Hidrografia da Argentina: rios, oceanos, águas subterrâneas - Ciência - 2023


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Hidrografia da Argentina: rios, oceanos, águas subterrâneas - Ciência
Hidrografia da Argentina: rios, oceanos, águas subterrâneas - Ciência

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o hidrografia da argentina É considerada uma das mais diversas da América do Sul, visto que possui uma grande variedade de rios, lagos, lagoas, lençóis freáticos e até campos de gelo. A localização deste país permite encontrar diferentes tipos de rios, desde os mais caudalosos até outros mais curtos e navegáveis.

A classificação dos rios no país vai depender do escoamento de suas águas. Portanto, estimam-se três tipos de bacias: a exorreica (que desemboca no mar ou nos oceanos), a endorreica (as fozes principais são rios e lagos) e, finalmente, as arreicas, cujos rios se perdem por infiltração ou outros fenômenos naturais.

Devido ao potencial hidrelétrico de várias dessas fontes, vêm sendo realizados projetos complexos onde os cidadãos do país, assim como as nações vizinhas, poderão se beneficiar no futuro.


Rios

Para entender o sistema de águas superficiais na Argentina, é necessário esclarecer que existe um sistema hidrográfico dividido principalmente em três áreas geográficas:

- Bacias Exorheic

Refere-se a tipos de rios que encontram uma saída para o mar ou oceano. Está subdividido nos seguintes elementos:

Encosta atlântica

Tem uma área total de mais de 3 milhões de km2, por isso é considerada a maior e mais importante do país. É composto por três sistemas principais:

Bacia do Prata

Inclui os rios mais importantes como Paraná, Uruguai, Paraguai, Salado, Iguaçu e Río de la Plata; esta última é a maior do país. Da mesma forma, esta bacia também compartilha territórios com Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai.

Sistema Central

Rios cuja drenagem é direta com o Atlântico, vindos principalmente de Buenos Aires.


Rios da Patagônia

Eles descem da Cordilheira dos Andes e fluem para a Terra do Fogo. Estima-se que suas inundações ocorram duas vezes ao ano: durante a estação das chuvas e também devido ao degelo da neve.

Alguns dos rios mais importantes que fazem este trajeto são o Rio Chubut, o Rio Santa Cruz e o Rio Negro.

Encosta do Pacífico

É uma pequena área formada por rios que vão desde a Cordilheira dos Andes até o Chile. A torrente mais importante desse sistema é o rio Futaleufú (também conhecido como Grande), cujo fluxo é alimentado por lagos glaciais e pelo rio Chubut.

- Bacias endorreicas

A principal característica dos rios que se enquadram nesta categoria é que deságuam em lagos, outros rios ou simplesmente evaporam. Estima-se que este sistema seja de vital importância para o país, visto que é a principal fonte de irrigação do interior.


Está subdividido nas seguintes áreas:

Bacia central

Composto por rios e nascentes do interior, constituídos por sua vez por três sistemas principais:

Sistema do rio Desaguadero

Diz-se também que é de natureza temporária, pois nas cheias as suas águas podem atingir o mar. Neste caso, o rio Desaguadero recebe as vazões de vários afluentes, como os rios San Juan, Mendoza, Tunuyán e Diamante e Atuel.

Vale ressaltar que nesta área foram construídas barragens para aproveitar o potencial da energia hidroelétrica, como a barragem Agua del Toro e a barragem Ullum.

Sistema Mar Chiquita

Localizada na província de Córdoba, esta lagoa recebe água do Rio Primero e do Rio Segundo. Além disso, parece se comunicar com o aqüífero Guarani, que fica a quase mil quilômetros do Atlântico.

Sistema do rio Quinto

Tem sua origem na Serra de San Luis e suas águas se comunicam com o subterrâneo do rio Salado. Em épocas de enchentes, o rio Quinto é capaz de servir como afluente da Bacia do Prata.

Bacia Pampa

Nesta área de planície existem cerca de 20 rios de menor escala, mas com grande valor hidrelétrico e de irrigação. Entre os rios mais importantes estão o Salí, Primero, Segundo e Salado del Sur.

Bacia andina

Estes nascem na Cordilheira dos Andes até que deságuam em lagos e lagoas. Em alguns casos, eles também encontram sua drenagem em outras fontes arraicas. Alguns rios mais importantes são: o rio Dulce, o rio Abaucán (ou também chamado Colorado del Norte) e o rio Bermejo.

No entanto, existem dois riachos que conseguem chegar ao Atlântico: o Rio Grande de Jujuy e o Rio Salado del Norte.

Bacias Arreicas

São rios cujo curso é difícil de seguir. Em alguns casos, eles são perdidos por evaporação ou infiltração. É comum ver esse fenômeno em áreas áridas como Chaco, La Pampa e Puna.

Oceanos

Entre os limites da Argentina estão o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, graças à sua conexão com o Canal de Beagle e com a Passagem de Drake.

Graças a isso e à variedade de seu clima, o país possui uma variada seleção de rios, lagos e lagoas com potencial para recreação e atividades econômicas e energéticas.

Lagos e lagoas

A grande maioria dos lagos da Argentina está localizada na Patagônia. Alguns deles são General Vitter, Buenos Aires, Pueyrredón, San Martí e Fagano, que também são compartilhados com o Chile.

Outros com igual importância são: Lago Argentino, Viedma, Nahuel Huapi, Colhé Huapi e os Musters.

No caso das lagoas, estas localizam-se em todo o território, embora parte delas acabe por evaporar ou mudar de estado por terem águas marinhas.

Águas subterrâneas

O aquífero Guarani é o maior do país e é compartilhado com outras nações como Brasil, Paraguai e Uruguai. Isso, além disso, o torna a principal fonte de água doce dessas regiões.

Também se destaca o aqüífero Puelches, que se estende por Buenos Aires, Córdoba e Santa Fé. Uma de suas características é que tem uma profundidade de até 120 m. Outros aquíferos que devem ser destacados são o Pampeano, Paraná, Ituzaingó, Salto e Salto Chico.

As águas subterrâneas são particularmente importantes nas zonas áridas, pelo que as encontradas nessa zona são cuidadas e devidamente controladas para posterior utilização, tanto para consumo humano como para a indústria.

Umidade

Um dos fatores que sem dúvida afetam o clima e a umidade do país são os ventos que vêm do Atlântico, do Pacífico e do círculo antártico.

As áreas com maior presença de umidade são aquelas encontradas no litoral de La Pampa e ao sul desta mesma área, também chamada de El Pampero.

Precipitação

O verão é a época em que ocorrem principalmente as chamadas chuvas torrenciais, cuja duração varia conforme a estação avança. Essas chuvas ocorrem especificamente nas áreas centrais e em partes do norte.

Por outro lado, na zona sul - em partes da Cordilheira dos Andes e no planalto patagônico - é possível encontrar nevascas, geadas e queda de granizo, principalmente nos meses de setembro e dezembro.

Referências

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