O que é ressentimento e como combatê-lo - Psicologia - 2023


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O rancor é uma emoção muito humana e, ao mesmo tempo, prejudicial. É um sentimento de hostilidade para com quem nos fez, a nosso ver, uma injustiça, digna de despedimento.

Essa emoção não só se torna crônica na forma de ódio por quem nos magoa, mas também nos traz desconforto, uma dor que aceitamos nos afetar, embora possamos encontrar uma solução.

Vamos ver o que é o ressentimento, o quão ruim ele nos causa e como podemos deixar de senti-lo, de forma saudável e socialmente adequada.

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O que é rancor? Características gerais

O rancor é, sem dúvida, uma emoção negativa. É, tomando sua definição mais literal e acadêmica, sentimento de hostilidade, ou grande ressentimento, por alguém que nos fez algum tipo de ofensa ou mal. Ou seja, aparece quando sentimos que alguém se comportou mal conosco.


Cada um leva as coisas à sua maneira. Onde alguns ouvem um comentário inocente, outros veem uma ofensa terrível, gerando muita raiva. Sentimo-nos magoados por qualquer coisa e, em vez de falar de coisas ou gerir o que interpretamos como injustiça, sentimos um ódio profundo por quem nos causou tanto sofrimento.

Essa emoção pode ser tão forte e tão ruim que, às vezes, pode nos desequilibrar, adoecer tanto física quanto mentalmente.. Estar obcecado por uma injustiça transforma nossa mente em uma prisão e, ao mesmo tempo, nos transforma em algozes. O ressentimento acumulado nos leva a nos comportarmos de forma muito contrária ao que somos, com vontade de nos vingar, perdendo o controle. Claro, isso pode nos tornar pessoas piores.

O ressentimento, tão natural quanto prejudicial

É normal que, quando sentimos que alguém nos tratou injustamente, sintamos emoções negativas, com ressentimento entre eles. O problema é que pode assumir o controle de nossas vidas, mudando radicalmente a forma como somos.


Como sugerimos, cada pessoa é única e considera as coisas de muitas maneiras diferentes. Por isso, em mais de uma ocasião, nos acontecerá algo que despertará essa emoção. Porém, Já que muitas vezes o ressentimento pode vir e quase nunca é benéfico, é necessário aprender a administrá-lo.

É preciso aprender que tudo muda, que há momentos em que nos acontecem coisas boas e outros em que nos acontecem coisas ruins. A vida é um fluxo constante em que nem sempre estaremos em uma nuvem. Se nos refugiarmos no ressentimento, em vez de buscarmos soluções para os danos que nos foram feitos, estaremos atiçando as chamas da amargura, do ódio, da tensão, dos maus sentimentos, dos sentimentos que não nos movem para frente.

O ressentimento, algo tão humanamente natural, é, ao mesmo tempo, muito prejudicial, uma arma perigosa que desequilibra nosso corpo e mente. Isso nos impede de aproveitar a vida. Faz com que as ofensas, sejam verbais ou de qualquer tipo, se tornem algo quase crônico em nossa mente. Um comentário que nos magoa, palavras que o vento já soprou, repetem-se continuamente nas paredes da nossa mente, como um eco numa caverna ...


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Para que serve?

Ficar odiando ou pensando repetidamente em algo que não existe mais não faz sentido. Como já dissemos, as palavras que o vento levou já não existem. Refletir continuamente sobre o dano que eles nos causaram, mas não aprender a administrar o dano que sentimos, que infligimos a nós mesmos com pensamentos tóxicos, é o verdadeiro problema. Você tem que deixar ir, de uma forma saudável e não prejudicial, essa dor.

Não podemos passar pelo mundo desejando mal aos outros. Parece óbvio, uma lição clássica da escola, família ou igreja. Desde muito jovens nos dizem que não faremos mal aos outros, mas, quando alguém nos faz isso, nos refugiamos na desculpa de "foram eles que começaram", "olho por olho, dente por dente. dente.

Mas, como disse Mahatma Gandhi, "olho por olho e o mundo acabará cego". Não podemos ferir aqueles que supostamente nos ferem, porque o ódio não é expulso por meio da dor. Isso continua e continua, podendo se materializar em uma espiral de violência física e verbal indesejável. O ódio deve ser extinguido com boas intenções e falado.


Então, para que serve o ressentimento? Realmente, muito pouco. É um obstáculo que atrapalha ao tentar restaurar um relacionamento. É o que interpretamos como uma ofensa que, com o passar do tempo e apesar de ter sido extinto, o mantivemos criogenizado em nossas mentes. É um problema, não uma solução, em nossas relações sociais. Enquanto houver ressentimento, o relacionamento não pode voltar a ser como era.

Como parar de guardar rancor

Como já comentamos, o ressentimento, embora uma emoção sem dúvida natural em todo ser humano, não é benéfico para nós. É por isso que não são poucas as pessoas que, apesar de estarem presas no ódio fervoroso, procuram fazer o esforço para escapar das garras terríveis desta emoção. O ressentimento nos fere, nos destrói física e mentalmente. Para isso, uma solução deve ser encontrada.

O primeiro passo é identificar corretamente esse sentimento. Não é a mesma coisa ficar com raiva de uma pequena briga com alguém, uma emoção que vai acabar, do que sentir a necessidade de se vingar do que ele fez a nós. Se a nossa imaginação não para de imaginar consequências terríveis para ele e suas ações, é claro que sentimos ressentimento.


Uma vez identificada a emoção, é necessário recorrer a uma ferramenta poderosa, mais poderosa do que qualquer vingança que possamos conceber: comunicação. Falar e expressar a essa pessoa por que ela nos aborreceu é uma boa tentativa de colocar o relacionamento nos trilhos. Perdoar é um ato pró-social, que ajuda a estabilizar nossas interações com os outros.

No entanto, se não for possível falarmos com a pessoa porque ela não quer ou não pode, podemos tentar desabafar, saudavelmente, com outra pessoa. Explicar o que aconteceu conosco pode despertar a empatia deles, algo que sem dúvida nos fará sentir apoiados.

Uma maneira extremamente vital de enfrentar a vida é aceitar o que aconteceu, desde que não seja terrivelmente sério. Às vezes a dor nos impede de aceitar coisas que já fazem parte do passado e que, como já dissemos, não adianta pensar nisso. Essa pessoa fez algo ruim para nós, é isso. Água expirada.


No entanto, aceitar não é sinônimo de perdoar. Além de aceitar o que aconteceu conosco, devemos tomar decisões e ações para melhorar a situação. Como já dissemos, a comunicação é fundamental, principalmente quando serve para consertar a situação e desabafar de forma saudável.

No entanto, se não houver maneira de consertar o dano que nos causou, seja porque você não quer ou porque não está ciente de suas ações, tentar nos separar dessa pessoa pode ser uma medida drástica, mas necessária. Em alguns casos, é melhor estar sozinho do que em más companhias.