Crônica jornalística: características, estrutura, tipos, exemplos - Ciência - 2023


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Crônica jornalística: características, estrutura, tipos, exemplos - Ciência
Crônica jornalística: características, estrutura, tipos, exemplos - Ciência

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o crônica jornalística é um gênero de jornalismo que consiste na narração de uma série de acontecimentos de forma ordenada e do início ao fim. Portanto, seu nome está relacionado ao termo grego chronos, que se traduz como "tempo". Em outras palavras, os eventos são expostos à medida que ocorrem.

Uma crônica jornalística pode ser informativa e ao mesmo tempo interpretativa. Isso porque o cronista, jornalista ou autor se torna testemunha dos acontecimentos para torná-los conhecidos. Ao mesmo tempo, o autor pode fornecer ao texto alguns insights pessoais para estar presente no que está acontecendo.

Em geral, as crônicas jornalísticas baseiam-se em temas de interesse jornalístico e, portanto, de grande público. Esse tipo de história pode ser de conteúdo político, econômico, social, cultural, artístico, religioso, esportivo, entre outros assuntos. Seu desenvolvimento implica a utilização de uma linguagem simples, precisa e direta.


Por outro lado, a crônica jornalística ganha espaço nos meios de comunicação de massa, especialmente televisão, rádio e jornais. É reconhecido pela forma detalhada, específica e cronológica com que detalha cada aspecto de um determinado evento em um determinado momento.

Características das crônicas jornalísticas

Uma crônica jornalística tem as seguintes características:

Autoria no site

O desenvolvimento de uma crônica jornalística se dá por meio da presença e do trabalho investigativo do jornalista ou cronista no evento exposto. O autor da crônica deve constantemente inquirir, explorar, verificar e questionar para relatar eventos precisos.

Estilo

Embora toda crônica jornalística se caracterize por ser simples e clara, também é verdade que sua narrativa e estilo estético dependerão em certa medida do autor; é ele quem lhe confere particularidade, originalidade e criatividade. A liberdade expressiva do cronista deve estar sempre orientada para informar.


Gênero misto

A crônica jornalística se distingue por ser um gênero misto dentro do jornalismo. Isso significa que, por um lado, informa e, por outro, expõe os julgamentos interpretativos do autor. Porém, a opinião do cronista é secundária, a maior importância recai sobre a qualidade da informação e como ela desperta o interesse do público.

Narração sucessiva dos eventos

Uma das principais características da crônica é a forma sequencial ou sucessiva com que relata os acontecimentos, tudo dentro de um tempo com ordem cronológica. Sem o traço da temporalidade, a crônica não existiria.

Estrutura

A crônica jornalística goza de liberdade expressiva e estilística, que se deve ao fato de o estilo ser marcado pelo autor. Este tipo de texto consiste em um título que pode ou não vir acompanhado de subtítulo e do corpo ou desenvolvimento.

O autor argumenta o que se observa no corpo da obra, enquanto sua opinião pode estar no início ou no final.


Precisão na narração dos fatos

Embora na crônica jornalística o autor possa expressar seu ponto de vista ou opinião, ele também deve manter a objetividade para que a informação seja dada a conhecer à medida que foi observada.

Do exposto, segue-se que a narração dos fatos deve ser feita com exatidão e precisão, ou seja, não se podem acrescentar elementos de ficção.

Exposição

A exposição da crônica jornalística pode ser feita oralmente ou por escrito. Em ambos os casos, deve-se informar o quê, como, quando, onde e quem participou dos eventos narrados. Além disso, deve haver depoimentos verídicos de pessoas que testemunharam a situação que se manifesta.

Estrutura

A crônica jornalística não possui uma estrutura específica, porém alguns autores costumam se pautar por um verbete, corpo e conclusão. Cada uma das partes que o compõem é brevemente descrita a seguir:

Entrada

O verbete de uma crônica jornalística geralmente consiste em uma frase curta ou um título que pode vir acompanhado de um prefácio e um subtítulo. Idealmente, a abertura desta variedade de textos deve ser precisa e envolvente de uma forma que desperte o interesse do público.

Por outro lado, o verbete da crônica é composto por um parágrafo curto e conciso que em termos jornalísticos se denomina chumbo. Na liderança, o público se localiza no quê, como, quando, onde aconteceram os acontecimentos e quem os protagonizou.

Corpo

O corpo é a parte da crônica jornalística em que o acontecido é relatado detalhada e sequencialmente. Nesta seção o autor expõe tudo o que tem investigado e argumenta com os depoimentos de quem participou dos acontecimentos.

O corpo da crônica deve narrar todos os fatos a partir da verdade, sem incorporar nenhum elemento de ficção e sem inventar dados. O autor ou jornalista deve usar uma linguagem culta, simples e de fácil compreensão.

