Hugo Argüelles: biografia, obras marcantes - Ciência - 2023


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Hugo Argüelles: biografia, obras marcantes - Ciência
Hugo Argüelles: biografia, obras marcantes - Ciência

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Hugo Arguelles (1932-2003) foi um escritor, roteirista, dramaturgo e diretor de teatro mexicano. Durante boa parte de sua vida profissional trabalhou como professor e participou da produção e realização de programas de televisão.

A obra de Argüelles foi abundante e teve reconhecimento internacional. O escritor caracterizou-se por desenvolver temas de interesse social, tratados do ponto de vista reflexivo e com um certo toque de ironia. Várias de suas peças teatrais foram adaptadas para a televisão e o cinema.

As peças mais famosas deste dramaturgo mexicano foram: O crocodilo do panteão rococó, A primavera dos escorpiões, Piranhas amam na Quaresma Y O tecelão de milagres. O talento de Hugo Argüelles o levou a receber diversos prêmios, como o Prêmio Nacional de Teatro.


Biografia

Nascimento e estudos

Hugo Argüelles Cano nasceu em 2 de janeiro de 1932 em Veracruz, México. As informações sobre seus pais e parentes são escassas e sobre sua formação acadêmica sabe-se que estudou medicina e literatura hispânica na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). O dramaturgo também estudou teatro no Instituto Nacional de Belas Artes.

Início de sua carreira teatral

Apesar de Argüelles ter concluído sua carreira médica, ele decidiu se dedicar às artes cênicas. Em 1951 começou a trabalhar como diretor de teatro e trabalhou na encenação da peça As coisas simples. Sete anos depois, ele recebeu o Prêmio Nacional de Teatro por Os corvos estão de luto.

Outras tarefas

Por muito tempo, Hugo Argüelles foi professor em instituições mexicanas. Trabalhou na UNAM como professor de letras modernas e arte dramática. Ele teve a oportunidade de ensinar teatro no Centro Universitario de Teatro e no Instituto Nacional de Bellas Artes.


Vida multifacetada

A vida profissional deste dramaturgo mexicano caracterizou-se por ser ativo. Teve participação na televisão como produtor e apresentador, sendo também responsável pela adaptação de algumas das suas obras para o formato televisivo. Hugo também desenvolveu oficinas de literatura dramática e foi delegado cultural.

Últimos anos e morte

Argüelles dedicou sua vida ao teatro e isso o tornou digno de reconhecimento. Em 1982 foi homenageado pelo Ateneu Espanhol em seu país natal e no ano seguinte a União de Cronistas e Críticos de Teatro celebrou sua carreira. O escritor faleceu em 24 de dezembro de 2003 na Cidade do México aos setenta anos.

Prêmios

- Prêmio Nacional de Teatro em 1958.

- Prêmio Nacional de Belas Artes em 1959.


- Prêmio do Sindicato de Críticos e Cronistas de Teatro em 1980.

Tocam

- O crocodilo do panteão rococó (v. F.).

- Amor de Piranhas na Quaresma. Uma versão em filme foi feita em 1969.

- A primavera dos escorpiões. Foi transformado em filme em 1971.

- As figuras de areia (v. F.).

- Doña Macabra. Adaptado para a televisão em 1963 e para o cinema em 1971.

- Amantes frios e mão única (v. F.).

- Os corvos estão de luto (1958).

- O tecelão de milagres (v. F.).

- A galeria do silêncio (1967).

- Os prodígios (v. F.).

- O grande inquisidor (v. F.).

- A rodada dos enfeitiçados.

- Calaca (v. F.).

- Concerto para guilhotina e quarenta cabeças (1971).

- Madrugada (1971).

- O ritual da Salamandra (v. F.).

- Os amores criminosos dos vampiros morais (1983).

- galos selvagens (1986).

- A tarântula art nouveau da rua do ouro (s. F.).

Breve descrição de algumas de suas obras

Os corvos estão de luto (1958)

Sua peça principal pertencia ao gênero farsa e foi dividida em três atos. O enredo da história era sobre família e ganância. No decorrer da peça, cada um dos personagens revelou suas intenções.

O nome da obra fazia referência à atitude indiferente dos filhos de Dom Lacho aos seus últimos dias de vida. Eles estavam apenas cientes das riquezas que ele iria deixá-los. Então, eles usaram todos os meios para processar uma certidão de óbito enquanto ele ainda estava vivo.

Os personagens principais da peça foram:

- Don Lacho.

- Enrique.

- Mateus.

- Gelasio.

- Misericórdia.

- Maria.

Fragmento

Misericórdia: - E as vantagens, não contam? Pense neles também. Você vê, ele nem consegue respirar. O tempo todo com aquele barulho na garganta. E se ele morrer - como espero em Deus - hoje à noite, podemos ir ao solar amanhã, segunda-feira. Tudo é abandonado por causa de sua agonia sangrenta que nunca termina.

Galos selvagens (1986)

Foi um interessante trabalho de Argüelles no qual ele revelou seu costumeiro humor negro e ironia sobre aspectos da vida. A história foi carregada psicologicamente, o que deu intensidade e profundidade à trama do incesto. Já foi representado inúmeras vezes.

Fragmento. Ato i

Pai: (batendo na mesa) -E? Estou ficando louco? Sinta como me sinto e seja alguém que… tem que ir ladeira abaixo! Se estou, não suporto a energia dentro de mim! Como? Mas como ... vou pensar nisso, cara! Vou lançar alguns prumos por aí: que: devo me divertir. É que já estão há mais de 17 dias trancados aqui! Os nervos de qualquer um ficam à flor da pele!

Otoniel: -Fique com calma ... e não se exponha ... -Menos para atirar, mesmo que seja para treino de pontaria. Aqui você tem que ter calma pelo menos um mês. E por via das dúvidas, já mandei mais dois para reforçar a vigília noturna. Acalme-se e ... bem (brindes com o copo vazio) diga olá.

O Pai vê isso. É contido com grande esforço. Ele abana. Ele senta. Bebê.

Otoniel: -Olhando para a perna esquerda do pai) Ainda dói?

Fragmento de A galeria do silêncio. Ato II

"Fernando: -Fomos burros! Por que não pensamos nisso!

Roberto: -Mas eu só estou correndo riscos!

Jorge: -Está com medo?


Roberto: -Suponha que um dia eu caia. Onde você acha que eles me mandariam para recompensar minha engenhosidade?

Jorge: -Como exatamente eles fazem?

Fernando: -A ideia foi do Roberto. (Ele olha com admiração).

Roberto: (Satisfeito, mas fingindo simplicidade) -Eu simplesmente propus que aproveitando o fato de eu trabalhar no banco, ele pudesse tirar de um arquivo os cartões de contas conjuntas de alguns clientes; daqueles que, sendo vários parentes com a mesma conta, não sabem muito bem quem retirou o dinheiro.

Referências

  1. Argüelles, Hugo (1932-2003). (2011). México: Secretaria de Cultura. Recuperado de: Literatura.inba.gob.mx.
  2. Hugo Argüelles. (2017). México: Enciclopédia de Literatura no México. Recuperado de: elem.mx.
  3. Hugo Argüelles. (2019). Espanha: Wikipedia. Recuperado de: es.wikipedia.org.
  4. Hugo Argüelles. (S. f.). Cuba: Ecu Red. Recuperado de: ecured.cu.
  5. Trilogia dos ritos. Hugo Argüelles. (S. f.). Venezuela: Google Books. Recuperado de: books.google.co.ve.