Flora e fauna de Corrientes: espécies mais representativas - Ciência - 2023
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Contente
- Flora de Corrientes
- Jabuticaba (Plinia cauliflora)
- Tacuaruzú (Guadua chacoensis)
- Yba pitá (Syagrus romanzoffiana)
- Fauna de Corrientes
- Aguará guazúChrysocyon brachyurus)
- Chimango (Phalcoboenus chimango)
- Yarara (Bothrops alternatus)
- Referências
o flora e fauna de Corrientes É representada por espécies como a jabuticaba, o tacuaruzú, o aguará guazú e o yarará, entre outras. Corrientes é uma província da Argentina que se localiza no nordeste daquele país.
O clima não é uniforme, distinguindo assim três tipos diferentes. A nordeste, os verões são quentes e úmidos. Na região do Paraná, o clima é subtropical Chaco. Por outro lado, nas regiões do sul chove o ano todo, o verão é quente e o inverno é frio.
Corrientes faz parte da Mesopotâmia Argentina, onde existem lagos, pântanos e planícies. No que diz respeito ao solo, distinguem-se duas zonas: a oriental, aluvial e a ocidental, caracterizada por áreas arenosas.
Flora de Corrientes
Jabuticaba (Plinia cauliflora)
A jabuticaba é uma árvore tropical nativa do Brasil, que pertence à família Myrtaceae. Esta espécie está distribuída na Argentina, Paraguai, Brasil, Bolívia e Peru.
Pode atingir uma altura de 3 a 8 metros, apresentando uma forma arredondada e densa.As folhas, quando jovens, apresentam uma tonalidade salmão, tornando-se verdes quando maduras. Além disso, apresentam forma lanceolada ou elíptica, são perenes e opostas.
Em relação às flores, são de cor branca amarelada, emergindo em grupos nos ramos e nos troncos. Os frutos são globosos e roxos, podendo aparecer sozinhos ou em grupos. A pele destes é grossa e têm uma polpa gelatinosa, doce e suculenta.
A floração e a frutificação podem ocorrer várias vezes ao ano, há espécies em que ocorrem 6 vezes ao ano.
O fruto da videira brasileira, como também é conhecida a espécie, é comestível. Pode ser consumido diretamente da árvore ou preparado em vinho, geleias ou compotas.
Tacuaruzú (Guadua chacoensis)
O tacuaruzú é uma cana pertencente à subfamília Bambusoideae. É nativo da América do Sul, onde é encontrado em um clima tropical a temperado. Os juncos são grossos, atingindo diâmetro de 10 a 15 centímetros e altura de até 20 metros. Os caules tendem a formar matagais nos solos úmidos que margeiam os rios.
Os ramos são espinhosos, com anéis brancos nos nós. Os entrenós são lisos, caracterizados por uma coloração verde brilhante. Quanto à folhagem, as folhas são lanceoladas, grandes e de tom verde intenso.
Essa espécie rizomatosa, também conhecida como tacuara brava, é de grande importância do ponto de vista econômico. Isso se deve ao seu valor como planta madeireira. Assim, é utilizado na indústria da construção, na fabricação de móveis para escritório e casa.
Além disso, os juncos são usados como elementos de proteção de margens e bacias de riachos e rios. Os pedaços de bambu, cortados de maneira a ter um nó como base, são usados como copo ou para servir comida.
Yba pitá (Syagrus romanzoffiana)
Esta palmeira faz parte da família Arecaceae. É distribuído no Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. Hoje, é freqüentemente usada como planta ornamental. Por causa disso, o ybá pitá foi introduzido em outras regiões subtropicais, tropicais e mediterrâneas em todo o mundo.
Esta planta pode crescer até 25 metros de altura. O estipe é acinzentado e anelado, medindo cerca de 60 centímetros de diâmetro em sua base. Da mesma forma, é liso, podendo ter algum alargamento.
Em relação às folhas, são esverdeadas e alternadas. Além disso, são pinadas, tendo um comprimento entre 2 e 3 metros. Os folíolos, de 1 metro de comprimento, são lanceolados e apresentam aspecto de penas.
As inflorescências são ramificadas, circundadas por uma espata estriada e lenhosa. Quanto às flores, são monóicas e brancas ou amarelas. A floração ocorre durante o verão e frutifica no outono.
