Quais foram os governos pós-revolucionários no México? - Ciência - 2023
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Contente
- Governos depois da revolução
- Venustiano Carranza
- Adolfo de la Huerta e Álvaro Obregón (1920-1924)
- Plutarco Elías Calles (1924-1928)
- The Maximato (1928-1934)
- Lázaro Cárdenas (1934-1940)
- Artigos de interesse
- Referências
o governos pós-revolucionários no México foram aqueles que foram criados após o final da Revolução Mexicana no início do século XX. O período pós-revolucionário tende a se limitar desde a presidência de Venustiano Carranza, em 1917, ao governo chefiado por Lázaro Cárdenas, encerrado em 1940.
A Revolução começou em 1910 e terminou com a ascensão ao poder de um de seus líderes, Carranza. As razões para a eclosão desta revolução encontram-se no Porfiriato.
A melhora econômica que Porfirio Díaz alcançou durante suas três décadas de mandato só foi aproveitada pelos setores mais favorecidos da sociedade, enquanto se formavam numerosos bolsões de pobreza.
Além disso, seu estilo ditatorial, falta de liberdades públicas e más condições de trabalho, levaram o país à eclosão revolucionária.
Governos depois da revolução
Como é de praxe depois de acontecimentos como uma revolução, os governos que aparecem são caudilhistas e personalistas. O desenvolvimento institucional costuma ser lento e os líderes de sucesso tendem a chegar ao poder.
Isso aconteceu no México durante esse período, embora tudo tenha levado à criação de um marco constitucional e institucional muito mais estável.
Os governos que aconteceram durante esses anos foram os de Venustiano Carranza, Adolfo de la Huerta, Alvaro Obregón, Plutarco Elías Calles, Maximato e Lázaro Cárdenas.
Venustiano Carranza
Carranza tinha sido um dos chefes das tropas revolucionárias e foi ele quem subiu ao poder quando a situação se estabilizou. Entre suas conquistas está a nova constituição do país, promulgada em 1917.
Regula as relações de trabalho, estabelece uma reforma agrária e educacional muito avançada para a época.
No entanto, durante seu mandato, os confrontos entre as diferentes facções revolucionárias continuaram a ocorrer.
De um lado, os partidários de Villa e Zapata, que achavam que as leis eram insuficientes, e, de outro, os partidários de Álvaro Obregón, que procurava sucedê-lo na presidência.
Finalmente, Carranza é assassinado em 1920 pelas tropas de Rodolfo Herrero.
Adolfo de la Huerta e Álvaro Obregón (1920-1924)
Após a morte do presidente, Adolfo de la Huerta é nomeado provisoriamente. Ele era um governante de transição, que era a favor de Álvaro Obregón chegar ao poder. Ele consegue vencer as eleições e é eleito presidente do país.
Obregón era partidário de um estado forte e procedeu a uma reorganização do exército. Da mesma forma, procede à distribuição de terras entre camponeses e indígenas, buscando a reconciliação nacional.
No exterior, tentou redirecionar as relações com os Estados Unidos, deterioradas por regulamentações protecionistas na indústria do petróleo.
Em 1923, ele teve que enfrentar uma pequena rebelião liderada por de la Huerta, que tentou retornar à presidência sem sucesso.
Plutarco Elías Calles (1924-1928)
Elías Calles se tornou o exemplo perfeito de presidente caudilista. Não apenas durante seu mandato de quatro anos, mas por causa da influência que ele exerceu durante a posterior chamada Maximato.
Durante sua presidência fundou o Banco do México, bem como a primeira companhia aérea. Da mesma forma, decretou a construção de várias barragens e escolas rurais.
Ele teve que lidar com a chamada Guerra Cristero, na qual enfrentou partidários da Igreja Católica. A Constituição o obrigava a pagar uma taxa, o que provocou o surgimento de um conflito que não cessou até 1929.
Nas eleições de 28, Álvaro Obregón é eleito novamente. No entanto, ele é assassinado antes de tomar posse. Foi então que Calles fundou o Partido Nacional Revolucionário, antecedente do PRI.
The Maximato (1928-1934)
Nesse período se sucederam três presidentes distintos, todos pertencentes ao novo partido e dirigidos por Elías Calles. Sua política era uma continuação da deste último, conhecido como Chefe Máximo da Revolução.
Lázaro Cárdenas (1934-1940)
Cárdenas é escolhido por Calles para ser o próximo presidente, mas uma vez vencidas as eleições, não é tão administrável como as anteriores.
Obteve o apoio de quase todos os setores sociais, dos caciques aos camponeses. Isso lhe permitiu livrar-se de Calles e acabar, aos poucos, com o caudilhismo mexicano.
Durante seu mandato, a lei mudou, passando os mandatos presidenciais de 4 a 6 anos. Ele fundou o Partido da Revolução Mexicana e estava desmontando o aparato criado por seu antecessor.
Da mesma forma, começaram a aparecer sindicatos e outros partidos, o que deu ao país uma certa normalidade democrática.
Entre as conquistas, destaca-se a reforma agrária recuperada pelo projeto de Emiliano Zapata: 18 milhões de hectares foram distribuídos às comunidades. Da mesma forma, ele procedeu à nacionalização da ferrovia e expropriou os ativos das empresas de petróleo.
Artigos de interesse
Personagens principais da Revolução Mexicana.
Referências
- Secretaria de relações exteriores. O estágio pós-revolucionário. Obtido em gob.mx
- Organização dos Estados Ibero-americanos. O período pós-revolucionário (1920-1940). Obtido de oei.es
- Jürgen Buchenau. A Revolução Mexicana, 1910–1946. Recuperado de latinamericanhistory.oxfordre.com
- Alexander, Robert. J. Lázaro Cárdenas. Obtido em britannica.com
- Encyclopedia of World Biography. Plutarco Elías Calles. Obtido em encyclopedia.com