Os 19 livros mais importantes de Freud (recomendado) - Ciência - 2023


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Hoje eu venho com uma lista deLivros de Sigmund Freud coisas mais importantes que você deve saber se deseja estudar psicanálise, tem curiosidade sobre a teoria psicanalítica ou simplesmente deseja desfrutar de um livro bem escrito.

Sigmund Freud (1856 - 1939) foi um neurologista austríaco e fundador da Psicanálise, prática formulada para o tratamento de transtornos psicopatológicos, a partir do diálogo entre o paciente e o psicanalista.

Seu trabalho foi prolífico e deixou uma marca na cultura e na história da humanidade; vários termos conceituados por ele (como o inconsciente) tornaram-se parte do conhecimento popular e da cultura ocidental. Tamanha era a qualidade de sua escrita, do ponto de vista de estilo e conteúdo, que lhe valeu o prestigioso Prêmio Goethe em 1930.


Suas teorias marcaram o tratamento das psicopatologias tanto pela psicologia quanto pela psiquiatria, já que Freud preconizava um tratamento em que a doença mental tivesse estreita relação com a história pessoal, familiar, social e até cultural do paciente que sofre. . Freud, em "Psicologia das massas e análise de si" afirma que toda psicologia é psicologia social.

A sua obra foi compilada e comissariada em espanhol pela editora Amorrortu Editores, abrangendo uns impressionantes 23 volumes, sem contar outras publicações de carácter mais intimista, como cartas ou manuscritos.

Os livros mais importantes de Sigmund Freud

1- Neuropsicoses de defesa (1894)

É um dos primeiros textos de Freud, onde começa a delinear ideias que posteriormente desenvolveria ao longo de toda a sua carreira.


Neste livro, ele apresenta o conceito de divisão de consciência, onde parte da consciência é inacessível ao "eu" (que não é o eu que se desenvolveria depois).

Seus primeiros insights devem-se aos estudos que realiza sobre a histeria, nos quais descobre que não há lesões orgânicas no sofrimento das mulheres e que o sintoma ocorre em conseqüência da referida excisão.

A cisão decorre de uma representação inconciliável com as demais que, geralmente, advêm da vida sexual. Esse conflito entre representações aciona a defesa, gerando a cisão mencionada.

Esta divisão permite o quantidade de afeto ligados à representação irreconciliável podem ser separados. Assim, o R.I. ele permanece inconsciente e a quantidade de afeto está ligada a uma representação substituta que tende a ter ligações lógicas com o R.I., o que pode causar sintomas histéricos.

Nessa obra, Freud afirma que o aparelho psíquico é regido pelo Princípio da constância, cuja função é eliminar todo tipo de desprazer para manter o equilíbrio energético.


2- A interpretação dos sonhos (1900)

 

Sem dúvida uma de suas obras mais importantes e talvez a mais conhecida. Nesta obra, Freud publica importantes avanços teóricos, detalhando em profundidade seus desdobramentos sobre o inconsciente em relação aos sonhos.

Detalha, por meio do Esquema do pente, que o aparelho mental funciona de maneira semelhante a uma câmera fotográfica. De um lado está o pólo perceptivo, que registra estímulos externos ou internos.

No meio há traços de memória do que foi percebido anteriormente que são ativados em função do estímulo percebido. Do outro lado está o pólo motor, que realiza uma ação em resposta a esse estímulo.

A novidade do esquema é, no entanto, que Freud coloca a percepção e a ativação da memória como inconscientes primeiro e como conscientes depois: isto é, só nos tornamos cientes do que é percebido (muito) depois que o fato ocorreu, mas já agiu em conformidade inconscientemente.

Em relação à análise dos sonhos, Freud trabalha na interpretação de história do sonho, uma vez que ele não está interessado em quão bem o analisando se lembra do sonho, mas sim na história que ele monta na sessão de terapia sobre ele. Freud desenvolve quatro componentes do trabalho dos sonhos:

  • Condensação: O conteúdo manifesto do sonho é uma condensação ou compêndio de pensamentos latentes. Esses elementos têm algo em comum, um nexo lógico, então o manifesto é sobredeterminado.
  • Deslocamento: Graças à censura onírica (que se assemelha à repressão em sua forma de agir), o deslocamento consiste na passagem de um elemento importante para o sujeito para outro sem importância. Desse modo, o sonho se torna algo estranho e estranho.
  • Transposição em imagens: É a encenação do sonho. Consiste na desfiguração dos pensamentos latentes e sua mistura com os restos diurnos por condensação e deslocamento para mostrar as imagens do próprio sonho.
  • Processamento secundário: É após o sonho e refere-se ao ato de contá-lo. Aqui, ele procura ordenar os eventos que ocorreram no sonho temporal e espacialmente e é uma parte importante de sua análise.

Sonho de injeção de Irma

Como exemplo, tomemos o famoso sonho de Freud com a "injeção de Irma". Nele, Freud reconhece que, por condensação, Irma representa várias mulheres, suas pacientes que relutam em tratá-la.

