Dez principais funções do psicólogo - Ciência - 2023


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10 principais funções do psicólogo - Ciência
10 principais funções do psicólogo - Ciência

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As principais funções do psicólogo Eles estão analisando problemas, avaliando comportamento, ouvindo, explicando, informando, fornecendo recursos e estratégias, motivando para a mudança, fornecendo orientações e acompanhando durante a mudança.

Apesar de já não predominar hoje em dia a imagem do psicanalista deitado num divã e perguntando sobre a infância e os desejos sexuais, ir a uma consulta psicológica continua a criar alguma confusão.

Sentar-se diante de um terapeuta que começará a lhe perguntar sobre aspectos pessoais e a quem você terá que explicar todos os seus problemas é uma situação que, a priori, pode causar sentimentos de insegurança ou desconforto.

Porém, muitas das crenças sobre as funções que o psicólogo desempenha não são totalmente verdadeiras e podem levar a associações erradas, como a de que só os loucos procuram o psicólogo ou que os terapeutas são os encarregados de solucionar os seus problemas. .


É verdade que nem todos os psicoterapeutas trabalham da mesma maneira, interpretam os tratamentos da mesma forma ou realizam as mesmas ações durante suas terapias. No entanto, também é verdade que todos os terapeutas têm o mesmo objetivo; fazer com que os pacientes melhorem seu estado de saúde mental e adquiram maiores habilidades para funcionar adequadamente em suas respectivas vidas.

O que um psicólogo realmente faz?

A principal função do psicólogo é avaliar e analisar as situações do paciente para encontrar intervenções e estratégias que podem ser benéficas para melhorar seu funcionamento psicológico.

Os tratamentos e as técnicas de intervenção podem ser muito diversos, mas todos partem da mesma ideia: compreender um problema específico e encontrar ações que o permitam resolvê-lo.


Os psicólogos, então, não são pessoas mágicas capazes de ler seus pensamentos ou que podem saber o que você está pensando. Tampouco realizam tratamentos que duram muitos anos e falam do enamoramento dos filhos e dos pais.

Na verdade, um terapeuta pode trabalhar com qualquer tipo de pessoa, seja ela com doença mental ou não, independentemente dos problemas que apresente. Além disso, é importante observar que os psicólogos não resolvem problemas ou consertam a vida de seus pacientes.

Qualquer mudança que um indivíduo possa fazer por meio da psicoterapia será realizada por ele mesmo. O terapeuta se limitará a orientá-lo durante essa mudança e treiná-lo com ferramentas de todos os tipos que o capacitarão a enfrentar seus diferentes problemas.

Diante de tudo isso, podemos definir a figura do psicólogo como um profissional especialista em comportamento humano que aplica diferentes métodos terapêuticos para ajudar as pessoas a enfrentarem seus problemas e adquirirem um estado psicológico saudável.


10 funções principais dos psicólogos

Para ver com mais clareza, a seguir comentaremos as 10 principais funções que qualquer psicólogo desempenha.

1- Analise os problemas

A primeira coisa que qualquer psicoterapeuta faz é analisar os problemas que afetam a vida da pessoa.

A maioria das pessoas vem para uma consulta por um motivo específico e para resolver um problema específico. Os problemas são compreendidos de um ponto de vista multidisciplinar, ou seja, podem atender tanto aos aspectos relacionais, sociais, pessoais ou de trabalho.

Um paciente pode ir tanto por apresentar sintomas depressivos ou ansiosos, por apresentar uma situação de trabalho estressante com a qual não consegue lidar ou por ter diferentes problemas de relacionamento com seu parceiro, família ou amigos.

Na verdade, o mais comum é que as pessoas apresentem problemas diferentes em conjunto, de modo que uma situação de trabalho particularmente estressante pode ser acompanhada por sintomas de ansiedade e desconforto, e problemas no ambiente familiar.

Seja qual for o motivo principal da consulta psicológica, o primeiro passo que qualquer terapeuta dá é baseado na análise, avaliação e compreensão do problema em questão.

Um psicólogo não pode realizar seu trabalho se antes os problemas não foram bem definidos e bem compreendidos, da mesma forma que uma pessoa não pode resolver seus problemas sem antes analisá-los e interpretá-los.

