13 soluções para o bullying que as escolas devem aplicar - Psicologia - 2023


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O bullying ou assédio é uma realidade que, embora não seja nova ou recente, tradicionalmente recebeu pouca atenção até há relativamente poucos anos. É um fenômeno que causa grande sofrimento e graves repercussões a quem o sofre, tanto a curto como a longo prazo.

Por isso é necessário desenvolver e gerar mecanismos para preveni-lo, detectá-lo e eliminá-lo de nossas salas de aula. Neste artigo, vamos propor doze soluções ou estratégias contra o bullying que podem ser aplicadas na escola.

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Bullying ou bullying

Bullying ou bullying é considerado qualquer ato ou situação em que um ou mais sujeitos realizam diferentes tipos de ações com a finalidade de dominar e causar dor ou sofrimento a outro ou outros sujeitos, estabelecendo uma relação de dominância ou superioridade entre agredido e agressor e realizar tais atos de forma voluntária e persistente ao longo do tempo.


O tipo de atos realizados pode variar enormemente e pode ser direto e indireto: ataques físicos, insultos, humilhação, humilhação, roubo, roubo de identidade, registro e publicação de um elemento que implique na humilhação do afetado, criação de redes para ridicularizá-lo ou mesmo induzir o crime ou suicídio. Atualmente, todo esse tipo de ação é punível por lei, podendo o agressor ou seus responsáveis ​​legais sofrer diferentes tipos de punições.

As consequências para as vítimas deste evento podem ser, como dissemos anteriormente, devastadoras. Problemas adaptativos, aumento do nível de ansiedade, percepção de ineficácia ou indefesa, baixa concentração, perda de interesse, diminuição da autoestima e participação social estão geralmente presentes. Também insegurança, fracasso escolar súbito (que por si só é um possível indicador), transtornos depressivos, menor percepção de apoio social e dificuldades em se relacionar e confiar nos outros.


Em alguns casos, podem ocorrer tentativas de suicídio. Também pode acontecer que aprendam o comportamento que tiveram com eles e depois o reproduzam com outras pessoas.

Por isso, frear esses tipos de fenômenos é fundamental, pois geram sofrimento e restringem o desenvolvimento da criança ou adolescente em questão.

13 estratégias para resolver o bullying

Prevenir e resolver situações de bullying não é tarefa fácil: requer um estudo sistemático dos diferentes casos e dos mecanismos através dos quais ocorre para posteriormente desenvolver estratégias que permitam que o bullying não apareça ou o elimine nos casos em que existe. É necessário trabalhar em profundidade e constantemente nos diferentes aspectos.

Aqui estão treze soluções e estratégias úteis para combater o flagelo do bullying.

1. Sensibilizar, sensibilizar e fornecer ferramentas para a instituição escolar e o corpo docente

É preciso sensibilizar as próprias instituições de ensino e professores, que em muitos casos não têm conhecimento suficiente sobre o bullying para poder detectá-lo. Além disso, embora felizmente ocorra cada vez menos, em alguns casos as situações de bullying são ativamente ignoradas, permitindo sua ocorrência sem repercussões (com uma frase como “são coisas de criança”).


É imprescindível a realização de reuniões de treinamento para os profissionais do centro, ensinando-os a detectar casos e indícios de abusos e a importância de agir contra eles e desenvolver ou seguir protocolos nesse sentido

2. Envolva o grupo da turma

O grupo de aula é o contexto onde os atos de agressão geralmente ocorrem, com grande número de testemunhas do ato que presenciaram ou mesmo participaram do atentado. Na verdade, o agressor freqüentemente repete o assédio, pois isso proporciona aceitação ou atenção do restante de seus colegas. Por isso é extremamente importante trabalhar com toda a turma para prevenir o bullying, fazendo com que a reação ao bullying seja negativa e as atitudes violentas e intolerantes não floresçam.

3. Não faça do bullying um tabu

O bullying é frequentemente visto como um fenômeno desagradável que geralmente não é discutido abertamente e que tende a se esconder, e isso pode fazer com que os próprios alunos não saibam como reconhecê-lo. Para combater esse silêncio, é necessário falar abertamente sobre o que significa o bullying, organizando aulas onde as pessoas falam sobre ele, suas consequências a curto e longo prazo e possíveis medidas para evitá-lo.

