O que é um aviso literário? - Ciência - 2023


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UMA advertência literária É uma espécie de prólogo do prefácio cujo objetivo é esclarecer, justificar, explicar ou impedir o leitor de alguma questão específica da obra literária que o precede.

Este tipo de texto preliminar é freqüentemente usado quando uma edição anterior foi modificada, quando uma nova impressão vem à tona ou quando a obra foi objeto de opiniões controversas ou controversas.

Os exemplos mais típicos são os de obras que sofreram censura por motivos políticos, religiosos ou outros.

Quem escreve a advertência literária?

As advertências literárias podem ser redigidas pelos próprios autores da obra, pela editora ou por terceiro de renome, que também pode ter alguma relação com o autor e que, geralmente, visa fazer uma avaliação da referida obra.


A linguagem é sempre simples e clara para atingir e influenciar o maior número de leitores possível.

Embora os estilos de sua escrita tenham variado ao longo da história, os objetivos permanecem os mesmos.

A advertência literária dos autores

Normalmente, os autores escrevem suas advertências literárias para:

- Evitar possíveis objeções ou reservas do leitor quanto ao conteúdo da obra ou sua linguagem

-Responder às críticas feitas às edições anteriores

-Defender, retirar ou refutar posições e ideias que se têm defendido na obra e que são o eixo de controvérsias.

Nestes casos, o autor leva em consideração os pontos polêmicos e expõe, de forma igualmente literária, as razões pelas quais considera que a leitura de seu livro será valiosa.

A advertência literária dos editores

Na maioria dos casos, as advertências literárias dos editores tendem a ser mais explicativas e menos textos literários.


Geralmente se limitam a explicar a edição em questão e suas diferenças com as anteriores, fornecendo dados biográficos do autor ou defendendo as decisões sobre as mudanças e o que foi preservado.

A advertência literária de terceiros

Os terceiros geralmente são pessoas com reputação na área sobre a qual você deseja alertar o leitor, ou alguém que conhece muito bem a obra ou o autor.

Tenta modificar a disposição do leitor quanto aos preconceitos ou erros dos quais tenta alertá-lo, para que não apenas apresente as evidências favoráveis ​​à obra, mas, se for o caso, tente desarmar os argumentos contra ela.

Nestes casos, a linguagem usada também costuma ser literária, mesmo quando o que se propõe é a argumentação.

Como aponta Jorge Luis Borges, esse tipo de "prólogo tolera o sigilo".

Referências

  1. Ramos, E. Á. O PREFÁCIO LITERÁRIO NO SÉCULO XX E A RETÓRICA CLÁSSICA: DAS ORAÇÕES DE PEÇAS ÀS TEMAS MAIS COMUNS. Electronic Journal of Hispanic Studies, 61.
  2. Wellek, R., Dámaso, G., & José María, W. (1966). Teoria literária. Gredos
  3. Malik, K. (2010). De Fatwa a Jihad: o caso Rushdie e suas consequências. Melville House Pub.
  4. BORGES, Jorge Luis, Obras Completas, Vol. IV, Barcelona, ​​Círculo de Lectores, 1992, p. quinze.