Cancerfobia: sintomas, causas e tratamento - Ciência - 2023
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Contente
- Causas da cancerfobia
- Medo de que o câncer possa ser herdado
- Ter um diagnóstico de câncer
- Tendo superado o câncer
- Genética e história familiar
- Sintomas
- Tratamento
- Terapia cognitiva comportamental
- Suporte social
- Estilo de vida
- Referências
o cancerofobia, também chamada de carcinofobia, é o medo persistente de contrair câncer pela primeira vez ou de se reproduzir novamente, caso já tenha acontecido antes. É uma situação patológica que causa distúrbios reais e na qual os sintomas físicos que podem ser sentidos são exagerados. O medo deve ser irracional, persistente ao longo do tempo e não justificado.
Por outro lado, relacionada à cancerofobia está a hipocondria. O paciente hipocondríaco tem uma preocupação constante motivada pelo medo de sofrer de uma doença, enquanto na cancerfobia ou outra fobia específica o único medo é a possibilidade de adquiri-la pela primeira vez ou de que volte a ocorrer no caso de pessoas que já a sofreram (mas sem acreditar que você já tem).
Causas da cancerfobia
O medo de desenvolver câncer pode ser devido a vários motivos:
Medo de que o câncer possa ser herdado
A possibilidade de o câncer ser hereditário é muito importante, dada a probabilidade de você sofrer dessa fobia, principalmente quando já houve casos da doença na família.
Atualmente, os estudos genéticos ajudam a amenizar o problema. Graças a eles, é possível determinar se certas alterações genéticas foram herdadas ou não.
Se for positivo, o paciente é monitorado de perto para detectar os primeiros sinais que precedem a doença e para agir imediatamente.
Com esses estudos, não só se reduz o medo de sofrer o câncer, mas se adota uma atitude até otimista, pois a pessoa consegue ter consciência de não ter alterações genéticas que possam desencadear a doença.
Ter um diagnóstico de câncer
40% das pessoas que recebem este diagnóstico precisam de apoio psicológico e emocional. O câncer afeta abruptamente a vida do paciente, sua família e o ambiente de trabalho e social.
Há mudanças no relacionamento com a família, parceiro e amigos, afetando seu comportamento ao gerar sentimentos como raiva, raiva, depressão ou culpa.
Tendo superado o câncer
Quando você teve câncer e ele foi superado, o medo está centrado no medo de que ele reapareça.
Os exames a que esses pacientes são submetidos periodicamente até que, uma vez curados definitivamente, tenham alta, devem servir para diminuir o medo da recorrência da doença.
Porém, muitos pacientes procuram o médico com mais frequência para fazer check-ups e ficam alertas para uma possível recaída. Estudos têm demonstrado que não há relação direta entre o risco real e o risco percebido de contrair a doença e que, usando informações exaustivas, podemos controlar melhor o medo.
Genética e história familiar
Existem cargas genéticas e história familiar que podem favorecer ou aumentar as chances de contrair câncer, mas nada é dado como certo.
Não só o fator genético é relevante para se poder contrair essa doença. Existem fatores de risco que, na maioria dos casos, podem ser evitados, como hábitos alimentares inadequados ou uso de substâncias.
Também há pesquisas que mostram como o Tipo C e o câncer estão relacionados. Em 1980, os pesquisadores Morris e Greer levantaram a existência de um padrão de comportamento que eles chamaram de tipo C, mas anteriormente Gendron descobriu que mulheres ansiosas e deprimidas eram propensas ao câncer.
Foi em 1959, quando Leshan fez uma revisão bibliográfica sobre o assunto e concluiu que a desesperança, a perda e a depressão são frequentemente fatores preditivos no aparecimento do câncer.
Sintomas
O resultado desse pensamento em relação à doença oncológica é o medo de sofrer, que pode causar ainda mais sofrimento à pessoa do que a própria doença.
Essa preocupação pode ocasionar dois comportamentos contrários na pessoa: o desejo de se submeter a exames diagnósticos excessivos e desnecessários ou, pelo contrário, fugir de fazer qualquer exame por medo de diagnosticar a patologia.
As pessoas afetadas por essa fobia sentem que, se entrarem em contato com pessoas que sofrem dessa doença, poderão adquiri-la. Estar com um paciente com câncer produz vários sintomas e desconfortos que os fazem pensar que a doença pode se espalhar por todo o corpo.
Esses medos estão associados principalmente ao medo da morte, uma vez que, apesar dos avanços, o câncer ainda está intimamente relacionado à morte.
Ter medo de desenvolver câncer ou qualquer outro tipo de doença é normal em qualquer indivíduo. Na verdade, a maioria das pessoas experimenta esse medo em algum momento da vida.
No caso dos que sofrem dessa fobia, o medo é tão intenso que os paralisa e os torna disfuncionais, nesses indivíduos qualquer sintoma é exagerado. Alguns dos comportamentos que essas pessoas adotam como resultado desse medo irracional são:
- Evite comer certos alimentos
- Saia
- Usar determinados produtos para o autocuidado e de sua família, o que torna a vida muito obsessiva.
Tratamento
É muito importante que, se você reconhecer os sintomas que descrevi antes e perceber que isso está afetando sua vida diária, entre em contato com um profissional de saúde que pode ajudá-lo mais diretamente a superar sua fobia.
Terapia cognitiva comportamental
O tratamento mais comum e mais eficaz para fobias específicas, como a cancerofobia, é o tratamento com terapias psicológicas, especificamente terapias cognitivo-comportamentais.
Este tipo de tratamento terá sempre que ser desenvolvido por um especialista em saúde. Apesar de ser o tratamento mais comum, o ideal é encontrar um tratamento útil que se adapte às necessidades e circunstâncias de cada pessoa para superar a situação com sucesso.
Além de obter informações confiáveis que ajudam a reduzir a apreensão (inclusive sobre tecnologias de tratamento avançadas), também é importante conversar com amigos e familiares.
Suporte social
O apoio social nesta fobia é muito importante. Pessoas próximas a você podem ajudar muito a aliviar o estresse e a ansiedade, assim como conversar com pessoas que sobreviveram ao câncer para construir uma visão realista das chances de vencer a doença, bem como das causas necessárias para contraí-la.
Estilo de vida
É sempre um bom momento para adotar um estilo de vida saudável. É de vital importância entender que ficar doente nem sempre significa que teremos um resultado desfavorável.
Há medidas que podem ser tomadas, que estão sob nosso controle e nos permitem melhorar substancialmente nossa saúde e qualidade de vida, ao mesmo tempo em que reduzimos o risco de sofrer de certas doenças. Se formos ao médico a tempo, poderemos detectar a doença em seus estágios iniciais, com um alto percentual de curas e poucas sequelas em nós.
Referências
- Sandín B. Stress. In: Belloch A, Sandín B, Ramos F, editores. Manual de psicopatologia. Madrid: McGraw-Hill; novecentos e noventa e cinco.
- Barbara, L., Andersen, B., Farrar, W., Golden-Kreutz, D. ,, Glaser, R., Emery, Ch., Crespin, T., Shapiro, Ch. & Carson, W. (2004) . Alterações psicológicas, comportamentais e imunológicas após uma intervenção psicológica: um ensaio clínico. Journal of Clinical Oncology, Vol. 22, 17, 3570-3580.
- Breitbart, W., Rosenfeld, B., Pessin, H., Kaim, M., Funesti-Esch, J., Galietta, M., Nelson, C. J. & Brescia, R. (2000). Depressão, desesperança e desejo de morte apressada em pacientes terminais com câncer. JAMA, 284 (22), 2907-11.