As 5 fases do estresse (e como combatê-las) - Psicologia - 2023
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Contente
- O que causa esse problema?
- Estresse no trabalho: um problema que afeta muitas pessoas
- Suas conseqüências
- Fases do estresse: o que são?
- 1. Alarme de reação
- 2. Resistência
- 3. Esgotamento
- As cinco fases do estresse negativo
- Fase 1: fadiga física e / ou mental
- Fase 2: problemas interpessoais e desligamento emocional
- Fase 3: turbulência emocional
- Fase 4: doenças físicas crônicas
- Fase 5: doenças relacionadas ao estresse
- Como combater o estresse
O estilo de vida das sociedades ocidentais fez com que o estresse se tornasse um fenômeno frequente hoje. Essa condição pode ocorrer de forma aguda, em períodos em que estamos, por exemplo, sobrecarregados.
Porém, quando o estresse se prolonga no tempo, surge o estresse crônico (burnout ou síndrome de burnout no ambiente de trabalho) que é ainda mais prejudicial e causa consequências negativas tanto física quanto psicologicamente.
O estresse pode ser classificado como estresse positivo (eustresse) ou estresse negativo (angústia). Neste artigo vamos falar sobre as fases do estresse habitual, que é considerado negativo.
- Artigo relacionado: "Tipos de estresse e seus desencadeadores"
O que causa esse problema?
O estresse não tem uma única causa, é um fenômeno multicausal e complexo em que entram em jogo dois fatores internos, como as expectativas da pessoa ou a maneira como ela deve interpretar e enfrentar as situações negativas que ocorrem ao seu redor; e fatores externos (por exemplo, não ter um emprego, enfrentar incertezas financeiras ou sofrer bullying na escola).
Os fenômenos que causam estresse são chamados de estressores.
Estresse no trabalho: um problema que afeta muitas pessoas
Nas últimas décadas, muitas pesquisas têm sido realizadas para tentar entender uma forma de estresse que atinge grande parte da população: o estresse no trabalho.
Os dados obtidos por meio de diversos estudos mostram que as causas desse tipo de estresse não são apenas fatores do local de trabalho, mas também há vários que não têm relação com ela, como a crise econômica, as expectativas culturais, a má relação do trabalhador com o companheiro, etc.
Além disso, pesquisas recentes afirmam que o estresse ocorre em vários níveis, não apenas individual, mas também coletivo. Os indivíduos compartilham experiências emocionais, e tanto essas experiências emocionais quanto as estressantes podem ser contagiosas.
- Você pode aprender mais sobre este tópico interessante neste artigo: "8 dicas essenciais para reduzir o estresse no trabalho"
Suas conseqüências
As consequências negativas do sofrimento são numerosas; no entanto, é importante destacar as diferenças entre estresse agudo e estresse crônico.
A primeira ocorre em momentos específicos e temporariamente, em resposta à experimentação de um ou mais eventos altamente estressantes. Por exemplo, devido a um exame que tem que ser feito em uma semana quando a pessoa teve o ano inteiro para fazê-lo.Como resultado, o indivíduo pode sofrer de ansiedade, dores musculares, dores de cabeça, exaustão, problemas gástricos, taquicardia, etc. Esse tipo de estresse é menos severo e, com o tempo, o corpo volta ao normal.
Mas quando o estresse é crônico as consequências são ainda mais prejudiciais, causando exaustão física, emocional ou mental e causando danos gerais à saúde da pessoa afetada, especialmente pelo enfraquecimento do sistema imunológico.
Além disso, o estresse crônico produz mudanças na auto-estima. Imagine uma pessoa que está desempregada há vários anos e tem problemas financeiros; Quando o estressor ocorre repetidamente, a pessoa pode chegar a uma situação grave de desmoralização.
Algumas consequências do estresse negativo de longo prazo são:
- Fadiga emocional
- Doenças do aparelho digestivo, doenças de pele e problemas cardíacos.
- Sentimentos de insegurança e de desamparo aprendido.
- Despersonalização, irritabilidade e perda de motivação.
- Insônia.
- Ansiedade.
- Depressão.
- Abuso de álcool ou substâncias.
Fases do estresse: o que são?
Um dos pioneiros na pesquisa de estresse foi Hans Selye, que realizou seus estudos na década de 1950. Atualmente, sua teoria continua a ser de grande importância na análise da evolução desse fenômeno psicológico e fisiológico.
De acordo com este autor, a resposta ao estresse consiste em três fases diferentes:
1. Alarme de reação
Qualquer alteração física, emocional ou mental consequência de ter detectado uma ameaça ou ter encontrado um estressor provoca uma reação instantânea com o objetivo de combater esta situação. Essa resposta é chamada de reação de "lutar ou fugir" e consiste na liberação de adrenalina para diferentes partes do corpo: os vasos sanguíneos, o coração, o estômago, os pulmões, os olhos, os músculos ...
Diante de um estímulo estressante, esse hormônio fornece um rápido impulso para que nossa energia aumente para que possamos escapar do perigo. Percebemos os efeitos porque a respiração, o pulso e a frequência cardíaca se aceleram, de modo que os músculos respondem mais rapidamente. As pupilas dilatam, o sangue circula mais rápido e se afasta do sistema digestivo para evitar vômitos.
Além dessas funções fisiológicas, a adrenalina também afeta o cérebro, que entra em estado de alerta: a atenção se estreita e ficamos mais sensíveis a qualquer estímulo. A adrenalina, além de ser um hormônio, também é um neurotransmissor que atua no cérebro.
