Pesquisa aplicada: características, definição, exemplos - Ciência - 2023
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Contente
- Definição de acordo com vários autores
- Zoila Rosa Vargas Cordero
- Ezequiel Ander-Egg Hernández
- Características da pesquisa aplicada
- Por que a pesquisa aplicada é tão importante?
- Exemplos de pesquisa aplicada
- Conhecimento sobre axolotls lança luz sobre medicina regenerativa
- Estudos sobre a plantaviva podem curar o pterígio
- Design Thinking, uma forma de pesquisa aplicada
- A robótica a serviço dos idosos
- Redução de tentativas de suicídio em adolescentes
- Assuntos de interesse
- Referências
o pesquisa aplicada É o tipo de pesquisa em que o problema se estabelece e é conhecido do pesquisador, que a utiliza para responder a questões específicas.
Um exemplo de pesquisa aplicada é aquela realizada por várias empresas farmacêuticas e universidades para desenvolver uma vacina para COVID-19. Antes de desenvolver a vacina, é necessário realizar pesquisas básicas para conhecer o vírus SARS-CoV-2; em seguida, é realizada pesquisa aplicada para desenvolver e aprovar a vacina.
Nesse tipo de pesquisa, a ênfase do estudo está na resolução de problemas práticos. Ele se concentra especificamente em como as teorias gerais podem ser colocadas em prática. Sua motivação vai no sentido de resolver os problemas que surgem em um determinado momento.
A pesquisa aplicada está intimamente ligada à pesquisa básica, pois depende das descobertas desta e se enriquece com essas descobertas.
Mas a característica mais marcante da pesquisa aplicada é seu interesse na aplicação e nas consequências práticas do conhecimento obtido. O objetivo da pesquisa aplicada é prever um comportamento específico em uma situação definida.
Esta pesquisa também é conhecida como empírica, pois busca a aplicação dos conhecimentos adquiridos com a ideia de consolidar conhecimentos para solucionar uma situação.
Definição de acordo com vários autores
Zoila Rosa Vargas Cordero
Segundo Zoila Rosa Vargas Cordero (2008), professora do Mestrado em Orientação da Universidade da Costa Rica, a pesquisa aplicada é uma forma de conhecer a realidade com uma prova científica.
Ezequiel Ander-Egg Hernández
Por sua vez, o pedagogo, filósofo, sociólogo e ensaísta argentino Ezequiel Ander-Egg Hernández indica que a pesquisa aplicada é uma solução eficaz e bem fundamentada para um problema identificado.
Características da pesquisa aplicada
- A pesquisa aplicada depende da pesquisa básica. Isso ocorre porque é baseado em seus resultados.
-Pesquisa básica é pesquisa pura, baseada em um referencial teórico, que visa formular novas teorias por meio da coleta de dados.
-Além disso, a investigação aplicada requer necessariamente um quadro teórico, no qual se baseará para gerar uma solução para o problema específico a resolver.
Por outro lado, a investigação aplicada centra-se na análise e solução de problemas dos mais diversos tipos da vida real, com especial destaque para o social.
-Além disso, baseia-se nos avanços científicos e caracteriza-se pelo interesse na aplicação do conhecimento.
Por que a pesquisa aplicada é tão importante?
A pesquisa aplicada é importante porque sem ela os problemas práticos que os humanos possuem não seriam resolvidos. Por exemplo, graças à pesquisa aplicada, uma vacina COVID-19 pode ser desenvolvida.
Da mesma forma, graças a ele, foram desenvolvidos carros elétricos, a internet, smartphones e milhares de outras invenções que os humanos usam todos os dias.
Ao contrário da pesquisa básica, a pesquisa aplicada está diretamente interessada em problemas práticos; Sua pesquisa tem como foco resolvê-los para melhorar a qualidade de vida do ser humano.
Em ambos os casos, os dois tipos de pesquisa são necessários; prático e básico. Na verdade, um pode não existir sem o outro, já que a pesquisa prática é feita a partir de informações básicas ou pesquisas, enquanto a prática resolve problemas e é financeiramente lucrativa.
Exemplos de pesquisa aplicada
Conhecimento sobre axolotls lança luz sobre medicina regenerativa
Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Oncológica (CNIO) da Espanha realizaram experimentos com camundongos e deram um importante avanço a favor da medicina regenerativa após conseguir uma "reprogramação" das células maduras.
O objetivo é que as células um dia sejam utilizadas para reparar tecidos danificados sem ter que removê-los do corpo, como fazem os axolotls.
Axolotls são organismos também conhecidos como "monstros de água" encontrados no Vale do México. Eles têm a capacidade de recriar membros e órgãos externos.
A pesquisa sobre essa capacidade dos axolotes ajudou a lançar as bases para a medicina regenerativa e poderia até gerar um tratamento alternativo para algumas doenças do sistema respiratório.
Manuel Santos é quem dirige a investigação e conseguiu “reprogramar” células humanas ao seu estado original (células estaminais), mas estas não foram reprogramadas fora do corpo, mas directamente no local da lesão.
