15 animais da selva peruana (com fotos) - Ciência - 2023
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Contente
- Animais da Yunga do Peru
- Pau-da-rocha andino ou tunki (Rupícola peruana)
- Jaguar (Panthera onca)
- Macaco peludo de cauda amarelaLagothrix flavicauda)
- Macaco lanudo cinza (Lagothrix cana)
- Macaco-toco San Martín ou sagui-do-rio Mayo (Callicebus oenanthe)
- Urso de óculosTremarctos ornatus)
- Mutum-chifrudo de Sira (Pauxi unicornis koepckeae ou Pauxi koepckeae)
- Rato espinhoso (Isothrix barbarabrownae)
- Tigrillo (Leopardus pardallis)
- Animais da Amazônia Peruana
- Jacaré preto (Melanosuchus niger)
- Danta (Tapirus terrestris)
- Macaco-aranha de barriga branca (Ateles Belzebuth)
- CaitituTayassu Pecari)
- Sapo dardo venenoso de três listras (Ameerega trivittata)
- Cobra papagaio Machaco ou orito machacuy (Bothriopsis bilineata)
- Tatu-peludo ou quirquincho peludo (Dasypus pilosus)
- Referências
o animais da selva peruana eles correspondem à fauna diversa da América tropical da floresta amazônica e a yunga. No Peru existem 66 milhões de hectares de florestas tropicais com uma grande diversidade de animais.
A floresta amazônica é um dos biomas mais diversos do mundo, com uma fauna abundante. Já a yunga representa a selva de alta montanha andina, variando em suas encostas orientais e ocidentais.
A Amazônia peruana é uma selva de planície quente (80 e 400 metros acima do nível do mar), chamada de região de Omagua, uma das 8 regiões naturais do Peru. O yunga oriental é uma área úmida com floresta de nuvem de montanha, contém uma grande diversidade biológica e se estende de 500 a 3.600 metros acima do nível do mar.
Por sua vez, a yunga ocidental corresponde a uma área mais seca, apresentando floresta tropical seca e algumas áreas de floresta pacífica, hoje muito reduzida.
Na Amazônia peruana, estima-se que existam cerca de 257 espécies de mamíferos e 782 espécies de aves. No total, cerca de 1.700 espécies de animais foram identificadas apenas na chamada região de areia branca.
Enquanto na yunga oriental, a mais diversa das florestas andinas, apenas nos vertebrados existem cerca de 200 espécies. Ao contar as espécies de outros grupos de animais, especialmente insetos, nas selvas peruanas estes ultrapassam os milhares.
Animais da Yunga do Peru
Pau-da-rocha andino ou tunki (Rupícola peruana)
Esta espécie é a ave nacional do Peru, com um padrão de cores marcantes dos machos em preto e laranja ou vermelho escarlate. Especificamente, a cabeça, incluindo a crista, e o corpo são laranja ou vermelho escuro, as asas são pretas com uma faixa cinza e a cauda preta.
Esta ave é onívora, alimentando-se de frutas, insetos, pequenos répteis e roedores, pois habita as florestas nubladas andinas. Abrange a Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
Jaguar (Panthera onca)
O jaguar ou tigre americano é o animal emblemático das florestas tropicais da América, sendo o terceiro maior felino do mundo. É um animal venerado por todas as culturas indígenas das selvas americanas, incluindo o Peru.
Este carnívoro é o principal predador tanto na selva amazônica quanto na yunga oriental. Os machos têm mais de 150 kg de peso, com comprimento de quase 2 m, mais 75 cm de cauda.
O jaguar é o felino que proporcionalmente possui a cauda mais curta de toda a família. Seu pelo amarelo com rosetas pretas é característico, assim como os rastros que deixa no chão úmido da selva.
Macaco peludo de cauda amarelaLagothrix flavicauda)
Este primata é endêmico (exclusivo) da floresta nublada peruana e está em perigo de extinção. Inicialmente, pensava-se que estava restrito à região entre os rios Marañón e Huallaga, no norte do Peru, mas em 2019 foi detectada uma população na região de Junín.
Este macaco é caracterizado por ser relativamente grande, atingindo até 54 cm mais uma cauda preênsil de até 63 cm. Seu pêlo corresponde ao ambiente onde vive na floresta nublada com baixas temperaturas.
Nesse sentido é densa e longa, de cor marrom-avermelhada escura, com uma mancha esbranquiçada ao redor do focinho e até nos olhos. O nome vem do fato de que o terço terminal da cauda possui pelo amarelado.
Macaco lanudo cinza (Lagothrix cana)
A espécie é restrita ao Peru, Bolívia e Brasil, possuindo duas subespécies, das quais a subespécie tschudiié exclusivo do Peru. Este macaco vive na floresta nublada entre 1.000 e 2.500 metros acima do nível do mar e se caracteriza por sua densa pelagem cinza, com face e extremidades mais escuras.