Nesta fase, o nível de cortisol também aumenta e, como consequência, aumenta a quantidade de açúcar no sangue e o sistema imunológico está enfraquecido para economizar energia e auxiliando no metabolismo de gorduras, proteínas e carboidratos. A liberação desses hormônios pode ser benéfica para o corpo em alguns casos, mas a longo prazo as consequências são extremamente prejudiciais.
- Artigo relacionado: "Cortisol: o hormônio que gera estresse"
2. Resistência
Na fase de resistência, o corpo tenta se adaptar graças a um processo denominado homeostase, que leva a uma fase de recuperação e reparo. O cortisol e a adrenalina voltam aos níveis normais, mas os recursos se esgotam e as defesas e a energia necessárias para a fase anterior do estresse diminuem. O corpo se esforçou demais e agora deve descansar.
O problema surge quando a situação ou estímulo estressante não para ou reaparece continuamente, pois podem se manifestar fadiga, problemas de sono e mal-estar geral. Como consequência, a pessoa fica muito irritada e tem grande dificuldade de se concentrar ou ser produtiva no dia a dia.
3. Esgotamento
Quando o estresse se prolonga por muito tempo, o corpo acaba esgotando recursos e, gradativamente, perde a capacidade adaptativa das fases anteriores. O corpo enfraquece e, depois de algum tempo nessa situação prejudicial, o corpo pode sucumbir a doençasUma infecção viral ou bacteriana, porque suas defesas estão exauridas. Todos os efeitos negativos do estresse crônico mencionados acima se manifestam neste estágio.
Se você deseja se aprofundar no estresse crônico, pode se interessar pelos seguintes artigos:
- "Estresse crônico: causas, sintomas e tratamento"
- "Burnout (síndrome de queimadura): como detectá-lo e agir"
As cinco fases do estresse negativo
A pesquisa continuou ao longo dos anos e, recentemente, o Instituto Canadense de Stress, após estudar milhares de pessoas com estresse negativo, afirma que existem cinco fases de angústia:
Fase 1: fadiga física e / ou mental
Nesta fase, a pessoa experimenta as primeiras consequências do estresse: uma perda de vitalidade e o início da fadiga, cansaço, sonolência, desmotivação ... Por exemplo, quando alguém chega do trabalho nesta fase, tudo que quer é desligar e deitar no sofá.
Fase 2: problemas interpessoais e desligamento emocional
Nesta fase a pessoa é irritável e temperamental, e você tem problemas em seus relacionamentos pessoais, seja com a família, amigos ou colegas de trabalho. Isso cria um ciclo vicioso, pois a pessoa estressada torna a situação ainda pior. O indivíduo prefere ficar sozinho e fechado em si mesmo.
Fase 3: turbulência emocional
Nesta fase a pessoa experimentar um desequilíbrio emocional pronunciado. A fase anterior desestabilizou as relações interpessoais próximas, criando um ambiente de proximidade mais tenso. Como consequência, o indivíduo passa a duvidar de si mesmo e é afetado emocionalmente.
Fase 4: doenças físicas crônicas
O estresse se torna crônico e não apenas a mente (cérebro) é afetada, mas o corpo como um todo. A tensão contínua pode causar dores musculares nas áreas cervical, ombro e lombar, bem como dores de cabeça. Nesta fase você pode tomar medidas como praticar esportes ou receber massagens, mas se o verdadeiro problema estressante não for tratado, nem o estresse nem as doenças desaparecerão.
Fase 5: doenças relacionadas ao estresse
Após um estado de exaustão e despersonalização crônica, a pessoa passa a manifestar graves danos físicos. Resfriados, gripes, úlceras, colites, são alguns exemplos que, embora não tenham sido produzidos diretamente por esse fenômeno, são a causa de um sistema imunológico enfraquecido.
Quanto mais tempo durar a situação estressante, piores serão as consequências, pois podem surgir hipertensão, problemas cardiovasculares e até infarto.
Como combater o estresse
Combater o estresse não é uma tarefa fácil, pois, às vezes, não conseguimos controlar os estressores externos. Por exemplo, se a situação estressante for a falta de emprego e a crise econômica ou se nosso parceiro nos deixar ou tornar a vida impossível para nós.
Sem sombra de dúvida, a terapia psicológica se torna uma boa alternativa para aliviar esta situação, porque ajuda a desenvolver uma série de estratégias e habilidades para que possamos controlar as experiências e consequências que o estresse produz e, assim, reduzir significativamente o desconforto. Além disso, a psicoterapia também é útil para nos ajudar a corrigir a maneira como interpretamos eventos estressantes.
Os teóricos do estresse afirmam que o estresse ocorre quando a pessoa não tem recursos suficientes para lidar com a situação. Em outras palavras, a fonte do estresse está no descompasso entre as demandas existentes e o controle que a pessoa tem para enfrentá-las. Quando não é possível eliminar o estímulo ou situação estressante, fornecer recursos suficientes para a pessoa é uma boa alternativa para combater o estresse.
Estudos científicos também afirmam que o ambiente social não pode apenas desencadear a situação estressante, mas pode atuar como um amortecedor, reduzindo os efeitos negativos e até mesmo como forma de prevenir e reduzir o estresse. No trabalho, por exemplo, diferentes estratégias podem ser utilizadas para que o relacionamento com os colegas seja positivo e, dessa forma, o impacto negativo do estresse seja reduzido e até mesmo desapareça.
Em casos menos graves, uma série de medidas podem ser tomadas para reduzir o estresse: administrar o tempo corretamente, praticar Mindfulness ou exercitar-se são algumas alternativas. Se quiser saber algumas dicas para reduzir o estresse, você pode ler este artigo: “10 dicas essenciais para reduzir o estresse”.