Terapia de avaliação cognitiva Wessler - Psicologia - 2023
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Contente
- Terapia de avaliação cognitiva de Wessler: características
- Foco em psicoterapia
- Componentes psicológicos
- 1. A relação terapêutica
- 2. Atenção às emoções
- 3. Regras pessoais de vida
- 4. Manobras de busca de segurança
- Transtornos de personalidade em que é aplicado
- 1. Personalidade histriônica
- 2. Personalidade narcisista
- 3. Personalidade dependente
Terapia de avaliação cognitiva de Wessler Foi desenvolvido pelo psicólogo Richard Wessler e tem como foco o tratamento de diversos transtornos de personalidade.
Neste artigo conheceremos seus princípios e alguns de seus componentes mais importantes, bem como suas diretrizes para três transtornos diferentes: o histriônico, o narcisista e a personalidade dependente.
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Terapia de avaliação cognitiva de Wessler: características
A terapia de avaliação cognitiva de Wessler consiste em uma terapia de orientação cognitivo-comportamental, visa tratar transtornos de personalidade por meio de uma abordagem integrada.
Essa abordagem integra três tipos de processos: interpessoais, cognitivos e afetivos. Quer dizer, aborda aspectos cognitivos de si mesmo, dos outros e de situações, visto que considera que as cognições têm um papel essencial nas emoções e nas ações que realizamos. Mas o inverso também ocorre, ou seja, as emoções têm uma influência significativa em nossas cognições e pensamentos (essa ideia vem do modelo cognitivo de Aaron Beck).
Especificamente, a terapia visa fornecer ao paciente introspecção ou autoconhecimento que o ajude a se sentir melhor e a resolver suas próprias dificuldades por conta própria. Seu procedimento baseia-se principalmente em sugerir, encorajar e fornecer explicações para as ações do paciente.
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Foco em psicoterapia
A abordagem de Wessler para a terapia de avaliação cognitiva, como vimos, é integrativa. Além disso, a terapia começa com uma abordagem motivacional e assume que o comportamento é dirigido por emoções.
A terapia é baseada em teorias de aprendizagem social e terapia interpessoal, além de incluir elementos do construtivismo. Ele é projetado para tratar diferentes transtornos de personalidade de uma maneira específica.
Suas técnicas incluem componentes da Ellis Client Centered Therapy, Gestalt Therapy e TREC.
Componentes psicológicos
Alguns dos componentes mais importantes da terapia de avaliação cognitiva de Wessler são:
1. A relação terapêutica
Está deve ser caloroso e receptivo, bem como incluir autorrevelações adequadas pelo terapeuta. A terapia confere-lhe um valor essencial para que ocorra a mudança terapêutica.
2. Atenção às emoções
Terapia de Wessler dá valor especial às emoções; especialmente para vergonha e autopiedade.
Essas emoções podem ser utilizadas pelo próprio paciente para justificar seus atos, por isso é importante que o terapeuta forneça informações adequadas sobre sua natureza, para que o paciente assuma a responsabilidade por seus próprios atos.
3. Regras pessoais de vida
Esta é uma suposição essencial nesta terapia; Essas regras norteiam a pessoa em suas relações entre o cognitivo e o social, a ética e a moral, e, portanto, acabam norteando também seus pensamentos e ações.
A terapia de avaliação cognitiva de Wessler atende às regras pessoais de vida do paciente, com o objetivo de identificá-los e ajudar a modificá-los se estiverem distorcendo a realidade do paciente ou causando sofrimento.
4. Manobras de busca de segurança
São as ações que o paciente desenvolve e que produzem certas emoções; estes, por sua vez, acabam levando a uma sensação de segurança. Eles podem ser comportamentais ou interpessoais.
A terapia também se concentra neles, porque fornecem muitas pistas sobre como o paciente é, pensa e sente.
Transtornos de personalidade em que é aplicado
Como vimos, a terapia de avaliação cognitiva de Wessler trata diferentes transtornos de personalidade. Vamos ver como são suas suposições específicas em três distúrbios diferentes:
1. Personalidade histriônica
Veremos algumas das diretrizes que a terapia segue para esses tipos de pacientes.
Em primeiro lugar, é importante que o terapeuta se concentre em trabalhar com o paciente sem reforçar seu comportamento histriônico; Você pode fazer isso mostrando atenção e interesse no início do relacionamento terapêutico, e uma vez que o vínculo seja estabelecido (sendo este mais sólido), mude o foco para um mais empático.
Isso será feito refletindo os sentimentos que a pessoa realmente tem, em vez das emoções dramáticas que ela "interpreta" ou finge. Por outro lado, o terapeuta se concentrará em ajudar o paciente a ficar calmo, sem se deixar levar ou "arrastar" pelas histórias atraentes que o paciente conta.
As principais técnicas que o terapeuta utilizará com o paciente histriônico serão: autorrevelação, para que o paciente não perca o contato com a realidade; o reenquadramento das verbalizações do paciente e o uso do humor para esvaziar seu estilo melodramático.
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2. Personalidade narcisista
Para esses tipos de pacientes, será importante abordar o sentimento do paciente de ser capaz de exigir o que deseja dos outros, através da auto-revelação, com o objetivo de criar dissonâncias entre a versão da realidade do paciente (privada) e a versão do terapeuta, considerada socialmente adequada.
Esse ponto também será trabalhado estimulando o paciente a se sentir responsável por suas ações, aumentando sua autoconfiança e capacitando-o para que consiga alcançar o que propõe sem ter que tirar vantagem dos outros.
3. Personalidade dependente
No transtorno de personalidade dependente, a terapia de avaliação cognitiva de Wessler se concentra em encorajando esses tipos de pacientes a pararem de ser passivos e se concentrarem em agradar a si mesmos, em vez de tentar constantemente agradar e gostar dos outros. Esses tipos de objetivos podem ser definidos desde o início.
Outras técnicas serão estimular o paciente a correr riscos fora da terapia, a defender seus direitos (aumentando sua assertividade) e a tomar decisões por si mesmo, sem depender da aprovação de terceiros para fazê-lo.
Ou seja, o objetivo final será que o paciente aprenda a ser independente; desta forma, o terapeuta tentará fazer com que o paciente “seja seu próprio terapeuta”, aumentando sua autonomia e autodeterminação, e ajudando você a definir limites em seus relacionamentos pessoais.