Os homens são mais agressivos do que as mulheres? - Psicologia - 2023


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A Psicologia e a Criminologia têm se preocupado em investigar quais variáveis ​​psicológicas estão relacionadas ao crime.

Desta forma, sabemos, entre outros dados, que os jovens cometem mais crimes do que os adultos e os homens mais do que as mulheres. Isso significa que os homens são mais agressivos do que as mulheres?

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A agressividade é maior nos homens?

O crime feminino tem sido um campo de estudo esquecido. Da mesma forma, há muito tempo se sustenta que as mulheres, na prática dos crimes, assumem um papel passivo: cúmplice ou encobrimento.

Porém, o progresso social e a ascensão da mulher na sociedade fizeram com que esse ponto de vista fosse alterado, e hoje constatamos que nas prisões há um número crescente de mulheres, embora seja verdade que, apesar do aumento, nove em cada dez presidiários são homens.


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Crime e diferenças de gênero

Hoje sabemos que o crime é muito maior nos homens do que nas mulheres, mas os crimes das mulheres não param de crescer. A) Sim, sabemos que crimes cometidos por mulheres são menos violentos, mas são cada vez mais frequentes e cometidos por mulheres mais jovens (dados concluídos pelo Relatório Fontanesi do Conselho da Europa).

Com todos esses dados, nos perguntamos se é verdade que os homens são mais agressivos e, consequentemente, cometem mais crimes, ou se as mulheres foram socializadas de forma diferente, tiveram menos oportunidades de cometer crimes abertos e é mais influenciado pelas expectativas de gênero que dificultam a prática de atos criminosos e se, portanto, ao mudar esse panorama de diferenças entre os sexos, as mulheres igualam os homens em agressividade e delinquência.


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Diferenças inatas ou educacionais?

Não é uma questão fácil de resolver, mas pesquisas indicam que ocorre uma conjunção de aspectos biológicos e psicossociais que explicam porque os homens tendem a desenvolver comportamentos mais violentos.

Aspectos psicossociais da diferença na agressividade

Por um lado, podemos observar e verificou-se que na infância os meninos apresentam problemas de comportamento e agressividade com maior frequência, maior comportamento exploratório e jogar atividades mais duras.

No entanto, em culturas onde as diferenças na forma de educar meninos e meninas são reduzidas, existem diferenças menores na taxa de criminalidade por sexo. Além disso, como mencionamos, nos países ocidentais, a taxa de criminalidade feminina aumentou.

Por outro lado, os meninos na infância tendem a estar associados a grupos maiores em número de pessoas, o que leva a mais problemas de liderança do que em grupos femininos, que tendem a ser menores.


Além disso, não se deve esquecer que as mulheres têm sido mais socializadas para valorizar diferentes qualidades da vida social, como a honestidade e a prudência, fator inibidor do comportamento criminoso. Esta perspectiva indica a importância da socialização quando se trata de desenvolver comportamentos agressivos nos homens e inibi-los no caso das mulheres.

Fatores biológicos e genéticos

Do ponto de vista biológico, é preciso atender homens têm níveis mais altos de testosterona, que precipita a agressividade e níveis mais baixos de estrogênios, o que leva a menos agressividade. As influências hormonais no início da gestação masculinizam ou feminilizam o cérebro, condicionando as estruturas cerebrais, a concentração hormonal e os receptores.

Em parte por causa disso, a intensidade das respostas a certos estímulos é diferente em meninas do que em meninos, geralmente, os meninos respondem de forma mais agressiva em mais ocasiões. Este processo de masculinização ou feminização é ativado novamente durante a puberdade, com os homens apresentando maior receptividade à testosterona, à qual, se somadas certas dificuldades ou estresse, pode resultar em violência.

Portanto, apesar da existência de várias teorias e diferentes aspectos para explicar esta realidade, parece ser claro que existe uma influência biológica que torna o homem mais vulnerável ao desenvolvimento da violênciae uma conjunção de influências psicossociais que promovem ou inibem seu desenvolvimento.