As 10 atividades ilícitas mais comuns no Equador - Ciência - 2023
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Contente
- Atividades ilegais mais comuns no Equador
- 1- tráfico de drogas
- 2- Lavagem de dinheiro
- 3- Corrupção
- 4- Corte de árvores
- 5- Violação dos direitos do trabalhador
- 6- Poaching
- 7- Tráfico de vida selvagem
- 8- Tráfico de pessoas
- 9- Contrabando
- 10- Falsificação
- Referências
Dentro do atividades ilícitas no EquadorO mais comum e lucrativo que podemos encontrar é o tráfico de drogas, corrupção, contrabando, entre outros. São atividades puníveis pela legislação nacional e internacional.
Apesar dos múltiplos esforços feitos pelo governo do Equador para evitar que flagelos como o tráfico de drogas ocorram, este país continua a ser um ponto de trânsito obrigatório para máfias que precisam transportar suprimentos como base de coca da Colômbia para o Peru.
Por outro lado, outras atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro, corrupção, desmatamento, exploração do trabalho e até mesmo tráfico e contrabando de pessoas, surgem de negócios do narcotráfico.
A corrupção é um dos maiores flagelos que o Equador deve combater, já que vários agentes internacionais falam de uma cultura de impunidade no país.
Por esse motivo, a corrupção abrange todos os níveis de poder, incluindo políticos, militares e policiais.
Atividades ilegais mais comuns no Equador
1- tráfico de drogas
O tráfico de drogas no Equador não é tão forte quanto nos países vizinhos (Colômbia e Peru).
No entanto, acredita-se que tenha proliferado nos últimos anos, envolvendo atores de todos os tipos, incluindo a população civil e alguns membros da força militar e política.
O Equador é um território em que o cultivo de coca é mínimo (apenas 100 hectares do território nacional).
A maior parte dessas safras pertence à guerrilha colombiana das FARC. Desta forma, o país não tem que enfrentar o flagelo da violência que decorre da proteção de cultivos.
No entanto, o maior problema derivado do narcotráfico que o Equador deve enfrentar está relacionado ao tráfico de “gasolina branca”, um produto químico necessário à produção da coca.
Estima-se que a cada ano mais de 400 mil galões desse produto químico sejam transportados pelo Equador. É assim que se pode afirmar que o Equador não é um país produtor de drogas, mas é uma passagem obrigatória para o transporte de drogas (Córdoba, 2009).
2- Lavagem de dinheiro
Esta atividade ilegal é em grande parte derivada da anterior. Graças ao narcotráfico, o dinheiro ilegal entra no território equatoriano ou é produzido diretamente nele. Esses recursos são lavados no sistema equatoriano assim que entram nele.
O valor total do dinheiro lavado no Equador não pode ser estimado a cada ano, uma vez que uma parte desse dinheiro é retida em diferentes lugares antes de entrar totalmente no país.
No entanto, estima-se que a cada ano entre 500 e 1.000 milhões de dólares podem ser lavados do narcotráfico no Equador.
Geralmente, esse dinheiro é lavado como um investimento dentro do território equatoriano ou enviado como remessa a diferentes destinatários fora do país. Geralmente, grandes quantias de dinheiro são fracionadas para evitar atrair atenção.
3- Corrupção
A corrupção é um problema sério no Equador. Por isso, em 2014, o Departamento de Estado dos Estados Unidos indicou que uma das causas pelas quais os direitos humanos são mais freqüentemente violados no Equador é a corrupção.
A maior parte dos processos e iniciativas contra a corrupção no Equador continuam impunes, por isso se diz que a impunidade já faz parte da cultura do país. Isso ocorre porque a corrupção abrange todos os ramos do poder político, judicial, militar e policial do país.
Acredita-se que muitos dos bancos e indivíduos mais ricos do país tenham contas fora do território equatoriano, tendo "institucionalizado" este protocolo para tratar de dupla contabilidade ou ocultar o dinheiro de subornos.
Estima-se que US $ 2 trilhões são perdidos a cada ano para a corrupção no Equador (Pike, 2017).
4- Corte de árvores
O desmatamento ilegal no Equador é uma questão preocupante. A cada ano, aproximadamente 66.000 hectares de floresta são desmatados, a grande maioria ilegalmente e com má gestão da terra e de seus recursos.
