Quais são as partes de um poema? (Estrutura) - Ciência - 2023
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Contente
- Estrutura: partes principais de um poema
- 1 - Verso
- 2 - Verso
- 3 - Ritmo
- 4 - Métrico
- 5 - Rima
- 6 – Título
- Características de um poema
- 1 - Não apresentam narrativa direta
- 2 - O poema evoca emoções do autor
- 3 - Use figuras literárias
- Referências
As partes de um poema Os principais são o título, verso, estrofe, ritmo, métrica e autor. A poesia é um gênero literário que utiliza as qualidades estéticas e rítmicas da linguagem, como eufonia (som de palavras consideradas agradáveis) e métrica (conjunto de regularidades nos versos), para evocar significados ou sentimentos, muitas vezes ocultos ou simbólico.
O poema é o produto literário da poesia, ou seja, um texto literário que reúne as características para ser considerado parte do gênero da poesia. A principal característica para classificar uma obra literária como poema é a presença do verso, que é a unidade em que um poema se divide.
No entanto, a prosa (forma de escrita semelhante à linguagem natural) também é utilizada na escrita de um poema, que pode ser diferenciado da mesma forma de uma história ou romance pela presença de ritmo ou pela ausência de um narrativa formal ou direta.
Na poesia são utilizadas várias formas literárias e convenções que podem ser utilizadas para evocar diferentes respostas emocionais, dar sentido a palavras ou "efeitos", como o uso de ritmo em versos para obter um efeito de musicalidade.
Além disso, as características podem variar de acordo com seu contexto histórico ou as tradições literárias de onde vem ou a língua em que foi escrito.
Estrutura: partes principais de um poema
Devido ao desengajamento de restrições e convenções para escrever poesia entre autores contemporâneos, é difícil identificar certos elementos em exemplos de poesia contemporânea.
No entanto, a maioria dos elementos de um poema ainda podem ser encontrados na maioria dos poemas atuais, embora possam ser diluídos ou menos convencionais.
1 - Verso
O versículo refere-se à unidade mínima em que um poema pode ser dividido, é representado por uma única linha métrica.
Ao contrário da prosa, que se divide por signos gramaticais e é composta por frases ou parágrafos, o verso depende da métrica, do ritmo, da rima ou mesmo da finalidade do autor.
Assim, o verso pode ser classificado de acordo com a estrutura do poema. Com a presença de rima, vêm o verso rimado, o verso solto e o verso branco.
Além disso, existem versos de acordo com o número de sílabas destes (arte menor e arte maior). Bem como de acordo com a sua disposição acentuada, ou seja, o ritmo que apresentam.
O seguinte é um fragmento do poema The Barefoot Dancer, do poeta nicaraguense Rubén Darío:
Eu ia, num passo rítmico e felino
para avanços doces, ágeis ou ásperos,
com algo animal e divino
a bailarina com os pés descalços.
Neste fragmento os versos podem ser diferenciados de forma simples, cada um sendo uma linha de texto, seguido de outra linha de texto, sem uma linha em branco que os separe. Nesse caso, o autor separa os versos de acordo com o número de sílabas.
2 - Verso
A estrofe é outra unidade usada para dividir um poema, que é composto por um certo número de versos.
A estrofe depende da estrutura do poema, ou da intenção do autor, e geralmente é separada por um ponto final e um espaço em branco. Pode ser comparável a um parágrafo em prosa.
Dependendo do número de versos de que uma estrofe é composta, ela recebe nomes diferentes. Por exemplo, a alegria de duas linhas ou o limerick de cinco linhas.
Além disso, as estrofes que contêm um poema e os versos que por sua vez os contêm, podem definir a estrutura deste, como é o caso dos sonetos, compostos por quatro estrofes, dois de 4 versos e dois de 3.
O seguinte é um poema de Antonio Machado de sua obra Novas musicas:
Fuja do amor triste, doce amor
sem perigo, sem bandagem ou aventura,
que espera do amor garantir uma promessa,
porque no amor, a loucura é sensata.
Aquela que o peito evita a criança cega
e blasfemava o fogo da vida,
de um pensamento de brasa e não aceso,
ele quer cinzas para manter o fogo para ele.
E ele vai encontrar cinzas, não de sua chama,
quando eu descubro o engano desajeitado
que pendurou, sem flor, fruta no galho.
Com uma chave preta a sala fria
de seu tempo, ele será aberto. Acordar cama
e espelho nublado e coração vazio!
A primeira coisa que podemos determinar ao identificar as estrofes de um poema são os espaços em branco. Esses espaços marcam a divisão entre estrofes e, por sua vez, esses espaços são precedidos por um ponto final.
Este poema apresenta uma estrutura de Soneto, que tem quatro estrofes, dos quais os dois primeiros são quatro versos, e os dois últimos três versos.
3 - Ritmo
O ritmo é uma característica e um elemento presente na maioria das artes, podendo ser visual ou auditivo.
