O que é a nulidade absoluta e relativa? - Ciência - 2023
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No campo do direito, nulidade absoluta e relativa constituem as sanções aplicáveis ao incumprimento de qualquer regra de direito obrigatória ou proibitiva.
Os atos jurídicos são meios de livre expressão da vontade humana, que produzem efeitos jurídicos de acordo com a lei objetiva e um ordenamento jurídico específico.
De uma perspectiva geral, caracterizam-se como criadores de direitos entre os intervenientes.
Contratos, manifestações de vontade, transferência de direitos e casamento são alguns exemplos dos atos jurídicos mais comuns.
Nulidade absoluta e relativa
As nulidades são as sanções legais que afetam a validade dos atos jurídicos, por vícios substanciais ou formais e pelas causas ou impedimentos que os possam ter afetado.
Nulidade absoluta
Os atos jurídicos que violem os bons costumes e a ordem pública são considerados nulos ou totalmente nulos. Essa nulidade tem origem no nascimento do ato a que corresponde.
Opera com respeito aos atos afetados por alguma patente e vício manifesto em sua celebração. Ou seja, gerado pela omissão de requisito expressamente exigido por lei como condição de sua validade.
Este tipo de nulidade também é denominado nulidade de direito e afeta a ordem social por não exigir confirmação.
Pode ser solicitado por qualquer pessoa interessada: Ministério Público, as partes, seus credores e herdeiros.
A ação é imprescritível e inalienável e tem efeito retroativo; ou seja, uma vez produzida a decisão judicial que a declara.
Os atos são nulos:
- Detidos por pessoas absolutamente ou relativamente incapazes que atuam sem representação legal credenciada.
- Concedido sem autorização de uma das partes obrigadas a fazê-lo.
- Concedido por simulação ou fraude.
- Cujo objeto e causa sejam ilegais ou imorais e sejam expressamente proibidos por lei.
- Na falta das respectivas formalidades.
- Quando foram celebrados com vícios de simulação ou fraude.
A doutrina jurídica afirma que atos nulos são equiparados aos inexistentes. Isso se deve ao fato de que sua declaração extingue os efeitos passados e presentes, substituindo as condições vigentes antes de sua celebração.
Nulidade relativa
Os atos jurídicos afetados por relativa nulidade são considerados anuláveis. A anulabilidade opera com relação aos atos jurídicos que foram falhos desde o nascimento, mas cujo vício só ofende os intervenientes.
Portanto, ele entra em vigor somente após sua declaração. Este tipo de nulidade atinge os atos celebrados na ausência de qualquer exigência relativa ao caráter segundo o qual as partes atuam.
Por esse motivo são considerados válidos desde que não sejam anulados, e sua declaração sempre ocorre a pedido do interessado, nunca ex officio.
Os atos são anuláveis:
- Quando for constatado que uma das partes atuou com deficiência acidental.
- Quando se comprovar que no momento da celebração se desconhece a incapacidade de alguma das partes.
- Quando for demonstrado que, no momento da celebração, não se conhecia a proibição do objeto do ato.
- Quando foram celebrados com vícios de erro, fraude ou violência.
Referências
- Hijma, J. (s.f.). O conceito de nulidade. Obtido em 30 de novembro de 2017 em: openaccess.leidenuniv.nl
- Farrera, C. (1925). Ações de nulidade e rescisão. In: ulpiano.org.ve
- López, J. (s.f.). Da Nulidade dos Atos Legais. Obtido em 30 de novembro de 2017 de: Derecho.uba.ar
- Miramón, A. (s.f.). Teoria das Nulidades e Ineficácia do Ato Legal. Obtido em 30 de novembro de 2017 de: biblio.juridicas.unam.mx
- Scalise, R. (2014). Repensando a Doutrina da Nulidade. Em: digitalcommons.law.lsu.edu