Descolonização na Ásia: história, causas e consequências - Ciência - 2023


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Descolonização na Ásia: história, causas e consequências - Ciência
Descolonização na Ásia: história, causas e consequências - Ciência

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o descolonização da ásia ocorreu principalmente entre 1945 e 1960, após a Segunda Guerra Mundial e a invasão japonesa das colônias. Os movimentos separatistas asiáticos surgiram do crescente sentimento nacionalista e da rejeição ao domínio europeu.

Em um clima marcado pela crescente importância dos direitos humanos, diversos líderes nacionalistas orientaram a criação de novos estados independentes. Na Indonésia, Sukarno liderou o movimento separatista e se tornou o primeiro presidente da República.

Na Índia, Gandhi e Nehru defenderam a independência de um único estado. Ao mesmo tempo, outro movimento liderado por Ali Jinnah defendeu a separação da Índia em dois territórios.

A descolonização foi um episódio pacífico em algumas colônias, enquanto em outras desenvolveu-se violentamente. O processo ainda levou a vários conflitos armados, como a Guerra da Indochina entre a França e o Vietnã.


A descolonização contou com o apoio dos EUA e da União Soviética. Instituições internacionais, como a ONU, também se posicionaram a favor da independência das colônias.

História

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão invadiu e ocupou as colônias europeias do Sudeste Asiático. Após a vitória dos aliados, o Japão foi forçado a deixar o território. As colônias foram recuperadas pelos estados europeus.

A guerra intensificou o sentimento nacionalista e a oposição à Europa colonial na região. Após a guerra, as Filipinas tornaram-se independentes dos Estados Unidos em 1946.

O Império Britânico, que depois da guerra não tinha meios para enfrentar suas colônias, optou por ceder o controle político de seus territórios, mantendo certas vantagens econômicas.

Em 1947, a parte inglesa da Índia se dividiu em duas, dando origem à Índia e ao Paquistão. A divisão causou violentos conflitos entre hindus e muçulmanos, causando entre 200.000 e 1 milhão de vítimas, além de intensos movimentos migratórios.


Entre 1950 e 1961, as partes francesa e portuguesa da Índia anexaram a Índia independente. Por outro lado, a Indonésia sofreu quatro anos de confrontos militares e diplomáticos. Finalmente, em 1949, a Holanda reconheceu sua independência.

Já a França enfrentou suas colônias na Guerra da Indochina (1946 - 1954). Em 1954, as Conferências de Genebra foram realizadas e o Vietnã foi dividido em Vietnã do Norte e Vietnã do Sul.

A França também reconheceu a independência do Camboja e do Laos, depois que ela foi proclamada em 1953.

Burma e Ceilão (agora Sri Lanka), entretanto, tornaram-se independentes do Império Britânico em 1948. Também em 1948, a Coreia, sob o domínio japonês, foi dividida em Coreia do Norte e Coreia do Sul.

Embora a fase mais intensa de descolonização tenha ocorrido durante o período do pós-guerra, alguns estados asiáticos, como Cingapura e Maldivas, alcançaram a independência a partir de 1960.

Outros territórios experimentaram uma descolonização ainda mais tarde. A Malásia, por exemplo, permaneceu sob o domínio britânico até 1957. O Catar não alcançou a independência até 1971 e Hong Kong esteve sob o controle do Reino Unido até 1997.


Figuras marcantes da descolonização da Ásia

Durante o processo de descolonização, vários foram os líderes que lideraram os movimentos de independência:

Mahatma Gandhi (1869 - 1948)

Um dos líderes do Partido do Congresso da Índia, que defendeu a independência da Índia como um estado único. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele liderou uma campanha de desobediência civil.

Mohammed Ali Jinnah (1876 - 1948)

Líder muçulmano que defendeu a independência do Paquistão. Ele presidiu a Liga Muçulmana, partido político da Índia britânica que defendia a criação de um estado muçulmano e um hindu.