Em geral, o ritmo pode ser definido como um fluxo de movimento, controlado ou medido, sonoro ou visual, produzido pela ordenação de diferentes elementos do meio em questão. Ou seja, é a sensação de continuidade ou fluxo em uma obra.
Na poesia, o ritmo representa uma característica básica na determinação da estrutura de um poema, e é uma das características mais importantes da poesia atual.
Isso pode ser dado por vários fatores, com a distribuição de acentos em cada verso sendo sua forma mais comum.
O seguinte é o poema Godzilla no México, do poema chileno Roberto Bolaño:
Cuidado, meu filho: as bombas estavam caindo
sobre a cidade do México
mas ninguém percebeu.
O ar carregou o veneno através
das ruas e janelas abertas.
Você tinha acabado de comer e estava assistindo na TV
os desenhos animados.
Eu li na próxima sala
Quando eu soube que íamos morrer
Apesar da tontura e náusea, rastejei
para a sala de jantar e encontrei você no chão.
Nos abraçamos. Você me perguntou o que estava errado
E eu não disse que estávamos no programa de morte
mas íamos começar uma viagem,
mais um, juntos, e que não tiveste medo.
Ao sair, a morte nem mesmo
fechou nossos olhos.
O que somos? Você me perguntou uma semana ou um ano depois,
Formigas, abelhas, números errados
na grande sopa podre do acaso?
Somos seres humanos, meu filho, quase pássaros,
heróis públicos e secretos.
A primeira coisa que podemos ver neste poema é que o comprimento de cada verso é consideravelmente desigual.
Este é precisamente um exemplo de poesia em verso livre. Aqui, podemos notar que o autor, no entanto, divide o poema em versos, portanto, não é escrito em prosa.
O principal critério para escolher onde separar uma linha de texto na poesia em verso livre é o ritmo.
No Godzilla no México, Roberto Bolaño marca o ritmo do poema com a ajuda de sinais de pontuação, usando a vírgula, o ponto e as perguntas para marcar uma breve pausa.
Aqui podemos notar que, no entanto, produzir um efeito de musicalidade é difícil, mesmo que não falte ritmo, devido à diferença na duração de cada verso e à ausência de rima.
4 - Métrico
O metro representa a principal estrutura rítmica de um verso na poesia. Assim, muitas formas de poesia em verso, especialmente algumas tradicionais, têm uma estrutura métrica pré-estabelecida.
A métrica refere-se ao número de sílabas de um verso, e nas formas mais livres de poesia, pode haver ainda uma espécie de métrica, que pode ser determinada pelo ritmo.
Pastor que com seus apitos amorosos
Você me acordou de um sono profundo
Você que fez uma equipe com esse registro,
em que você tem braços poderosos,
volte seus olhos para minha fé piedosa,
porque eu confesso a você pelo meu amor e dono,
e a palavra de seguir sua determinação,
seus doces assobios e seus lindos pés.
Neste poema, fazendo uma análise de cada verso, podemos ver que cada um dos versos é composto por 11 sílabas.
No entanto, deve-se notar que algumas sílabas, que na verdade representam duas sílabas diferentes, são unidas, contando como uma.
No sexto verso "porque eu te confesso pelo meu amor e dono,", Existem 12 sílabas, das quais as sílabas mi e a em" mi amor "são tidas como uma porque 'meu' termina em uma vogal e 'amor' começa em uma vogal, ou seja, há um ditongo.
5 - Rima
Rima é a repetição de sons iguais ou semelhantes em duas ou mais palavras. Na poesia, e também nas canções, a rima é levada em consideração na sílaba final, ou nas últimas sílabas, de dois versos, que podem ser seguidos ou separados.
O seguinte é o poema De um reflexo de corda, do poeta mexicano Sor Juana Ines De La Cruz:
Com a dor da ferida mortal,
de uma queixa de amor, lamentei,
e para ver se a morte viria
Tentei torná-lo maior.
Tudo no mal, a alma engraçada,
tristeza por tristeza, sua dor acrescentou,
e em cada circunstância ponderou
que havia mil mortes em uma vida.
E quando, ao golpe de um e outro tiro
entregou o coração, deu doloroso
sinais de dar o último suspiro,
Não sei com que destino prodigioso
Voltei ao meu acordo e disse: o que eu admiro?
Quem foi mais feliz no amor?
A primeira coisa que se pode identificar neste poema é que sua estrutura é a de um soneto, devido ao número de versos e estrofes, neste caso, duas estrofes de quatro versos, e duas estrofes de três versos. A rima é uma característica presente nos sonetos.
Desse modo, podemos determinar que as rimas da primeira estrofe são: ferido e crescido, as duas representam as últimas palavras do primeiro e último verso da quarta estrofe.
Da mesma forma, na mesma estrofe, as palavras "adicionado" e "ponderaba" formam a outra rima da estrofe.