Isso acontece porque o mercado de madeira, especialmente madeiras raras, na América do Sul é altamente lucrativo.
É assim que o produto obtido ilegalmente no Equador pode ser vendido nos mercados do Brasil e do Peru (Cawley, 2013).
5- Violação dos direitos do trabalhador
No Equador, são comuns os casos de violação dos direitos dos trabalhadores, principalmente na contratação de mão de obra indígena.
Desta forma, os tratados internacionais de direitos humanos são violados e as leis locais dedicadas a proteger os trabalhadores com horas razoáveis e compensação pela prestação de seus serviços são violadas (Watch, 2002).
6- Poaching
No Equador, todos os anos, numerosas espécies de animais são caçadas, incluindo algumas que estão em perigo de extinção. Essa caçada serve para alimentar outra atividade ilícita conhecida como tráfico de espécies exóticas.
O país conta com mais de 600 guardas ambientais localizados em mais de 48 áreas protegidas para cuidar que esse fenômeno não aconteça, já que segundo a legislação equatoriana, as únicas pessoas que podem caçar legalmente peixes e alguns mamíferos e aves são as cidades indígenas da região (Comércio, 2016).
7- Tráfico de vida selvagem
A Interpol estimou que a cada ano no Equador espécies exóticas são comercializadas por um valor de 5 a 20 bilhões de dólares.
Isso significa que o comércio ilegal de espécies é um dos negócios mais lucrativos do país. No entanto, esta atividade ameaça a existência e preservação da biodiversidade.
Apesar dos esforços e iniciativas do governo para controlar este problema, a cada ano o número de espécies de tráfico aumenta, sendo as aves as mais traficadas para serem vendidas como animais de estimação (Ambiente, 2013).
8- Tráfico de pessoas
Este é um dos maiores problemas que o governo do Equador deve enfrentar, já que o país carece de recursos para eliminar completamente o tráfico e o contrabando de pessoas.
O Equador está atualmente na lista dos países que não cumprem integralmente as regulamentações de prevenção ao tráfico de pessoas, ao lado de países como Argentina, México, Uruguai e Brasil (Vivero, 2016).
9- Contrabando
O contrabando no Equador é uma atividade ilícita comum, principalmente nas fronteiras com a Colômbia e o Peru.
A cada ano, milhões de aparelhos tecnológicos são trazidos ao país, entre telefones, computadores, tablets e televisores, que são vendidos no mercado negro sem qualquer tipo de pagamento de impostos e taxas de importação.
Dessa forma, a cada ano aparecem mais bandas que se dedicam a trazer merchandise para o país a um custo menor do que se consegue dentro dele.
10- Falsificação
A falsificação de documentos oficiais no Equador é um fenômeno comum. Estima-se que cerca de 30% da população do país ainda não renovou a carteira de identidade e que, entre essas pessoas, existem várias pessoas que circulam portando documentos falsos que são recebidos pela maioria das instituições como se fossem legítimos.
Isso representa um grave problema para o Estado, que a cada ano enfrenta inúmeros casos de furto de identidade e não dispõe de mecanismos para proteger seus cidadãos quando isso acontece.
Referências
- Meio Ambiente, M. d. (2013). Relatório sobre o tráfico ilegal de espécies no Equador Continental em 2013.
- Cawley, M. (25 de novembro de 2013). InSight Crime. Obtido do Equador. Desmatamento estimulado pela extração ilegal de madeira: insightcrime.org.
- Comercio, E. (5 de janeiro de 2016). Obtido em Como é tratada a caça ilegal no Equador?: Elcomercio.com.
- Córdoba, C. E. (2009). Polemika. Obtido de Uma ameaça silenciosa: tráfico de drogas no Equador: magazines.usfq.edu.ec.
- Pike, J. (2017). Segurança Global. Obtido no Equador - Corrupção: globalsecurity.org.
- Vivero, M. (1 de julho de 2016). O comércio. Obtido no Equador, ainda é país de origem, trânsito e destino do tráfico, segundo os Estados Unidos: elcomercio.com.
- Watch, H. R. (24 de abril de 2002). Humans Rights Watch. Obtido no Equador: Abuso de trabalho generalizado nas plantações de banana: hrw.org.