Assim, o psicólogo se coloca no lugar do paciente e passa a trabalhar junto com ele para analisar adequadamente quais serão os temas a serem discutidos durante as sessões.

2- Avalie o comportamento

O principal aspecto que caracteriza um psicólogo é que ele é um especialista em comportamento e comportamento humano. Assim, a principal chave que os terapeutas têm para ajudar seus pacientes está em avaliar e identificar seus principais padrões de comportamento.

Ao avaliar o comportamento do indivíduo, o psicólogo obtém mais informações sobre o "porquê" de seus problemas e pode começar a esclarecer quais intervenções podem ser úteis.

A psicologia se baseia no estudo de aspectos como pensamento, comportamento, emoções ou atitudes do ser humano.

As pessoas têm uma série de características nesses componentes e nós as aceitamos automaticamente, sem prestar muita atenção em suas qualidades e na possibilidade de modificá-las.

Quando você vai ao psicólogo, ele faz uma avaliação ampla desses aspectos, motivo pelo qual os terapeutas costumam fazer várias perguntas ou administrar questionários e testes.

As informações coletadas permitirão delimitar os principais pontos de trabalho com o paciente e as modificações que podem ser relevantes para a obtenção de melhorias em seu estado psicológico.

3- Detectar e aceitar o jeito de ser

Outro aspecto central do trabalho do psicólogo consiste em detectar a personalidade e o jeito de ser dos pacientes. Esse fato pode ser invasivo ou desconfortável visto de fora, mas raramente é para os indivíduos que procuram o psicólogo.

O terapeuta deixa bem claro desde o início das sessões que ele tem que saber para ajudar. O conhecimento sobre o comportamento e funcionamento humano é inútil se não for aplicado a um caso particular.

Se o psicólogo não sabe exatamente quais são as características principais de seu paciente, dificilmente poderá ajudá-lo em nada. Por esse motivo, os terapeutas costumam administrar testes de personalidade e fazer perguntas sobre a vida passada, os relacionamentos e as experiências do paciente.

4- Ouça com empatia

Para alcançar todos os itens acima, os psicólogos ouvem seus pacientes com empatia.
Isso significa que eles demonstram empatia por cada história que o paciente expressa sobre seus problemas ou experiências pessoais.

Em outras palavras, o terapeuta tenta se colocar no lugar do paciente ao explicar seus diferentes problemas e experiências. E ele não tenta apenas se colocar no seu lugar atendendo ao que ele diz, mas levando em consideração todo o conhecimento que já possui sobre a personalidade e o modo de ser paciente.

Embora o terapeuta possa ter ideias ou pensamentos contrários aos expressos pelo indivíduo, ele consegue se colocar no lugar deles prestando atenção em como é a pessoa que experimenta as coisas à medida que as vive.

O psicólogo, portanto, é capaz de compreender e vivenciar as coisas que o paciente vive, seus pensamentos, ideias, emoções e ações que realiza, por isso acaba entendendo da forma mais detalhada possível quais são as necessidades que cada pessoa apresenta.

5- Explique as coisas que você vê

Diante da ideia de que os psicólogos têm habilidades mágicas, podem saber o que a outra pessoa pensa ou lê suas mentes, a realidade das funções dos terapeutas são totalmente opostas.

O psicólogo não avalia, examina ou pergunta nada por curiosidade ou querendo saber mais sobre o paciente sem qualquer motivação. Na verdade, deve-se ter em mente que durante as sessões os terapeutas estão trabalhando para que todos os avaliados tenham um motivo específico: ajudar o paciente.

Além disso, uma vez que o terapeuta possui informações suficientes para ousar fazer especulações e diagnósticos sobre os problemas e o funcionamento psicológico do paciente, ele o expõe e explica em detalhes.

Esse fato faz com que as ideias de insegurança ou desconfiança desapareçam por completo, uma vez que o paciente vivencia em primeira mão como todas as ações realizadas pelo terapeuta visam encontrar soluções e fornecer ajuda.

Além disso, as explicações fornecidas pelo psicólogo podem ser muito úteis para o paciente começar a entender o que está acontecendo com ele. É popularmente considerado que ninguém pode conhecê-lo melhor do que você mesmo, e essa afirmação geralmente pode ser considerada verdadeira.