Ou seja, se puder ser alcançadoem vitro (dentro de um tubo de ensaio), eles provavelmente podem fazer isso ao vivo também.
Estudos sobre a plantaviva podem curar o pterígio
No Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey, eles trabalham com a planta perene para criar um medicamento que trata uma doença ocular conhecida como pterígio.
Esta doença consiste em um crescimento atípico no olho que pode causar cegueira ao se espalhar da parte branca para o tecido da córnea. É comum em pessoas que passam muito tempo ao sol.
A imortela é uma planta selvagem que tem sido usada para tratar a visão, olhos irritados e olhos turvos. No uso doméstico, a folha geralmente é comprimida diretamente nos olhos afetados.
A partir disso, a Dra. Judith Zavala, professora e pesquisadora da Escuela Médica del Tecnológico de Monterrey, explicou que o mais importante para gerar este remédio é criar um medicamento facilmente acessível aos pacientes.
Além disso, indica que um bom tratamento da planta evitaria doenças colaterais geradas por sua contaminação, geradas por insetos ou microrganismos, que poderiam criar outras enfermidades no paciente.
Design Thinking, uma forma de pesquisa aplicada
A metodologia Design Thinking, também conhecida como Design Thinking, foi criada na década de 1970 na Stanford University, nos Estados Unidos.
É um método orientado para a resolução de problemas específicos. Trata-se de conhecer e compreender as necessidades que as pessoas têm, para lhes oferecer soluções específicas e totalmente adaptadas a essas necessidades.
Nesta metodologia, promove-se o trabalho em equipa e a implementação de protótipos, sob a premissa de que toda inovação em qualquer área deve ser testada para determinar se é efetivamente útil e responde às necessidades identificadas.
O método Design Thinking baseia a sua ação em cinco etapas: empatizar com as necessidades presentes, identificá-las, criar ideias para possíveis soluções, criar protótipos através dos quais essas ideias se concretizam e, por fim, testá-las de forma eficaz.
O Design Thinking pode ser considerado uma pesquisa aplicada, pois busca solucionar um problema específico por meio da identificação de necessidades.
A robótica a serviço dos idosos
O campo da robótica passou por avanços importantes. Em praticamente todas as áreas da vida a presença desse tipo de tecnologia tem aumentado.
Cientistas japoneses mostraram a importância da criação de protótipos que auxiliem a população idosa.
O governo japonês estimou que sua população está envelhecendo e que 370.000 cuidadores serão necessários até 2025 para atender à população idosa. Diante disso, a solução encontrada é a criação de robôs que tenham a função de cuidar dos idosos.
A intenção é que esses robôs cumpram funções básicas de cuidado, como ajudá-los a se levantar de uma cadeira ou cama, e que também sejam capazes de antecipar certas coisas, como quando devem ir ao banheiro, além de ser um suporte na hora do tomar um banho.
Esta iniciativa representará uma importante solução para a comunidade de idosos no Japão, pois aumentará as possibilidades de oferecer uma melhor qualidade de vida aos idosos, e até mesmo prolongar sua expectativa de vida.
Os altos custos dos robôs fazem com que apenas um pequeno grupo de idosos possa contar com a ajuda desses dispositivos. Porém, neste caso, buscou-se reduzir custos eliminando, por exemplo, características físicas semelhantes às do ser humano.
Redução de tentativas de suicídio em adolescentes
Yanet Quijada é PhD em Psicopatologia pela Universidade Autônoma de Barcelona e professora da Universidade de San Sebastián em Concepción, Chile. Quijada dedica-se à investigação sobre o atendimento precoce aos casos de psicose em adolescentes.
A ideia específica do estudo é indagar sobre alguns elementos considerados fatores de risco que têm a ver com o contexto, com fatores psicológicos e sociais, e até mesmo de natureza clínica relacionados às tentativas de suicídio de adolescentes na escola.
Esta pesquisa levará em conta informações contextuais da região que podem servir de pano de fundo para esse fenômeno.
A partir disso, o pesquisador buscará vincular essas informações gerais ao caso específico de tentativas de suicídio em jovens em idade escolar.
Espera-se que os resultados desta pesquisa esclareçam os fatores que mais afetam os adolescentes e, assim, reduzam os níveis de suicídio entre os jovens dessa população, especialmente nas áreas próximas a Concepción.
Assuntos de interesse
Pesquisa documental.
Pesquisa de campo.
Investigação exploratória.
Método ciêntifico.
Pesquisa explicativa.
Pesquisa descritiva.
Estudo de observação.
Referências
- Pesquisa aplicada versus pesquisa pura (básica). Abraço. Recuperado de abraza.wordpress.com
- Pesquisa aplicada. Calameo. Recuperado de es.calameo.com
- Design Thinking em sala de aula: o que é e como aplicá-lo. Universia. Recuperado de noticias.universia.es
- Exemplos de pesquisa aplicada. DPP 2013. Recuperado de dpp2013.wordpress.com
- Pesquisa aplicada. Redalyc. Recuperado de redalyc.com