Nas duas últimas estrofes eles formam rimas: "tiro" e "suspiro" da primeira e terceira linhas da terceira estrofe, "doloroso" e prodigioso "do segundo verso da terceira estrofe e o primeiro da última," suspiro "e" Eu admiro "no último verso da terceira estrofe e o segundo da última, e" prodigioso "e" feliz "no primeiro e terceiro versos da última estrofe.
No caso dos sonetos, isso não é uma coincidência, fazendo parte de sua estrutura. Podemos ver que nas duas primeiras estrofes, as rimas se encontram entre a primeira e a última estrofe, e a segunda e a terceira.
E nas duas últimas estrofes, as rimas estão entre a primeira e a terceira linhas de cada uma, a segunda da terceira e a primeira da última, e a última da terceira e a segunda da última.
6 – Título
Como na maioria das formas de arte. Os poemas geralmente têm um título, ou seja, um nome distinto, embora também possam faltar.
O poema, neste sentido, pode ser comparado à pintura, em que seu caráter subjetivo e íntimo o torna difícil de entender, e o título (se houver) ajuda a entendê-lo.
O seguinte é um poema do autor peruano César Vallejo:
Ausente! A manhã que eu vou
mais longe, para o Mistério,
seguindo a linha inevitável,
seus pés vão escorregar para o cemitério.
Ausente! De manha vou a praia
do mar de sombras e do império silencioso,
como um pássaro sombrio eu vou,
o panteão branco será seu cativeiro.
Terá se tornado noite em seus olhos;
e você vai sofrer, e então você vai tomar
brancos lacerados penitentes.
Ausente! E em seus próprios sofrimentos
tem que cruzar entre um grito de bronzes
um pacote de arrependimentos!
A primeira coisa que podemos notar é a presença contínua da palavra “Ausente!”, Que dita o caráter e a finalidade da obra.
O título deste poema é de fato AusentePortanto, o título pode ser uma conseqüência do texto, ao contrário do contrário, da primeira escolha do título para depois desenvolver o texto.
O seguinte é um poema do autor espanhol Federico Garcia Lorca:
Apenas seu coração quente
E nada mais.
Meu paraiso, um campo
Sem rouxinol
Sem liras,
Com um rio discreto
E uma pequena fonte.
Sem a força do vento
Na folhagem,
Nem a estrela que quer
Seja folha.
Uma luz enorme
Que fora
Firefly
De outra,
Em um campo de
Parece quebrado.
Um descanso claro
E aí nossos beijos,
Toupeiras expressas
Do eco,
Eles iriam abrir longe.
E seu coração caloroso
Nada mais.
Sem saber o título da obra, o leque de possibilidades de interpretação é extremamente amplo, mas sabendo que o título da obra é Desejo, podemos limitar-nos a pensar que todas as coisas aparentemente belas que Lorca nomeia, são saudades do seu ser.
Características de um poema
1 - Não apresentam narrativa direta
A poesia é separada da narrativa (romances, contos), entre outros motivos, porque o propósito desta não é narrar acontecimentos ou contar uma história, pelo menos não em forma de narrativa. Ou seja, o poema pode contar uma história, mas valendo-se de seus próprios elementos.
Assim, o autor (a) poderia decidir contar uma história por meio de um poema, mas este não será transmitido ao leitor diretamente, contando os acontecimentos, linearmente ou não, como fariam nos gêneros da narrativa.
A mensagem é transmitida por meio dos versos, usando elementos da história, como o local, a hora ou os personagens.
2 - O poema evoca emoções do autor
Embora não haja um único assunto imposto à poesia, e o poeta seja livre para escrever sobre qualquer assunto, a poesia é uma arte altamente ligada às emoções, sentimentos e intelecto do escritor.
Ou seja, independentemente do assunto a que se refere (patriotismo, amor, política, natureza, ciência), é difícil separar as próprias emoções do autor do texto, são vários os motivos pessoais (conscientes ou inconscientes) que o levaram a escrever Deste.
3 - Use figuras literárias
Sendo a poesia um gênero literário distinto do narrativo, ela requer (como outros gêneros) o uso de figuras literárias, que ajudem a expressar as ideias, emoções ou a história que o autor pretende contar.
Como não está escrito na linguagem usual com que as pessoas se expressam, mesmo em prosa poética, a verdadeira mensagem de um poema pode ser escondida, e geralmente é de interpretação livre ou aberta.
Para tanto, utilizam-se figuras literárias, ou seja, formas não convencionais de usar as palavras.
O caso mais notório é o uso da metáfora, que significa o deslocamento de sentido entre dois termos com finalidade estética.
Isso resulta em uma descrição, muitas vezes quase visual, que permite ao leitor compreender mais facilmente o significado do texto.
Um exemplo de metáfora pode ser encontrado em Dom Quixote: "Que seu cabelo é feito de ouro, sua testa é de campos elíseos ..."
Referências
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- Estrofe. (2017, 12 de junho).Wikipédia, a enciclopédia livre. Data de consulta: 04:18, 27 de junho de 2017 de es.wikipedia.org
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