Os 15 tipos de surdez (causas e sintomas) - Médico - 2023


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Os cinco sentidos são, sem dúvida, um verdadeiro feito da evolução. E de todos eles, o ouvido, aquele que nos permite converter as vibrações acústicas em estímulos que nos permitem localizar os sons, é, em todas as áreas da nossa vida, um dos mais importantes. Infelizmente, como um conjunto de órgãos em nosso corpo, ele pode falhar.

E, nesse contexto, encontramos a surdez. De acordo com a WHO, mais de 1,5 bilhão de pessoas vivem com algum grau de perda auditiva, dos quais aproximadamente 430 milhões sofrem de deficiência auditiva, ou seja, uma surdez que se torna seriamente limitante para o dia a dia.

A surdez pode ser devida a complicações no parto, causas genéticas, certas doenças infecciosas (como otite), exposição prolongada a ruídos altos, envelhecimento, administração de medicamentos com toxicidade para o ouvido, etc. Seja como for, mais de 5% da população mundial sofre de surdez considerada incapacitante.


Agora, todas as surdez são iguais? Não. Não muito menos. Dependendo da gravidade, da origem fisiológica, da localização da lesão e do momento em que ocorre, surdez pode ser classificada em diferentes tipos. E no artigo de hoje, a par das publicações científicas de maior prestígio, exploraremos os tipos de surdez e as suas características.

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Que tipos de surdez existem?

A surdez é um tipo de deficiência sensorial em que o sentido prejudicado é o da audição, portanto, há uma dificuldade ou impossibilidade de usar esse sentido para ouvir sons. Falamos em deficiência auditiva quando o limiar auditivo, ou seja, a intensidade sonora mínima capaz de ser detectada pelo ouvido de uma pessoa, está acima de 20 dB.

Em todo caso, cada caso de surdez é único, pois o sentido da audição é, a nível neurofisiológico, muito complexo. Mesmo assim, preparamos uma seleção dos tipos mais importantes de surdez, classificados de acordo com diferentes parâmetros: gravidade, grau da perda auditiva, localização da lesão e momento em que ocorre. Comecemos.


1. De acordo com a gravidade

Certamente, o parâmetro mais importante é aquele que classifica a surdez de acordo com sua gravidade, ou seja, de acordo com o grau de deficiência auditiva que a pessoa experimenta. Nesse contexto, podemos falar em perda auditiva, presbiacusia e cofose.

1.1. Perda de audição

A perda auditiva é uma forma de surdez parcial. Ou seja, não é uma perda total da audição, mas uma diminuição parcial da sensibilidade auditiva. Nesse sentido, a perda auditiva é a incapacidade parcial de ouvir sons em um ou em ambos os ouvidos. Não há impossibilidade de usar o sentido da audição, mas há uma dificuldade mais ou menos séria que analisaremos quando inspecionarmos o próximo parâmetro.

1.2. Presbiacusia

A presbiacusia é uma forma progressiva de surdez. Em outras palavras, a capacidade auditiva é gradualmente perdida. Um terço das pessoas com mais de 65 anos a vivencia, pois está intimamente relacionada ao simples envelhecimento, embora, obviamente, o estilo de vida levado tenha grande influência. A perda auditiva gradual é irreversível.


1.3. Cofosis

A cofose ou anacusia é uma forma de surdez total. Obviamente, é a forma mais séria, visto que existe uma impossibilidade absoluta de perceber os sons. A perda da capacidade auditiva é total, embora possa ser localizada apenas em uma das orelhas. É uma condição rara, visto que existe uma perda absoluta de audição que responde a causas que também são menos frequentes.

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2. De acordo com o grau de perda auditiva

Intimamente relacionado ao parâmetro anterior, também podemos classificar a surdez de acordo com o grau da perda auditiva, ou seja, de acordo com o limiar auditivo da pessoa com deficiência sensorial. Nesse sentido, temos surdez leve, moderada, severa e profunda.

2.1. Surdez leve

Surdez leve é ​​aquela que é diagnosticada quando o limiar de audição da pessoa está entre 20 e 40 dB. Nessa forma de deficiência auditiva, a pessoa pode não ouvir bem sons baixos ou sussurros, mas não tem muitos problemas para falar no volume normal.

