5 causas de caudilhismo na Venezuela proeminentes - Ciência - 2023
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Contente
- Principais causas do caudilhismo na Venezuela
- 1- Crise política
- 2- Vazios de energia
- 3- Interesses pessoais e comerciais
- 4- Deformação do federalismo e centralismo
- 5- Falta de conhecimento de um governo legítimo
- Referências
o causas do caudilhismo na Venezuela, destacando crises políticas, vácuos de poder, interesses pessoais e comerciais, a deformação do federalismo e centralismo e ignorância de um governo legítimo.
O caudilhismo é a metodologia de governo de líderes políticos carismáticos, geralmente armados, que agem de forma ditatorial. Esse fenômeno ocorreu na Venezuela e em vários países da América Latina durante vários episódios de sua história.
Embora tenha havido muitos esforços para consolidar um estado nacional na Venezuela, o caudilhismo tem sido um regime predominante na política deste país, especialmente ao longo do século XIX.
São várias as causas que podem promover o fenômeno do caudilhismo. No entanto, na Venezuela ocorreram situações particulares que tornaram o caudilhismo um fenômeno recorrente.
Entre essas situações prevalecem os fenômenos de fragilidade institucional, fragmentação do poder e o personalismo como forma de governar.
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Principais causas do caudilhismo na Venezuela
1- Crise política
A capacidade limitada dos governos de manter uma política estável e centralizada tem sido um incentivo para os caudilhos que, por meio de movimentos armados, buscam conquistar o poder.
Um exemplo dessas crises foi a crise política do Estado venezuelano em 1899, que aprofundou os problemas institucionais e econômicos do país.
Desse modo, o poder central foi desmontado e o caudilhismo regional foi estimulado, até o triunfo da revolução liberal restauradora de Cipriano Castro, que rompeu os movimentos caudilistas.
2- Vazios de energia
A retirada da política de grandes líderes históricos da Venezuela, como o caso do líder militar Guzman Blanco, em 1877, também motivou movimentos caudilistas naquele país.
Ao apresentar esses vácuos de poder, os fenômenos caudilistas passaram a liderar o debate e a luta política.
3- Interesses pessoais e comerciais
Alguns movimentos armados dos caudilhos venezuelanos combinaram os interesses dos caudilhos com os de alguns líderes atuais e os interesses de algumas empresas de capital estrangeiro.
Nesse contexto, os movimentos caudilistas emergiram na revolução libertadora ocorrida entre 1901 e 1903.
Essas alianças promoveram levantes rebeldes locais e, ao mesmo tempo, participaram de levantes nacionais.
Foi o caso do caudilho Nicolás Rolando, que entre 1899 e 1903 foi o grande representante do caudilhismo regional que defendeu as autonomias federais.
4- Deformação do federalismo e centralismo
A falta de doutrinas políticas sólidas de alguns líderes históricos da Venezuela levou à distorção dos conceitos federalistas que eles próprios defendiam em suas lutas caudilistas.
Esses personagens, embora expressassem ter uma ação determinada por um projeto político, comportavam-se de forma pessoal.
Essa ação não permitiu a coesão dos diferentes caudilhos regionais e impediu uma centralização de poder, perpetuando o fenômeno do caudilhismo.
5- Falta de conhecimento de um governo legítimo
Muitos autores concordam que o caudilhismo e os movimentos armados regionais têm permanecido como a única opção contra governos considerados ilegítimos.
Os caudilhos realizaram seus levantes como um processo revolucionário que buscava substituir o chefe de estado para se livrar dos maus governos e evitar tiranias prolongadas.
Referências
- Cardoza E. Caudillismo e militarismo na Venezuela. Origens, conceituação e consequências. Processos históricos, Jornal de História e Ciências Sociais. 2015; 28: 143-153
- Manwaring M. (2005) Hugo Chávez da Venezuela, Socialismo Bolivariano e Guerra Asimétrica. Centro de informações técnicas de defesa.
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- Chirinos J. Dois mil sempre: Venezuela e o caudillismo eterno. Western Magazine. 2013; 388: 65-79.
- Mendoza A. Recorrência do sistema caudillista na história republicana da Venezuela. Uma abordagem positivista do fenômeno. Tempo e espaço. 2014; 32 (61): 267-287.