O fruto desta palmeira é uma drupa que quando madura é amarela ou laranja. Sua polpa é fibrosa e densa, utilizada na alimentação de bovinos, suínos e outros animais.
Fauna de Corrientes
Aguará guazúChrysocyon brachyurus)
O aguará guazú é um canídeo endêmico da Argentina, Bolívia, Paraguai e Peru. Ele tem uma construção robusta, em comparação com outras espécies de sua família que vivem na natureza. Pode crescer até 170 centímetros, levando-se em consideração o comprimento da cauda. Seu peso oscila a 34 quilogramas.
A pelagem é densa e longa, de tonalidade laranja avermelhada. Tem a particularidade de ser mais comprido na zona do pescoço. Esta juba é erétil, o que permite que pareça maior para seus predadores. Ao contrário da coloração geral, o ventre é mais claro.
Possui manchas pretas ao longo da linha dorsal, nas extremidades e no focinho. No interior das orelhas, garganta e cauda apresenta manchas brancas.
A cabeça é alongada e pequena em relação ao tamanho do corpo. As pupilas dos olhos são circulares. Suas orelhas são largas, facilitando assim a irradiação de calor, a fim de diminuir a temperatura interna.
As pernas são longas e as da frente têm unhas extremamente fortes. Possuir membros altos facilita uma melhor visão nas pastagens onde vive. É um animal onívoro, alimentando-se de frutas, raízes, coelhos e roedores, entre outros.
Chimango (Phalcoboenus chimango)
Este pássaro falconiforme pertence à família Falconidae. É nativa da América do Sul, encontrada na Argentina, Uruguai e Chile. Também mora no Paraguai, Bolívia e sul do Brasil.
Esta espécie mede 35 a 40 centímetros de comprimento. A coloração do chiuque, como também é chamada essa espécie, é marrom, sendo mais clara na região ventral. As penas dorsais têm uma margem acinzentada. O bico, que é amarelo, e as patas cinza-azuladas se destacam nesses tons.
O pescoço é curto, em comparação com o tamanho do corpo. O bico tem uma ligeira curvatura e as patas são finas, tendo como referência o resto dos falcões.
Quanto à alimentação, é à base de carniça. No entanto, pode ser oportunista, retirar ovos de ninhos ou caçar roedores, insetos e pássaros.
O habitat do chimango é muito amplo. Pode ser encontrada em quase todos os ambientes, naturais ou povoados, exceto nas altas montanhas. Além disso, pode ser encontrado em florestas sem vegetação secundária.
Yarara (Bothrops alternatus)
Esta cobra venenosa, que se alimenta principalmente de roedores, faz parte da subfamília Crotalinae e é endêmica da Bolívia, Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. O veneno de Yarara é uma hemotoxina potente. Raramente é fatal, embora possa causar sérios danos aos órgãos.
O comprimento desse réptil pode ser entre 80 e 120 centímetros. No entanto, espécies de até 2 metros de comprimento foram registradas. O corpo é robusto, com uma cabeça subtriangular. Seu focinho é pontudo, com a área próxima ao rosto ereta e um pouco estreita.
Em ambos os lados da cabeça, entre o focinho e os olhos, apresenta uma fossa loreal, estrutura esta que auxilia o yara na detecção de presas que emitem radiação infravermelha.
A região dorsal é castanha, com as escamas pigmentadas em tom escuro. Possui uma série de manchas simétricas marrom-escuras dispostas de maneira regular ou alternada ao longo da linha dorsal. Estes são adornados nas bordas com cores preto e branco.
Em relação à cabeça, é preta ou castanha escura, atravessada por várias linhas esbranquiçadas. A região ventral é branca, com faixas longitudinais escuras.
Referências
- Jardim Botânico do Missouri (2019). Plinia cauliflora. Recuperado de missouribotanicalgarden.org.
- Wikipedia (2019). Corrientes, província. Recuperado de en.wikipedia.org.
- com.ar. (2019). Flora e Fauna de Corrientes. Subsecretário de Turismo da Província de Corrientes. Recuperado de streams.com.ar.
- Encyclopedia britannica (2019). Corrientes, província, Argentina. Recuperado de britannica.org.
- Neuza Jorge, Bruna Jorge Bertanha, Débora Maria Moreno Luzia (2011). Atividade antioxidante e perfil de ácidos graxos em sementes de jabuticaba (Myrciaria cauliflora BERG). Scielo. Recuperado de scielo.org.co.