O behaviorismo biológico de William D. Timberlake - Psicologia - 2023
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O Behaviorismo é uma das principais correntes teóricas que tem explorado e tentado dar uma explicação ao comportamento humano. De uma perspectiva que visa trabalhar apenas com base em dados empíricos objetivos e verificáveis, esta abordagem foi uma grande revolução na época e representou um avanço notável no desenvolvimento de novas perspectivas e no aprimoramento das existentes.
Com o tempo, diferentes subtipos de behaviorismo surgiram, focalizando diferentes elementos ou fazendo várias contribuições teóricas relevantes. Um dos subtipos de behaviorismo existente é o behaviorismo biológico de William David Timberlake.
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Bases do behaviorismo biológico
O Behaviorismo, como ciência que estuda o comportamento humano a partir de elementos objetivos empiricamente evidentes, tem analisado o comportamento humano a partir da capacidade de associação entre estímulos e respostas e entre a emissão de comportamentos e as consequências destes que fazer com que o comportamento seja reforçado ou inibido.
Porém, apesar de possuírem diversas aplicações de grande utilidade, as práticas e técnicas comportamentais tradicionalmente têm sido realizadas em contextos não naturais, localizados em um ambiente controlado, no qual outras múltiplas facetas que podem afetar a doença não são consideradas.
Além disso, o sujeito é geralmente considerado uma entidade meramente reativa, que recebe as propriedades dos estímulos e reage de acordo, produzindo aprendizagem. Não se costuma levar em conta que o sujeito apresenta características que influenciam o comportamento, sendo os traços e habilidades o resultado da aprendizagem. Vários autores neocomportamentais variaram essa abordagem, levando em consideração as capacidades do próprio sujeito e a herança de padrões de comportamento e habilidades parcialmente inatos.
La perspectiva que defiende el conductismo biológico de Timberlake propone que el aprendizaje es un fenómeno de base biológica que se produce a partir de patrones de comportamiento y disposiciones constitucionales que vienen dados de forma innata y que se vinculan al nicho o ambiente en el que el sujeto se desenvolve.
É uma versão do behaviorismo em que fatores funcionais e estruturais do comportamento são combinados. A seleção natural gerou a evolução das disposições perceptivas, as habilidades e padrões de comportamento que permitem gerar condicionamentos e aprender mais ou menos facilmente certas formas de compreender ou agir. Em outras palavras, Timberlake defende a existência de variáveis e estruturas cerebrais que ajudam a explicar o comportamento.
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A função do contexto
O nicho ou contexto funcional é o local em que o sujeito se desenvolve e que permite a evolução do organismo. Este nicho possui uma estrutura e propriedades que permitem, através da aprendizagem, serem geradas modificações nos elementos já pré-existentes na disciplina.
A) Sim, a experiência e a atividade do indivíduo geram uma modificação nas respostas ao ambiente e uma mudança na preferência e percepção de estimulação. Em outras palavras, aprendemos com a experiência a gerar alterações no corpo. As características do estímulo serão percebidas de forma diferente conforme o sujeito está agindo.
A este respeito, o behaviorismo biológico é uma novidade, uma vez que assume que o comportamento não é gerado pelos próprios estímulos em vez disso, ele apenas causa uma mudança nas condições pré-existentes. É o sujeito que, ativamente, gera mudanças estruturais que lhe permitem reagir à realidade de determinadas formas, mas tem-se em conta que existem elementos que são relevantes para o ambiente e a aprendizagem.
Sistemas comportamentais
O behaviorismo biológico de Timberlake propõe a existência de sistemas comportamentaisGrupos de padrões funcionais independentes organizados hierarquicamente e que descrevem a organização das funções básicas para a sobrevivência do indivíduo antes mesmo de realizar um processo de aprendizagem, que irá variar essa estruturação.
Este sistema é configurado por vários subsistemas comportamentais, que especificam uma parte da função que explicita de uma forma geral o tipo de ação que se realiza.
Esses subsistemas, por sua vez, são configurados pelos modos ou maneiras em que cada ação é realizada ou a realidade é percebida como parte dos diferentes subsistemas comportamentais. Dessas maneiras módulos ou categorias são derivados que agrupam várias ações. E em cada módulo existem respostas específicas que podem ser provocadas por estímulos ambientais.
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A aprendizagem
Embora o behaviorismo biológico de William D. Timberlake seja baseado em uma concepção ecológica que leva em conta a existência de aspectos internos que permitem direcionar a aprendizagem, a verdade é que Timberlake defende que a aprendizagem ainda é efeito do próprio comportamento. E é que os diferentes sistemas precisam aprender no nível comportamental para serem capazes de se desenvolver e se modificar de forma eficaz
Cada organismo vem com um conjunto ou conjunto de habilidades que lhe permitem aprender certos comportamentos diante de certos estímulos. Por exemplo, se não tivéssemos percepção da dor, não retiraríamos nossa mão do fogo. Mas ter essa percepção da dor não significa que não vamos colocar a mão na fogueira. Não aprenderemos a fazê-lo se não percebermos o conjunto de associações entre estímulo e resposta por meio da experiência ou do aprendizado.
O behaviorismo biológico é um subtipo de behaviorismo que parte do behaviorismo radical de B. F. Skinner e que estuda o comportamento por meio do condicionamento operante, mas leva em consideração a existência de um contato exploratório dos elementos de um sistema antes que a associação comece a ser feita. Para que o sujeito de estudo realize um condicionamento real, é necessário sintonizar o ambiente e o sujeito de forma que o que é aprendido se ajuste às possibilidades do sujeito e ele possa aprender.
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- Timberlake, W. (2001). Modos motivacionais em sistemas de comportamento. In R.R. Mowrer e S.B. Klein (Eds.), Manual de teorias contemporâneas da aprendizagem (pp. 155-209). Nova Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.
- Timberlake, W. (2004). A contingência operante é suficiente para uma ciência do comportamento intencional? Behavior and Philosophy, 32, 197-229.