4. Educação emocional e educação em valores

Uma das formas mais diretas de prevenir atos de bullying é por meio da implementação de planos de ação tutoriais que incluem elementos voltados para a educação emocional e valores dos alunos. Trabalhar com valores como tolerância ou respeito é essencial, assim como ensinar como gerenciar e expressar as próprias emoções (o que por sua vez facilita a aquisição de empatia). Um exemplo de atividade que pode favorecê-la é a representação teatral de diferentes situações, a exibição de filmes que tratam do assunto em toda a sua crueza ou a discussão em torno de momentos ou temas importantes para cada menor.

5. Realização de atividades cooperativas

Para despertar a empatia do grupo e garantir que o bullying não floresça, é muito útil realizar atividades em grupo em que toda a turma tenha de trabalhar em conjunto, estabelecendo relações entre eles para atingir um objetivo comum. Realizar jogos em grupo ou projetos em que todos os membros do grupo devem coordenar é um bom exemplo disso.

6. Evite mediar entre o assediado e o assediador

A ideia de mediação é uma prática muito útil e muito positiva para lidar com conflitos entre duas partes consideradas iguais entre si. No entanto, é contra-indicada em casos de bullying, visto que nesta situação existe uma relação desigual entre a vítima e o agressor que não permitirá o bom funcionamento da prática.

7. Trabalhe com a parte atacada

O sujeito agredido deve ser cuidado de forma que não se sinta abandonado, mas amparado e acompanhado, fazendo-o ver que coisas estão sendo feitas para resolver sua situação. É essencial que você expresse suas emoções, sentimentos, pensamentos e dúvidas sem questioná-los, usando métodos como a cadeira vazia ou jogos de RPG.

8. Famílias: comunicação e participação

As famílias dos alunos também desempenham um papel importante em ajudar a detectar e lidar com o bullying.. A existência de uma comunicação fluida entre a instituição comunicativa e a família é essencial, para que ambos os núcleos tenham informações sobre a situação do menor. Da mesma forma, aconselhar as famílias e ensinar-lhes diferentes orientações educativas que possam melhorar a situação do menor (seja a vítima ou o agressor) é de grande importância. Também pode ser necessário recorrer a um processo penal para resolver o caso.

9. Leve a parte ofensora em consideração

Um dos erros mais comuns cometidos durante as intervenções de bullying é focar apenas no alvo. Embora seja o elemento que deve receber mais atenção uma vez que o assédio foi estabelecido, Também é necessário trabalhar com o agressor se queremos resolver o caso de bullying e cessar as agressões. É preciso fazê-lo ver as possíveis consequências de seus atos (por exemplo, fazê-lo entender como a vítima deve se sentir) e tentar despertar nele empatia e comprometimento.

10. Criação de métodos de denúncia anônima

Muitas vezes, muitos menores não ousam ou não querem denunciar casos que viram ou experimentaram por medo de possíveis represálias ou porque não querem que se saiba que denunciaram. É preciso deixar claro aos menores que quem denuncia o bullying não é delator, mas sim colaborador para que uma ou mais pessoas parem de sofrer seus efeitos. Em qualquer caso, é muito útil criar métodos de denúncia anônima de forma que qualquer pessoa possa denunciar um caso sem ser identificado. Um exemplo é uma caixa de correio de relatório anônimo virtual.

11. Estabelecer protocolos e procedimentos de avaliação e intervenção e incluí-los no plano de ensino

Embora hoje a maioria dos centros já o faça, É essencial que protocolos claros e concisos estejam em vigor que expliquem quais procedimentos seguir em casos de assédio. Recomenda-se também a utilização de testes e inquéritos de avaliação como o CESC (Behavior and Social Experiences in Class).

12. Terapia psicológica

O uso da terapia psicológica pode ser fundamental para superar as consequências do bullying, principalmente no que diz respeito à vítima. Através deste meio, podem ser realizadas várias técnicas que irão ajudar a aumentar a autoestima da pessoa afetada, ensinar-lhe habilidades sociais e mecanismos para lidar com conflitos, ajudá-la a se expressar e contribuir para o desaparecimento ou diminuição da apatia, ansiedade sentimentos de desamparo e desesperança ou possíveis transtornos depressivos ou de personalidade derivados do bullying.

13. Acompanhamento

Mesmo se um caso parecer resolvido é necessário realizar um monitoramento contínuo ao longo do tempo, a fim de verificar se o bullying parou completamente e não se repete, bem como as possíveis consequências do assédio a médio e longo prazo. É essencial estabelecer encontros regulares com a vítima e o agressor (separadamente) por pelo menos três meses após o fim do assédio e manter a comunicação com as famílias.

  • Del Rey, R., Elipe, P. & Ortega-Ruiz, R. (2012). Bullying e Cyberbullying: Sobreposição e valor preditivo da coocorrência. Psicotema. 24, 608-613.