Nesta parte da estrutura, o cronista pode expressar suas opiniões, mas sempre tendo em mente a importância da objetividade.

conclusão

A conclusão da crônica jornalística fundamenta-se na subjetividade do autor em relação aos acontecimentos narrados. Geralmente é um comentário que convida o público a refletir e se conectar com a realidade dos acontecimentos.

Embora seja opinião do cronista, é escrita ou apresentada oralmente na terceira pessoa do singular.

Tipos de crônica jornalística

A crônica jornalística pode ser de vários tipos, dependendo do conteúdo ou tema de que trata e também da intenção do autor.

- De acordo com seu tema ou conteúdo

Crônicas de eventos

Esse tipo de crônica trata de eventos relacionados à violência e atos criminosos, bem como eventos que têm a ver com catástrofes e acidentes. Esse tipo de texto jornalístico é conhecido como crônica de tribunais ou crônica negra.

É importante ressaltar que o jornalista ou autor deve ter cuidado em seu estilo para não transformar esse tipo de crônica em uma informação sensacionalista e sensacionalista.

Crônicas Políticas

As crônicas políticas contam com detalhes os fatos que dizem respeito ao campo político, seja em nível local, regional, nacional ou internacional. A cobertura de uma eleição presidencial pode ser mais do que notícia se o jornalista narrar todos os detalhes, fatos e curiosidades de tal evento no momento em que vai acontecendo.

Crônicas de esportes

Como o nome sugere, eles têm a ver com eventos do mundo dos esportes. O cronista se encarrega de investigar, detalhar e expor todas as informações, seja um jogo de beisebol, uma Olimpíada ou uma Copa do Mundo de futebol.

Society Chronicles

As crônicas da sociedade são aquelas que narram determinados eventos sociais, relevantes e de interesse do público. Um exemplo desses textos são as informações detalhadas e sucessivas de todos os dados de um casamento real.

Crônicas de viagens

Essa variedade de crônicas trata de contar de forma informativa todos os detalhes da experiência obtida em uma viagem. Nessa narração, o autor ou cronista compartilha com o público todos os detalhes do lugar que visitou, a comida, a bebida, os lugares, as paisagens, as pessoas, os hotéis, entre outros, tudo dentro de um tempo cronológico.

- De acordo com a intenção do cronista ou autor

Crônica informativa ou rosa

Como o próprio nome indica, esta crônica tem o objetivo de relatar uma notícia específica. No entanto, difere do noticiário pela sequencialidade e pelos detalhes com que narra os acontecimentos. É caracterizado por ser objetivo e não ser tendencioso.

Opinião ou crônica interpretativa

Nesse tipo de crônica, a informação compilada pelo autor é complementada com sua opinião e julgamentos de avaliação próprios. Além de narrar como os acontecimentos ocorreram, o cronista interpreta porque ocorreram. Aqui se destaca o estilo particular do jornalista para expor os acontecimentos.

Exemplos

- "O caso de Axel Lucero: rápido, furioso, morto." Autor: Javier Sinay. Postado em: A nação (Argentina, 2015).

- "Carta de La Laguna". Autor: Alejandro Almazán. Postado em: Gatopardo (México, 2013).

- "Exxon Valdez, uma mancha de 25 anos." Autor: Eduardo Suárez. Postado em: O mundo (Espanha, 2014).

- “Sáo Gabriel e seus demônios”. Autor: Natalia Viana. Postado em: Agência publica (Brasil, 2016).

- "O outro negro da Vox foi anteriormente comunista na Cuba de Fidel." Autor: Héctor Marín. Postado em: O mundo (Espanha, 2019).

- "Uma criança manchada de óleo." Autor: Joseph Zárate. Postado em: 5W (Espanha, 2017).

- "A batalha agridoce de dois povos costeiros na terra dos czares." Autor: Iván Bernal Marín. Postado em: The Herald (Colômbia, 2017).

- "Macondos ao vivo!" Autor: Iván Bernal Marín. Postado em: The Herald (Colômbia, 2011).

- "Crônicas de um despertar". Autor: Pablo Mardones. Postado em: O salto (Chile, 2019).

- "Longa busca: rescaldo da violência terrorista no Peru". Autor: Oscar Paz Campuzano. Postado em: O comércio (Peru, 2015).

Referências

  1. Crônica (gênero jornalístico). (2019). Espanha: Wikipedia. Recuperado de: es.wikipedia.org.
  2. Crônica jornalística. (S. f.). Cuba: EcuRed. Recuperado de: ecured.cu.
  3. Cáceres, O. (2019). Crônica jornalística, definição e exemplos. (N / A): Sobre o Español. Recuperado de: aboutespanol.com.
  4. Características da crônica jornalística, definição e estrutura. (2018). (N / A): Recursos. Org. Recuperado de: caracteristicas.org.
  5. A crônica jornalística. (2012) (N / A): Criação Literária. Recuperado de: creacionliteraria.net.