Por deslocamento, o sentimento de culpa e responsabilidade pela doença de Irma é atribuído a outro médico quando era o próprio Freud quem se sentia culpado pelo sofrimento de seu paciente. A transposição em imagens é a cena do próprio sonho, como a experiência de Freud; a elaboração secundária é o famoso conto.

3- Três Ensaios sobre Teoria do Sexo (1905)

Outro texto fundamental na obra de Freud em particular e na teoria psicanalítica em geral, aqui é feita uma nova abordagem da sexualidade, fazendo uma separação entre ela e a sexualidade. genitalidade.

O primeiro é um conceito amplo, que inclui as formas de se relacionar e sentir do sujeito, enquanto o segundo diz respeito exclusivamente à genitália, à relação sexual e ao onanismo. A genitalidade faz parte da sexualidade.

Aqui Freud desenvolve o conceito de pulsão como um conceito fronteira porque relaciona o psíquico com o biológico, afirmando que a pulsão é a resposta psíquica a um estímulo biológico. interno do qual o sujeito não pode fugir.

Também traz importantes avanços em relação à sexualidade infantil. Ele afirma que a sexualidade infantil tem duas fases: a primeira em uma idade precoce e marcada principalmente pelo erotismo e pelo prazer pulsional. A segunda fase ocorre com a entrada na puberdade e o aparecimento de características sexuais secundárias. Entre as duas fases existe um período de latência.

No desenvolvimento da sexualidade infantil, ele postula as famosas fases de sua organização: oral, anal, fálico Y genital. Cada um tem o nome do objeto de satisfação que são, respectivamente, boca, ânus e pênis (clitóris nas mulheres).

A diferença entre os estágios fálico e genital é que, no estágio fálico, as crianças têm a teoria inconsciente de que existe apenas um genital, o falo / pênis.

Nos genitais, os genitais femininos são reconhecidos, embora no inconsciente persista a crença de que só existe um genital, o falo, que pode estar presente ou ausente. Essas fases ocorrem em homens e mulheres.

4- Totem e tabu (1913)

Uma obra de natureza mais antropológica do que psicológica, Freud baseia-se em observações feitas de povos indígenas australianos, bem como em estudos de Darwin, Atkinson e Robenson-Smith.

Embora as teses antropológicas estejam desacreditadas hoje, seus desenvolvimentos sobre o complexo de Édipo continuam a ter importância dentro da psicanálise hoje.

Freud afirma a existência de um repressão primordial feito a um "Pai primordial". O mito do assassinato desse pai explica o surgimento da lei e da cultura entre seus filhos. Freud afirma que o ato de assassiná-lo e devorá-lo funda a cultura em um perdido (os pais).

As crianças cometeram um crime pelo qual se sentem culpadas e, para evitar que volte a acontecer, promulgam uma lei que proíbe que ninguém os substitua.

Assim, o incesto é proibido por não se poder levar a mãe como casal, por isso os filhos são obrigados a fazer exogamia e a procurar mulheres de outras tribos para que possam tomar como companheiras.

5- Introdução do narcisismo (1914)

Este escrito surge em parte como uma emenda à sua teoria das pulsões que havia sido duramente criticada por seu ex-discípulo Carl Jung anteriormente. Aqui Freud apresenta o narcisismo em sua teoria sexual como uma parte estrutural do sujeito, que se forma antes que o sujeito possa investir os objetos libidinalmente.

A energia sexual é primeiro colocada no Self durante o desenvolvimento sexual, por meio do qual o Self se torna libidinizado. Essa libidinização é um complemento ao egoísmo das pulsões de autopreservação, pois é graças à libido que o sujeito possui. desejo para conservar a si mesmo.

É necessário que previamente haja um Ego constituído e libidinizado para que esta libido saia do Ego (embora nunca totalmente) e se deposite em objetos de amor.

Os objetos, porém, podem se perder e quando a libido ocorre, ela se afasta deles e retorna a si, depositando-se em suas fantasias, o que permite ao objeto "viver" em um nível fantasmático.

6- Unidades e destinos de direção (1915)

Neste escrito, Freud desenvolve o conceito de pulsão em detalhes. Aqui, o modelo de estímulo-resposta do esquema de Peine muda, afirmando que os estímulos de impulso (isto é, estímulos de impulso) operam com força constante e não podem ser fugidos ou atacados.

A unidade possui quatro componentes:

  • Esforço / impulso: É a soma da força ou medida do trabalho constante realizado pela unidade.
  • Objetivo / final: É a satisfação alcançável ao cancelar o estado de estimulação da fonte.
  • Objeto: A unidade atinge seu objetivo por meio dele. É um instrumento.
  • Fonte: O próprio corpo, seus orifícios, sua superfície. É experimentado como excitação.

A pulsão não está satisfeita no objeto. Por meio da libido, o Ego investe um objeto pelo qual a pulsão pode ser satisfeita (cancelar seu estímulo), utilizando-a como instrumento.

Como o estímulo é constante, a pulsão está continuamente em busca de objetos para atingir seu objetivo, que só o alcançará quando morrer.

