família. O nome da espécie terebinthifolia refere-se ao cornicabra (Pistaciaterebinto), pois suas folhas são muito semelhantes às desta espécie.

Habitat e distribuição

Esta planta pode residir em países como Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, El Salvador, Honduras, Panamá, Paraguai, Estados Unidos e Venezuela, entre outros.

A amplitude altitudinal que ocupa varia de 0 a 2.000 metros acima do nível do mar. Requer muita iluminação e tolera solos pobres a ricos. É uma espécie resistente à seca.

Cultura

Esta árvore tolera solos ácidos e calcários, um tanto pobres, mas com boa drenagem.

O crescimento desta espécie ocorre mais e melhor em solos com alto teor de sílica e argila, assim como é recomendado que sejam profundos.

Quanto às secas, esta árvore é muito tolerante com elas. A irrigação é necessária nas fases iniciais de crescimento e principalmente durante o verão. Diminui em condições de semi-sombra e não deve ser aplicado quando ocorre geada.

A propagação da pimenta rosa pode ser feita por sementes e por estacas e ambas as formas apresentam crescimento rápido.

No início de seu crescimento, requer treinamento de poda para formar um tronco reto e uma copa compacta.

Propriedades

Esta árvore é amplamente utilizada por suas propriedades purificadoras e febrífugas. Outros usos são para tratar doenças uterinas, úlceras e como diurético.

Da mesma forma, a pimenta rosa produz um óleo essencial e um extrato alcoólico com atividade antibacteriana contra Pseudomonas, StaphylococcusY Escherichia. Da mesma forma, o extrato etanólico das folhas secas produz uma atividade controladora do molusco. Biomphalaria glabrata.

Por outro lado, o extrato aquoso dos ramos e folhas tem atividade antiviral contra alguns bacteriófagos, bem como contra os vírus do mosaico do tabaco e da batata. Da mesma forma, a casca cozida é útil para o tratamento de feridas, tumores, para reduzir a inflamação e controlar a diarreia.

A pimenta rosa contém muitos taninos em suas partes lenhosas (cascas e galhos) que são usados ​​no tingimento de redes de pesca.

No entanto, esta espécie pode ser pouco favorável, pois causa alergias cruzadas e atópicas na pele das pessoas quando ficam expostas por mais de 4 meses por ano a este pólen. O consumo da fruta provoca uma coceira semelhante à da pimenta-do-reino e às vezes causa vômitos, diarreia em crianças e dores de cabeça.

Além dos usos medicinais, a pimenta rosa é muito útil na recuperação de áreas degradadas, pois se comporta como uma espécie pioneira e agressiva e tem a capacidade de se dispersar pelos animais.

Referências

  1. Correa, W., Susin, F. Vivian, M., Machado, M. 2012. Influência da irrigação no crescimento de mudas de Schinus terebinthifolius. Brazilian Florestal Research 32 (69): 23-28.
  2. Sánchez de Lorenzo-Cáceres, J.M. 2017 Shinus terebinthifolia. Retirado de: arbolesornamentales.es
  3. Biblioteca Agroecológica Fundesyram. 2019. Planta medicinal, Schinus terebinthifolius Raddi. Retirado de: fundesyram.info
  4. Trópicos. 2019. Shinus terebinthifolia Raddi. Retirado de: tropicos.org
  5. Catálogo virtual da flora do Vale do Aburrá. 2014. Shinus terebinthifolia. Retirado de: catalogofloravalleaburra.eia.edu.co