No entanto, em tempos difíceis, as pessoas podem ter dificuldade em entender o porquê de tantas coisas, por que estou tão ansioso? Por que não posso ser feliz por nada?

Diante dessas situações, o psicólogo, por meio de uma visão objetiva e apoiada nos avanços da ciência do comportamento, pode fornecer informações extras que permitem às pessoas entender melhor o que está acontecendo com elas e o que pode ser feito para modificar a situação-problema.

6- Relatório sobre aspectos psicológicos

Outra função importante do psicólogo é fornecer informações sobre aspectos psicológicos e, em alguns casos, sobre psicopatologias.

Quando uma pessoa sofre de uma doença mental, muitas vezes não possui todos os conhecimentos necessários para compreender de forma otimizada o que está acontecendo com ela, por que isso acontece e quais ações podem ser tomadas para intervir.

Por essas razões, praticamente todas as sessões de psicoterapia começam com uma fase educacional, na qual o terapeuta explica detalhadamente as características do transtorno que está sofrendo.

Ao contrário do ponto anterior, neste caso a explicação é feita de forma geral, para que o paciente adquira uma maior consciência de como funcionam os componentes psicológicos e desenvolva uma visão mais aproximada sobre o problema que o ajudará a compreender as intervenções subsequentes.

7- Fornecer recursos e estratégias

O objetivo dos seis pontos anteriores é recolher informações, adquirir conhecimentos, estabelecer um clima de confiança e preparar o paciente para encontrar os recursos e estratégias que lhe permitirão a recuperação psicológica ou a melhoria do bem-estar mental.

Assim, uma vez que o terapeuta entende como o paciente está trabalhando, ele começa a indagar quais intervenções funcionarão para ele.

Os tratamentos são muitos e muito diversos, e o terapeuta também não tem certeza se uma intervenção específica funcionará.

Os psicólogos não são mágicos que sabem o que funciona em cada caso, mas possuem conhecimento sobre o comportamento humano que lhes permite abordar as estratégias mais benéficas.

8- Motivo de mudança

O psicólogo fornece estratégias e recursos que serão úteis para o paciente, mas a mudança não será feita pelo terapeuta, mas pelo próprio paciente.

À medida que as estratégias escolhidas pelo psicólogo são colocadas em prática, ele vai motivar constantemente o paciente para o cumprimento dos objetivos.

O terapeuta elabora um plano de recuperação, mas exige que o paciente o siga para que o paciente se recupere.

9- Fornecer diretrizes

Paralelamente, o psicólogo fornece orientações ao paciente que o ajudarão a manter e dar continuidade ao processo de mudança.

As orientações fornecidas por um terapeuta não são conselhos. Ou seja, o psicólogo não aconselha, pois o simples fato de aconselhar constitui um ato subjetivo.

Os psicólogos enviam orientações apoiadas pela ciência, mas nunca decidem pelo paciente. Eles podem guiá-lo por um caminho, mas não por meio de conselhos, mas de técnicas que permitem ao paciente fazer uma boa análise das situações e decidir da forma mais correta possível.

10- Acompanhar durante a troca

Em última análise, o terapeuta se torna a figura que desenhou um plano de mudança no qual o paciente acreditou e o executou.

Ao longo do caminho, o paciente sabe que não estará sozinho, já que o psicólogo o acompanha em todos os momentos e o guia nos momentos em que ele mais precisa.

Referências

  1. Buela-Casal, G. e Sierra, J.C. (2001). Avaliação psicológica e manual de tratamento. Madrid: Nova Biblioteca.
  2. Haynes, SN, Godoy, A e Gavino, A (2011). Como escolher o melhor tratamento psicológico. Madrid: pirâmide.
  3. Labrador, FJ (2011). Situações difíceis na terapia. Madrid: pirâmide.
  4. Meichenbaum D e Turk DC. (1991). Como facilitar o acompanhamento em tratamentos terapêuticos. Bilbao: DDB.
  5. Miller, WR. e Rollnick, S (1999). A entrevista motivacional. Prepare-se para a mudança de comportamentos viciantes. Barcelona: Paidós.
  6. Pérez Álvarez, M., Fernández Hermida, J.R., Fernández Rodríguez, C. e Amigó Vazquez, I. (2003). Guia para tratamentos psicológicos eficazes. Vol I, II e III. Madrid: pirâmide.