7- A repressão (1915) e 8. O inconsciente (1915)

Essas duas obras estão tão intimamente relacionadas que é muito difícil falar de uma sem ter que mencionar a outra.

Freud detalha a natureza do inconsciente, dando-lhe três definições: uma descritivo (tudo o que não é consciente), dinâmico (são o conteúdo reprimido) e sistêmico (É o funcionamento do inconsciente como estrutura do aparelho psíquico).

Sobre a natureza da repressão, Freud afirma que houve uma repressão primário antes da repressão que é comumente conhecida ou colegial. Essa repressão primária não era conteúdo, mas o fundamento do inconsciente ao separá-lo do consciente.

É uma operação fundadora que inscreve o representação da pulsão da psique e é responsável pelo funcionamento particular do inconsciente, onde governam leis diferentes das da consciência ou da realidade.

9- O Eu e o Isso (1923)

Nesse texto Freud afirma que o indivíduo é antes de tudo um isso, ou seja, não tem consciência de si mesmo e atua segundo o princípio do prazer, buscando sua satisfação instintiva por meio dos objetos.

O Id é totalmente inconsciente, mas uma parte dele é alterada devido à sua relação com o mundo externo, tornando-se o eu, que é parcialmente consciente.

O superego, por sua vez, é constituído por alterações ocorridas no ego (de natureza inconsciente). Essas alterações decorrem da consciência moral e da autocrítica, bem como de um sentimento inconsciente de culpa. O superego é extremo, cruel e feroz e daí surge a necessidade de punição.

A parte consciente do eu está relacionada ao acesso à motilidade. O Self é um vassalo de três senhores:

Disto, que busca constantemente a satisfação instintiva, obrigando o Ego a investir libidinalmente em diferentes objetos.

Da realidade, uma vez que não pode investir nenhum objeto e deve respeitar as regras e leis da realidade em que vive.

Do superego, por ter que respeitar a própria moral e moral social, bem como pela necessidade de se punir por infringir as leis.

10- O mal-estar da cultura (1930)

Este é um ensaio que junto com “Psicologia das massas e análise de si ”, compõem suas obras mais conhecidas e relevantes no estudo da psicanálise social do século XX.

O tema principal da escrita é a divergência que existe entre os impulsos naturais do homem e as restrições impostas pela sociedade e cultura, ou seja, enquanto a cultura cria unidades sociais mais estáveis, ela restringe os impulsos sexuais e agressivos do indivíduo, criando um sentimento de culpa.

Por isso, a cultura gera sofrimento e insatisfação e se ela cresce, o desconforto e a culpa aumentam progressivamente.

11- Psicopatologia da vida cotidiana (1901)

É uma obra em que Freud descreve temas e termos de fácil compreensão, relacionados a situações cotidianas como erros ou falhas comuns.

Essas situações não ocorrem por acaso, mas por causa do inconsciente ou pré-consciente. Embora não queiram realizar certas ações que o indivíduo as realiza, um exemplo disso é nomear alguém que eles não desejam nomear.

Além disso, Freud descreve "memórias de camuflagem", que vêm desde a infância e causam algum problema, conflito ou repressão.

12- O Futuro de uma Ilusão (1927)

Neste escrito, Freud trata como tema central a relação entre cultura e religião. Descreve o início, a evolução, a psicanálise e o futuro da religião nas sociedades.

Concluindo como uma crítica pessoal, Freud considerou que a religião era apenas um esquema de falsas crenças. Descreve que a aceitação da religião significa abandonar a satisfação instintiva natural do homem.

13- Moisés e a religião monoteísta (1939)

É a última obra publicada por Freud em vida, reúne três ensaios, que descrevem as origens da crença em um só Deus.

Além disso, ele expressa suas opiniões sobre as origens, destino e relação dos judeus com Moisés. Para o pai da psicanálise, o povo judeu assassina Moisés e reprime coletivamente esse fato de suas mentes, depois de um tempo a memória reprimida aparece e com ela o povo judeu e sua religião nascem.

Outras

14- A piada e sua relação com o inconsciente

15- Uma memória de infância de Leonardo da Vinci

16- Contribuição para a história do movimento psicanalítico

17- Esquema de psicanálise

18- Inibição, sintoma e angústia

19- afasia

Qual você acha que foi o livro mais importante de Freud?

Referências

  1. Freud, S.: Neuropsicose de defesa, Amorrortu Editores (A.E.), tomo III, Buenos Aires, 1976.
  2. Freud, S.: A interpretação de sonhos, IV, idem.
  3. Freud, S.: Três ensaios na teoria do sexo, A.E., VII, idem.
  4. Freud, S.: Totem e tabu, XIII, idem.
  5. Freud, S.: Introdução do narcisismo, XIV, idem.
  6. Freud, S.: Pulsões e impulsos, idem.
  7. Freud, S.: A repressão, idem.
  8. Freud, S.: O inconsciente, idem.
  9. Freud, S.: Psicologia das massas e análise de si, XVIII, idem.
  10. Freud, S.: O eu e o id, XIX, idem.