Jawaharlal Nehru (1889 - 1964)

Outro dos líderes do Partido do Congresso da Índia. Nehru foi o primeiro primeiro-ministro da Índia independente, de 1947 a 1964.

Ho Chi Minh (1890 - 1969)

Em 1941 ele fundou a Viet Minh, uma coalizão a favor da independência do Vietnã. Em 1945, ele declarou independência da França e liderou a defesa contra a reocupação. De 1945 até sua morte em 1969, ele foi primeiro-ministro e presidente do Vietnã do Norte.

Sukarno (1901 - 1970)

Ele liderou o movimento de independência na Indonésia. Depois de proclamar a independência em 1945, ele se tornou o primeiro presidente da República.

Causas da descolonização

A expansão imperialista começou no final do s. XV. Durante séculos, os estados europeus se beneficiaram da exploração econômica das colônias. Eles também entraram em confronto entre si para ganhar e manter o controle.

Desde o início, as novas colônias resistiram ao domínio europeu. Prova disso é, entre outras, a rebelião indiana em 1857.

No entanto, por centenas de anos, a supremacia tecnológica da Europa foi suficiente para manter o controle das colônias. Com efeito, as grandes potências europeias possuíam, entre outras, medicina, infraestruturas e armas mais avançadas.

Movimentos de independência

Durante o primeiro semestre. No século 20, movimentos de oposição ao domínio da Europa Ocidental e em favor da independência foram desenvolvidos na região. Esses movimentos foram baseados nos ideais de democracia e soberania nacional.

Influência da Liga das Nações

Após a Primeira Guerra Mundial, a Liga das Nações concordou em guiar as colônias em direção à independência de longo prazo. Para fins práticos, o resultado foi que os Aliados ganharam o controle das colônias dos estados derrotados.

Antes do fim da Segunda Guerra Mundial, vários estados do Oriente Médio, como Iraque, Líbano, Síria e Jordânia, conquistaram a independência. Foi o início de um processo de descolonização que se espalhou pela Ásia.

No entanto, no final da Segunda Guerra Mundial, as potências europeias não estavam dispostas a desistir de suas colônias. Eles precisavam deles para acompanhar o crescente poder dos EUA e da União Soviética. Além disso, a escassez do pós-guerra os tornou dependentes dos valiosos recursos naturais desses territórios.

Emergência dos direitos humanos

A vontade de independência foi reforçada graças ao apoio de instituições internacionais, como a ONU. A crescente importância dos direitos humanos a nível internacional também promoveu decisivamente a descolonização.

Suporte de energia

O apoio das novas grandes potências no cenário internacional, os Estados Unidos e a União Soviética, foi outro dos fatores que contribuíram para fortalecer o processo de descolonização.

Consequências de descolonização

A descolonização em geral, e em particular no continente asiático, marcou uma mudança nas relações internacionais entre os Estados. Em contraste com o modelo colonial, os movimentos de independência formaram uma ordem política de estados individuais autônomos.

Alguns dos territórios recém-independentes sofreram intensos conflitos internos após o fim do domínio europeu.

Na Índia, por exemplo, houve massacres de populações locais. Na Birmânia, confrontos violentos ocorreram entre comunistas e separatistas.

Em 1955, a Conferência de Bandung foi realizada na Indonésia. Seu objetivo era consolidar a independência recentemente conquistada dos Estados africanos e asiáticos.

No evento, o colonialismo foi condenado e os desafios da nova soberania nacional foram examinados. Procurou promover a colaboração entre estados, em oposição ao colonialismo.

Referências

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  2. CVCE. O início da descolonização e a emergência dos estados não alinhados. Luxemburgo: Universidade de Luxemburgo. Disponível em: cvce.eu/en
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  5. Escritório do Historiador. Decolonization of Asia and Africa, 1945–1960. Departamento de Estado dos Estados Unidos. Disponível em: history.state.gov