Significado da filosofia grega - Enciclopédia - 2023


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O que é filosofia grega:

A filosofia grega ou filosofia clássica cobre o período de pensamento desenvolvido na Grécia Antiga desde seu período clássico (499 - 323 aC) até o período helênico (323 a 30 aC).

A palavra filosofia de origem grega foi cunhada pela primeira vez por Pitágoras e significa "amor à sabedoria" ou "amigo da sabedoria".

E por que a filosofia grega é importante? Porque forma a base do pensamento ocidental atual.

Características da filosofia grega

A filosofia grega se origina do período clássico da civilização grega antiga entre 499 e 323 AC.

O primeiro período é chamado de período cosmológico ou pré-socrático e é caracterizado pelo uso de pensamento racional Para resolver problemas sobre a natureza, isso significava usar a razão, pensamento, conhecimento e os sentidos, conhecidos como logotipos.

O segundo período da filosofia grega enfoca os problemas do homem, onde as idéias dos sofistas e de Sócrates são confrontadas.


O debate filosófico que caracteriza este período consiste na relatividade ou universalidade de conceitos como o bem e o mal.

Nesse sentido, os sofistas eram céticos e relativistas, afirmando que o bem e o mal, por exemplo, dependiam do ponto de vista de cada indivíduo. Por outro lado, Sócrates ensinou que esses conceitos não são relativos, mas absolutos, e que a verdade é alcançada por meio de um processo de questionamento e raciocínio.

A filosofia clássica lança as bases para o discurso político e lógico do pensamento ocidental, que se caracteriza pelo uso da retórica (sofistas) e da mayeutica (Sócrates).

Períodos da filosofia grega

A filosofia clássica é geralmente dividida em 2 períodos principais: o período pré-socrático e o período de Sócrates e os sofistas.

Período cosmológico ou pré-socrático

Os primeiros filósofos gregos são chamados cosmológicos, pois questionam os mistérios da natureza e do cosmos que antes eram explicados por meio dos mitos (mitologia grega).


Este período inicial da filosofia grega, também conhecido como filosofia pré-socrática, abrange os séculos 6 e 5 AC.

O objetivo principal era a busca do princípio primordial, único e universal a partir do qual todas as coisas foram geradas, a que chamavam arche. Essa busca foi feita por meio do conhecimento (logos), dando início ao pensamento racional.

A filosofia pré-socrática é dividida em 2 grandes escolas:

  • escolas monísticas (Século VI aC): sendo seus representantes mais importantes Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxímenes, Pitágoras, Heráclito de Éfeso, Xenófanes, Parmênides e Zenão de Elea.
  • escolas pluralistas (Século V aC): em que se destacam Empédocles, Anaxágoras, Leucipo e Demócrito.

Período dos sofistas e Sócrates

Durante a segunda metade do período clássico da Grécia Antiga, surgiram os sofistas e Sócrates (470 - 399 aC), o último discípulo de Anaxágoras. Este período é caracterizado por intensos debates sobre a percepção do conhecimento centrado no homem e não na natureza.


Os sofistas ensinam a usar a retórica para convencer e persuadir, pois tudo é relativo e depende da argumentação. Seus representantes mais proeminentes foram:

  • Protágoras: a quem a frase "o homem é a medida de todas as coisas" é atribuída. Ele era um consultor do rei Péricles e acreditava que tudo deveria ser socialmente útil.
  • Gorgias: afirmou que tudo é falso.
  • Antístenes: aluno de Sócrates, funda a escola cínica. Ele foi o professor de Diógenes de Sinope, um cínico proeminente.

Por outro lado, Sócrates discordava dos sofistas e afirmava que conceitos como bem, mal e justiça eram absolutos, chegando-se a eles por meio de um processo conhecido como "método socrático" que consiste em 2 etapas: ironia e maiêutica.

Esse processo ajudaria a expor as contradições e a gerar um argumento indutivo por meio do diálogo. Sócrates ensinou que uma vida sem perguntas é uma vida de ignorância e sem moralidade.

Discípulos de Sócrates

A evolução da filosofia grega é baseada nos ensinamentos de Sócrates por meio de seu discípulo: Platão (427 -347 aC). Platão funda após a morte de Sócrates em 387 AC. a Academia, instituição onde Aristóteles seria treinado.

Platão considera que a única coisa eterna e imutável é o mundo das ideias, tendo em conta a existência de 2 mundos: o mundo sensível, dos sentidos, e o inteligível, o das ideias. Use o "mito da caverna" para explicar como nossos sentidos nos enganam e escondem a verdade. Isso também é conhecido como idealismo platônico.

O último representante da filosofia grega como tal é o discípulo de Platão, Aristóteles (384-322 aC). Ele foi o professor de Alexandre o Grande em 343 aC. e em 353 aC. funda o Liceu. Aristóteles difere de Platão por incorporar ideias mais naturalistas, chegando à conclusão de que dependemos dos sentidos e da experiência para aprender. Isso também é conhecido como intelectualismo.

Além disso, Aristóteles cunhou o termo eudaimonia o que significa felicidade, que ele considerava o propósito de todo ser humano.

Outros discípulos de Sócrates fundaram escolas de pensamento na filosofia grega que também afirmavam que o objetivo final do homem era alcançar a felicidade. Dentre eles, podemos citar:

  • A escola cínica: fundada por Antístenes, despreza as convenções sociais e o material. Eles lutam para não serem escravos dos prazeres e acreditam na vida sem objetivos.
  • A escola de jardim: fundada por Epicuro em 306 AC afirma que a felicidade é alcançada pela ausência de preocupações, sem medo da morte e pelo prazer regido pela prudência.
  • A escola estoica: fundada por Zenão de Citio e influenciada pelos cínicos, afirma que a felicidade se encontra na aceitação do destino e do dever.
  • A escola cética: Pirro de Elis é influenciado pelos estóicos e afirma que a verdade não existe e a felicidade é encontrada na abstenção de julgamento, a apatia sendo o ideal.