Psicooncologia: o papel do psicólogo no câncer - Psicologia - 2023


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Psicooncologia: o papel do psicólogo no câncer - Psicologia
Psicooncologia: o papel do psicólogo no câncer - Psicologia

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Não é à toa que se você ouvir a palavra câncer, um arrepio percorre você. Certamente você conhece alguém próximo a você que é vítima desta doença, ou você pode até mesmo sofrer ou já ter sofrido na sua própria carne; Ninguém está imune a esta doença destruidora de vidas em seu rastro.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma das principais causas de mortalidade no mundo, e o número de mortes por essa causa aumenta com o passar dos anos.

Por isso é importante conhecer as ferramentas de que dispomos para enfrentar esta realidade. E, entre essas ajudas, está a Psico-Oncologia, sobre a qual gostaria de falar.

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O impacto psicológico do câncer

Para pacientes com câncer, a doença traz dificuldades físicas, emocionais e sociais. Os altos níveis de depressão, ansiedade e angústia que essa patologia acarreta, tornam necessário reconhecer o papel dos problemas psicológicos e emocionais no paciente com câncer e seus familiares.


Diferentes estudos mostram que entre 30 e 50% das pessoas que sofrem da doença apresentam alguma alteração psicológica passível de tratamento psicológico, os mais frequentes são os transtornos de adaptação, ansiedade e depressão. A família e os cuidadores principais dos enfermos ou enfermos também apresentam alto grau de sofrimento. O papel da família e seu apoio diante do câncer é de fundamental importância para uma boa adaptação do paciente à doença.

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O que é Psico-Oncologia?

O ramo da psicologia responsável pela intervenção e aconselhamento tanto das pessoas afetadas pelo câncer quanto de suas famílias e cuidadores, é conhecido como psicooncologia.


Esta disciplina oferece benefícios importantes para pacientes com câncer e suas famílias: fornece suporte emocional, reduz o impacto da doença na pessoa afetada e em seu ambiente, proporciona habilidades de enfrentamento, manejo e adaptação à doença, ajuda a compreender a doença ao facilitar a adesão médica e melhora a comunicação com a equipe médica.

Em suma, Psicooncologia visa promover a qualidade de vida do paciente e de seus familiares nas diferentes fases da doença oncológica.

Psicooncologia de acordo com as fases da doença

A intervenção do psico-oncologista difere dependendo da evolução do câncer, uma vez que as manifestações psicológicas mudam dependendo do estágio da doença em que o paciente se encontra, seus sintomas e os tratamentos recebidos.

Este pode intervir em diferentes fases ao longo da evolução da doença.


1. Fase de diagnóstico

A resposta ao receber o diagnóstico geralmente consiste em, depois de um momento inicial de choque, em respostas emocionais intensas que incluem tristeza, raiva, ansiedade, sentimentos de desamparo, depressão, etc. Por esse motivo, a atuação do psicólogo busca amenizar o impacto emocional que o diagnóstico de câncer desencadeia, proporcionando ao paciente e seus familiares suporte emocional e estratégias de enfrentamento para o enfrentamento da doença.

2. Fase de tratamento

Os tratamentos do câncer (cirurgia, quimioterapia, radioterapia) são agressivos, dolorosos, irritantes e com vários efeitos colaterais. Portanto, apoio psicológico, tratamento para controlar a dor e aliviar o sofrimento emocional eles podem ajudar o paciente a aderir ao tratamento médico.

3. Fase de remissão

Nesta fase em que o câncer remitiu, a intervenção do psico-oncologista baseia-se em facilitar a expressão de medos e preocupações, tanto para o paciente quanto para seus familiares, pela incerteza e pela ameaça de re-apresentação da doença. É importante para o psicólogo consolidar um vínculo terapêutico estreito, abordar os distúrbios emocionais e fornecer as ferramentas psicológicas necessárias para poder retornar gradualmente à normalidade.

4. Fase de recaída

É uma fase de grande impacto porque desencadeia reações emocionais intensas (raiva, raiva, agressividade, desespero, etc.). A intervenção da Psicooncologia neste período consiste em abordar e tratar os estados depressivos e ansiosos que podem ser gerados no paciente e seus familiares e atuam na adaptação ao novo estado patológico.

5. Fase terminal

Algumas das emoções que costumam surgir nesta fase são negação, raiva, depressão, isolamento, agressividade e medo da morte. Para o paciente cuidados paliativos são fornecidosEm outras palavras, a cura do paciente não é mais possível e busca-se que ele receba os melhores cuidados em sua transição para a morte. Para isso, é necessário atender às dificuldades psicológicas, administrar a dor e os sintomas físicos, oferecer suporte social, emocional e espiritual e promover estratégias de controle na terminalidade.

6. Morte

Quando a morte é iminente, surge a tarefa de acompanhar o paciente no processo de morrer e sua família na elaboração do luto, com o objetivo de prevenir um luto patológico. O psico-oncologista deve abordar as diferentes emoções que o paciente enfrenta ao se aproximar da morte, a fim de canalizar seus sentimentos, orientá-lo para encerrar suas pendências e aceitar sua nova realidade.

7. Duelo

O tratamento psicológico visa ajudar familiares e amigos diante da perda do ente querido, aceitando sua ausência, trabalhando as emoções e a dor que ela gera, para poder se adaptar à vida sem a pessoa falecida.

Como vimos, o trabalho do psico-oncologista é de fundamental importância para diminuir a ansiedade e a depressão que um elevado número de pacientes oncológicos e seus familiares apresentam, para apoiá-los em todas as fases da doença, conseguindo um melhor ajustamento, e menos sofrimento nesta situação difícil. batalha contra a doença.

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