GGT alto: sintomas, possíveis causas e características - Psicologia - 2023


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GGT alto: sintomas, possíveis causas e características - Psicologia
GGT alto: sintomas, possíveis causas e características - Psicologia

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É provável que em mais de uma ocasião nos tenham feito algum outro exame de sangue, seja para verificar os valores de elementos como colesterol, triglicerídeos ou açúcar no sangue ou antes da apresentação de algum tipo de sintoma que nos faça pensar na existência de uma doença específica (caso em que é realizada uma análise mais específica).

Graças a eles podemos chegar a detectar patologias muito diversas, observando por exemplo níveis alterados de lipídios, leucócitos ou mesmo algumas enzimas. Um exemplo disso ocorre quando temos alta gama glutamil transferase ou GGT, um indicador da existência de possíveis danos a órgãos como o fígado.

Ao longo deste artigo faremos uma breve dissertação sobre o que é e o que pode implicar ter GGT alto, bem como algumas condições que podem causar isso.


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O que é o GGT e quando começamos a tê-lo alto?

Recebe o nome de gama glutamyl transferesa ou GGT uma importante enzima presente em vários órgãos do corpo humano, com especial preponderância no fígado (sendo este o órgão em que se encontra em maior proporção), no coração e na vesícula biliar, mas também está presente em outros como os rins ou o cérebro.

Esta enzima tem como principal função metabolizam o principal antioxidante que nosso corpo fabrica, a glutationa, bem como transferi-lo para outros aminoácidos. Desta forma, contribui, entre outras coisas, para manter a saúde e a homeostase celular e fortalecer o sistema imunológico. Como já dissemos, faz parte de vários órgãos, podendo encontrar certos níveis dessa enzima no sangue.

Em geral, entre 0 e 30 ou entre 7 e 50 unidades por litro de sangue são considerados valores normais. Acima destes valores considera-se que esta enzima se encontra em nível elevado, o que indica a presença de danos em alguns dos referidos órgãos, basicamente nos três primeiros sendo o fígado o mais provável. O incremento geralmente é devido a um vazamento da enzima por meio de danos ou lesões a esses órgãos.


Como seus níveis são avaliados e avaliados?

Embora seja possível que isso não pareça gerar sintomas a princípio, é comum que o que gera altos níveis de GGT produza diferentes alterações.

Isso pode variar muito com base nas causas, mas os mais comuns são a presença de icterícia ou amarelecimento dos olhos e da pele, fraqueza, alterações na cor da urina e fezes (o primeiro tende a escurecer e o segundo a clarear), diminuição repentina do apetite, coceira na pele, desconforto e dor gastrointestinal, ou náuseas e vômitos, sendo indicadores da presença de danos que aconselham a realização do análise pertinente.

Avaliação dos níveis de GGT será feito através de um exame de sangue, geralmente após um período de tempo sem comer ou beber. Não é mais perigoso do que outros exames de sangue e, uma vez de posse da amostra, o exame é relativamente rápido de fazer.


Porém, apesar disso, deve-se observar que ter um GGT elevado não tem uma causa única identificável e seus níveis não servem como um indicador preciso de onde o dano pode estar. Por esse motivo, muitas vezes é necessário realizar análises complementares que avaliem outras enzimas.

Possíveis causas de alto GGT

Como acabamos de mencionar, existem vários motivos que podem nos fazer ter um GGT alto, muitas vezes exigindo análise dos níveis de outras substâncias para determinar a causa específico da referida alteração. Dentre as causas mais comuns de sua elevação acima do normal, podemos destacar as seguintes.

1. Hepatite

Os diferentes tipos de hepatite, que são inflamações do fígado que podem vir de causas tão variadas como infecção por vírus ou intoxicação alimentar, também têm sido associados à presença de alterações que facilitam o vazamento de GGT para o sangue, gerando aumento de seus níveis.

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2. Alcoolismo e cirrose alcoólica

O consumo excessivo de álcool e suas consequências no fígado são uma das possíveis causas que podem nos levar a ter uma GGT elevada, devido à existência de lesões por onde a enzima entra na corrente sanguínea. Um exemplo é encontrado na cirrose hepática alcoólica, em que o fígado degenerou de tal forma que tem uma grande quantidade de cicatrizes e função de órgão muito diminuída.

3. Diabetes mellitus

Outra condição que pode causar elevação dos níveis de GGT é o diabetes mellitus, independentemente de ser insulino-dependente ou não. O referido aumento geralmente ocorre principalmente naquelas pessoas que não seguem o tratamento ou as recomendações médicas, sendo comum nestes casos o aparecimento de lesões hepáticas. Felizmente, bom controle glicêmico evita que GGT suba.

4. Cistos e tumores hepáticos

Um motivo que também pode ocasionar um nível elevado de GGT no sangue é a presença de lesões hepáticas derivadas dos danos causados ​​por cistos e tumores, seja porque se trata de um tumor que aparece no órgão ou porque apesar de estar em outro local ele gera uma pressão ou compressão nele.

5. Consumo de drogas

Nem sempre a elevação da GGT se deve a uma doença, mas também pode ser derivada dos efeitos do consumo de certas drogas ou substâncias. Entre eles podem destacar alguns antibióticos ou medicamentos para tratar a epilepsia. Outro tipo de medicamento que pode causar GGT alta são os anticoncepcionais orais. Além disso, substâncias como o álcool ou fenobarbital (um barbitúrico, ansiolítico e sedativo) também causam elevação da GGT.

6. Bloqueio dos canais vesiculares ou hipoperfusão sanguínea

Além do exposto, existem outras doenças e lesões que podem fazer com que a emissão de GGT no sangue seja excessiva, e as causas podem ser encontradas em problemas na comunicação da vesícula biliar com o fígado ou a ausência de sangue suficiente atingindo a área. Também pode resultar de hemorragia interna.

7. Insuficiência cardíaca

Principalmente frequente na população idosa, a presença de problemas cardíacos, como a insuficiência cardíaca, também gera uma elevação da GGT, neste caso derivada não tanto do fígado mas do principal órgão do sistema cardiovascular.