Pluviofobia (medo da chuva): sintomas, causas e tratamento - Psicologia - 2023

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Pluviofobia, também conhecida como ombrofobia, é o medo persistente e intenso das chuvas e dos acontecimentos a elas relacionados (trovões, relâmpagos, etc.). É uma fobia específica de um estímulo ambiental, que pode ser causada por vários fatores.

Neste artigo veremos o que é pluviofobia, quais são algumas de suas principais características e quais estratégias podem ser utilizadas para seu tratamento.

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Pluviofobia: medo persistente de chuva

A palavra pluviofobia é composta pelo adjetivo "pluvial", que significa "relativo à chuva" (vem do latim "pluvialis"), e pela palavra "fobia", que vem do grego "phobos" e significa medo.

Assim, pluviofobia é o medo persistente e intenso da chuva e dos elementos que estão relacionados. É um medo que pode ocorrer durante a infância, embora também possa ocorrer na adolescência e na idade adulta.

Mas este não é o único termo usado para descrever o medo persistente da chuva. Um dos sinônimos de "pluviofobia" é o termo "ombrofobia", que mistura o grego "ombro" (significa "chuva") e a palavra "fobos".

Este último termo teve outras derivações. Por exemplo, existem espécies de plantas que não suportam muita exposição à chuva, por isso são chamadas de “ombrófobos”. Por outro lado, existe uma grande variedade de vegetação denominada “ombrofila”, devido à sua elevada resistência à chuva.

Características gerais deste transtorno

Enquanto o medo característico da pluviofobia é causado por um elemento ambiental (chuva), este pode ser considerado um tipo de fobia específica ao ambiente natural. A idade estimada para o desenvolvimento desse tipo de fobias é em torno dos 23 anos, sendo que o que mais ocorre é o medo de altura.

O estímulo percebido como prejudicial, no caso a chuva, pode gerar expectativas de perigos conscientes ou inconscientes. Ou seja, as pessoas podem responder com ansiedade ao estímulo mesmo quando ele se manifesta apenas indiretamente. Da mesma forma, quando ocorre em adultos, eles podem reconhecer que o estímulo em si não representa um perigo iminente; pelo contrário, quando ocorre em crianças, essa consciência geralmente está ausente.

A chuva, por sua vez, é um fenômeno atmosférico que resulta da condensação do vapor d'água localizado nas nuvens. Mas a chuva é um evento realmente ruim? Por que pode ser perigoso para algumas pessoas e não para outras? Quanto desconforto isso pode causar? Veremos algumas respostas mais tarde.

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Sintomas

Em geral, o medo associado às fobias é desencadeado pela exposição a um estímulo percebido como prejudicial. Este medo provoca uma resposta imediata de ansiedade, que implica em sinais e sintomas como taquicardia, hiperventilação, diminuição da atividade gastrointestinal, aumento da pressão arterial, palpitações, entre outros.

Todo o anterior ocorre como consequência da ativação do sistema nervoso autônomo, que é estimulado em situações de risco. Por outro lado, a resposta de ansiedade pode se manifestar por meio de nojo ou repulsa, desaceleração cardiovascular, boca seca, náuseas, tonturas e diminuição da temperatura corporal. Este último ocorre pela ativação de uma parte específica do sistema nervoso autônomo, conhecida como "sistema nervoso parassimpático".

Ressalta-se que a intensidade com que essas manifestações ocorrem depende em grande parte do grau de exposição ao estímulo que é percebido como prejudicial. Em outras palavras, a intensidade da resposta varia dependendo se a pessoa está observando a chuva de casa ou se precisa ser exposta diretamente a uma tempestade.

Da mesma forma, a intensidade da resposta pode variar de acordo com as características particulares do estímulo nocivo e associações relacionadas, e as possibilidades de fuga que pode apresentar (Por exemplo, pode variar se for uma chuva leve ou uma tempestade).

Além disso, uma fobia específica pode causar comportamentos secundários que impactam significativamente a qualidade de vida da pessoa, mas geralmente proporcionam um alívio momentâneo. Por exemplo, evitação em qualquer situação relacionada ao estímulo prejudicial. Também pode causar hipervigilância em relação a tais situações ou o aparecimento de comportamentos defensivos.

Causas Possíveis

De acordo com Bados (2005), fobias específicas podem se desenvolver em pessoas que não têm uma condição predisponente, mas que tiveram experiências negativas anteriores (direta ou indireta), que geram intensas reações de alerta. No caso específico da pluviofobia, o medo pode ser justificado por experiências anteriores relacionadas a tempestades, desabamentos arquitetônicos, inundações e outros desastres naturais.

Com isso, fobias específicas são produzidas por uma interação dessas experiências com outras condições como a vulnerabilidade biológica, psicológica e social da pessoa. Quer dizer, envolve suscetibilidade neurobiológica e habilidades de enfrentamento e suporte social da pessoa.

Além disso, dependendo das características particulares da interação mencionada, a pessoa pode aprender a responder com um medo desproporcional aos estímulos que ela associou a perigo ou risco.

Tratamento

Diante do exposto, o tratamento dessa fobia pode começar avaliando tanto o grau de ansiedade causado pelo estímulo, quanto as experiências negativas associadas e os tipos de vulnerabilidade de cada pessoa.

Os tratamentos mais pesquisados e usados para erradicar fobias são exposição ao vivo a situações temidas, modelo participante, exposição imaginal, dessensibilização sistemática e reprocessamento por meio de movimentos oculares. Cada uma dessas intervenções pode ter resultados eficazes, dependendo das características particulares da fobia sendo tratada.