2.2. Surdez moderada

Surdez moderada é aquela que é diagnosticada quando o limiar de audição da pessoa está entre 40 e 70 dB. Nessa forma de deficiência auditiva, a pessoa pode muito bem ter problemas para ouvir o que está sendo dito em um volume normal de fala.

2.3. Surdez severa

Surdez severa ou severa é aquela que é diagnosticada quando o limiar de audição da pessoa está entre 70 e 90 dB. Nessa forma de deficiência auditiva, a pessoa não ouve praticamente nada do que é falado em um volume normal de fala e só consegue ouvir alguns sons altos.

2.4. Surdez profunda

Surdez profunda é aquela que é diagnosticada quando o limiar de audição da pessoa está acima de 90 dB. Nessa forma de deficiência auditiva, a pessoa não ouve mais nada do que lhe é dito e só consegue ouvir alguns sons muito altos. Obviamente, engloba cofose, anacusia ou surdez total.

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3. De acordo com a localização da lesão

O próximo parâmetro é aquele que classifica a surdez de acordo com a localização da lesão, ou seja, de acordo com qual estrutura fisiológica são os danos que ocasionaram a perda da capacidade auditiva. Nesse sentido, temos a surdez condutiva, neurossensorial, mista, auditiva, surdez unilateral e bilateral.

3.1. Surdez condutiva

Surdez condutiva é aquela que envolve o ouvido externo e médio. A perda auditiva surge porque há um bloqueio para que o som passe do ouvido externo (recebe os sons) para o meio (transmite as vibrações ao ouvido interno). Ou seja, o dano consiste em alterações na transmissão dos sons entre uma região e outra. Felizmente, isso geralmente pode ser tratado com cirurgia ou terapia medicamentosa.

3.2. Surdez neurossensorial

A surdez neurossensorial é aquela que envolve o ouvido interno, a região que transforma as vibrações acústicas em impulsos nervosos. Ou seja, o dano surge devido a dificuldades quando as células ciliadas do ouvido interno transmitem vibrações aos neurônios ou esses neurônios geram sinais nervosos.

3.3. Surdez mista

A surdez mista é aquela que, como podemos deduzir pelo nome, envolve os ouvidos externo, médio e interno. Portanto, é, uma combinação de surdez condutiva e neurossensorial, então o dano é causado em todas as regiões fisiológicas do sentido da audição.

3.4. Neuropatia auditiva

A neuropatia auditiva é aquela que não envolve o ouvido em si, mas a maneira como o cérebro interpreta as mensagens nervosas geradas por ele. Quer seja por problemas no nervo auditivo ou por alterações na fisiologia do cérebro, o desempenho do ouvido não pode culminar com um processamento dos impulsos elétricos.

3,5. Surdez unilateral

Surdez unilateral é aquela que, sendo de qualquer um dos tipos que temos visto, afeta apenas a audição em um dos dois ouvidos. Um ouvido apresenta perda auditiva mais ou menos severa, mas o outro está funcionando normalmente.

3,6. Surdez bilateral

A surdez bilateral é aquela que, sendo de qualquer um dos tipos que temos visto, afeta a capacidade auditiva de ambos os ouvidos. Pode ser simétrico (ambos apresentam a mesma perda auditiva) ou assimétrico (cada orelha possui um grau diferente), mas é o que pode causar mais problemas, já que nenhum deles possui sensibilidade auditiva plena.

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4. De acordo com o momento em que ocorre

Outro parâmetro importante é aquele que classifica a surdez de acordo com o momento em que ela ocorre, ou seja, de acordo com o momento em que ocorre essa perda auditiva mais ou menos severa. Nesse sentido, temos surdez pré e pós-lingual.

4.1. Surdez pré-lingual

Surdez pré-lingual é aquela em que perda auditiva é anterior ao desenvolvimento da linguagem. É comum haver surdez congênita presente desde o nascimento ou deficiência auditiva adquirida após lesões (geralmente associadas a otites ou outras doenças) durante os primeiros anos de vida. Se for uma forma grave, pode causar sérios problemas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação oral.

4.2. Surdez pós-lingual

A surdez pós-lingual é aquela em que a perda auditiva é subsequente ao desenvolvimento da linguagem. Ou seja, não é congênita, mas é adquirida por diferentes situações não necessariamente relacionadas à infância. Na verdade, toda surdez adquirida após o desenvolvimento da linguagem (após os primeiros 3 anos de vida) é pós-lingual.