Distimia, quando a melancolia toma conta de sua mente - Psicologia - 2023

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O Transtorno distímico (distimia) é uma variante leve da depressão. A distimia geralmente está localizada no limite do espectro da depressão. No outro extremo, mais sério, poderíamos colocar os transtornos depressivos mais agudos.

O que é distimia?

A palavra vem do grego, "humor alterado". As pessoas afetadas pela distimia geralmente continuam com sua rotina por anos, sem receber qualquer tipo de tratamento ou assistência. Podem ser reconhecidos por apresentarem sinais de abatimento, mas não há nada em seus comportamentos ou atitudes que, a priori, nos faça perceber que essa pessoa realmente tem um distúrbio psicológico. A distimia é um transtorno afetivo e a taxa de eficácia dos tratamentos é muito alta.

Pessoas afetadas

A distimia atinge quase 2% da população, sendo um pouco menos frequente que a depressão maior (que atinge cerca de 4% das pessoas) e, da mesma forma que outros distúrbios emocionais, costuma haver um índice maior de distimia entre as mulheres.

Um episódio de tristeza ou luto específico não deve ser confundido com transtorno distímico. Todas as pessoas são suscetíveis de sentir tristeza em alguma fase da vida, o que não sugere nenhuma anomalia. Para que o período de melancolia seja considerado distimia, ela deve aparecer todos os dias por pelo menos dois anos.

Sintomas

Os sintomas mais comuns em pacientes afetados são melancolia e a tristeza. Geralmente acham quase impossível encontrar felicidade e satisfação em sua rotina diária. Eles também têm baixa autoconfiança e são incapazes de tomar decisões.

Cansaço e baixa atividade geralmente também são sinais de distimia. Os padrões de sono e alimentação são freqüentemente perturbados. Quanto ao repouso, quem sofre de distimia pode sofrer de insônia ou dormir mais horas do que o recomendado. Em relação à alimentação, às vezes apresentam episódios de ingestão excessiva ou notória falta de fome.

A concentração e a memória são afetadas. É comum que os afetados comecem a se isolar socialmente aos poucos, problema que a longo prazo pode levar à incapacidade social e até mesmo fobia social.

Por outro lado, ao contrário do que acontece em alguns casos de depressão grave e transtorno bipolar, na distimia, nenhum sintoma psicótico aparece como alucinações ou delírios.

Causas

Existe alguma controvérsia sobre as causas do transtorno distímico. Algumas pesquisas apontam para uma prevalência de fator hereditário, embora novos estudos sugiram que as causas são ambientais: isolamento social, contratempos específicos da vida e situações de estresse prolongado.

A peculiaridade única do transtorno distímico é que mais de 75% das pessoas afetadas sofrem de algum outro problema crônico, como uma doença física, dependência de drogas ou outro transtorno psiquiátrico. O pessoal médico muitas vezes tem dificuldade em estabelecer qual é o problema mais cedo, visto que os horários de início costumam ser dispersos.

Tratamento e terapia

Os diferentes tratamentos requerem um trabalho intenso com a pessoa afetada para detectar as causas subjacentes. As duas modalidades de tratamento mais eficazes são a terapia cognitivo-comportamental e a psicoterapia.

Além disso, os suportes farmacêuticos podem ajudar significativamente os pacientes afetados pela distimia.

Em qualquer caso, conversar com o paciente sobre suas preocupações geralmente ajuda muito o paciente e tende a dissipar sentimentos e pensamentos negativos, como culpa ou sentimentos de inutilidade. O tratamento psicológico também visa que a pessoa seja capaz de controlar suas emoções.

Além da terapia individual, a terapia de grupo ajuda a regenerar a auto-estima perdida da pessoa afetada e a melhorar suas habilidades sociais.

Em que a distimia é diferente da depressão?

As pessoas afetadas pela distimia geralmente têm uma vida bastante rotineira e normal, apesar de seu distúrbio. Em contraste, o paciente deprimido não consegue manter essa rotina. Portanto, a diferença fundamental é o grau de incapacitação que o sujeito apresenta.

Não há falta de interesse no transtorno distímico. Eles também podem sentir prazer.
Não há agitação, nem lentidão do motor.
Explosões ou pensamentos recorrentes sobre suicídio ou morte não são comuns.
Um diagnóstico preciso deve ser feito por um psicólogo ou psiquiatra especializado nesses tipos de transtornos. Se você acha que você ou alguém próximo a você pode sofrer de distimia, recomendamos procurar um tratamento profissional, pois é comum que os sintomas distímicos levem à depressão se não forem tratados adequadamente.

Referências bibliográficas:

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