Macaco-toco San Martín ou sagui-do-rio Mayo (Callicebus oenanthe)
Esta é outra espécie de macaco endêmica da selva peruana, neste caso da região de San Martín, no Alto e Baixo Rio Mayo e no Rio Huallaga. É um primata com cerca de 33 cm de comprimento e uma cauda um pouco mais longa que o corpo.
Possuem pêlo marrom avermelhado a acinzentado, exceto a cauda, que é avermelhada, sendo a parte externa das extremidades mais clara. As mãos tendem a ser quase pretas e em muitos casos têm o rosto branco.
Urso de óculosTremarctos ornatus)
A espécie é única em seu gênero, sendo endêmica das altas montanhas dos Andes tropicais e subtropicais. Vive principalmente nas florestas nubladas de alta montanha, embora ocasionalmente se aventure na jalca ou no páramo.
É um mamífero predominantemente herbívoro, alimentando-se de folhas, frutos, cascas e consumindo um baixo percentual de carne. É uma das espécies de ursos arbóreos, podendo subir bastante alto e até construir plataformas para dormir e armazenar alimentos.
Pesa cerca de 200 kg, mede até 2 m de comprimento, sendo preto com ornamentos brancos distintos. Estes variam do queixo e até mesmo do peito ao rosto ao redor dos olhos.
Mutum-chifrudo de Sira (Pauxi unicornis koepckeae ou Pauxi koepckeae)
Se é considerado uma subespécie de Pauxi Unicornis ou uma espécie diferente, este animal é endêmico do Peru. Especificamente, habita as colinas da Reserva Comunal El Sira, localizada no leste dos Andes peruanos.
Esta ave está ameaçada de extinção e é caracterizada pelo formato peculiar do chifre ou gorro na testa. O mesmo que Pauxi UnicornisÉ uma ave grande, com 90 cm de comprimento, de cor negra e com um chifre na testa.
No entanto, a forma do chifre é diferente, sendo elipsoidal e um tanto achatada, não alongada cônica.
Rato espinhoso (Isothrix barbarabrownae)
É um roedor arbóreo endêmico das florestas nubladas andinas do Peru, onde se alimenta de nozes e frutas. É aproximadamente do tamanho de um esquilo e tem pêlo marrom-acinzentado abundante.
Possui uma crista de pelos pretos na coroa e no pescoço, e uma longa cauda. Inicialmente é marrom, depois preto em sua maior extensão e termina em uma faixa branca.
Tigrillo (Leopardus pardallis)
Esta é uma das muitas espécies de felinos americanos de médio porte, com ampla distribuição. No Peru, é encontrada tanto nas selvas dos Yungas quanto nas da Amazônia.
Atinge até 1 m de comprimento, próximo a 45 cm de cauda e cerca de 50 cm de altura. Sua pelagem é muito distinta, pois além do padrão marrom-laranja e preto, faixas brancas são adicionadas às rosetas.
Animais da Amazônia Peruana
Jacaré preto (Melanosuchus niger)
Este jacaré é endêmico da bacia do rio Amazonas, podendo atingir 5 m de comprimento. É de cor preta opaca, com faixas cinzentas na mandíbula e esbranquiçado a amarelo pálido nas laterais do corpo.
É uma espécie que pode ser perigosa para os humanos e no passado era caçada pelo valor de sua pele.
Danta (Tapirus terrestris)
É um dos grandes mamíferos da selva americana, podendo atingir 2,5 m de comprimento, 1 m de altura e até 225 kg de peso. Apresenta uma cor castanha escura a cinzenta com uma pelagem muito curta, destacando uma crina preta densa mas curta.
Possui tronco curto, orelhas proeminentes arredondadas com bordas brancas e cauda muito curta (cerca de 10 cm). Move-se muito bem tanto em terra como na água, alimentando-se de plantas terrestres e aquáticas, bem como de frutas.
Macaco-aranha de barriga branca (Ateles Belzebuth)
Este grande macaco é endêmico das selvas do noroeste da América do Sul, do Peru à Venezuela. Ele está listado como uma espécie em extinção e é um macaco com membros longos em relação ao corpo.
Atinge até 59 cm de comprimento do corpo nas fêmeas, além de cauda de até 88 cm. Seu pelo é preto ou marrom escuro no dorso e claro ou branco na barriga, com uma marca branca distinta na testa.
Quanto à alimentação, alimenta-se principalmente de frutas, mas também inclui folhas, sementes e cascas.
CaitituTayassu Pecari)
Este animal possui ampla distribuição na América tropical, habitando uma grande diversidade de habitats. No Peru, é encontrada tanto na selva amazônica quanto nas Yungas, vivendo em rebanhos de 30 a mais de 100 indivíduos.
Alcançam até 1,4 m de comprimento, 60 cm de altura e 40 kg de peso e se alimentam de frutas, raízes e também de insetos. Possuem pêlo preto, cinza ou marrom abundante e espesso com uma faixa branca na borda superior dos lábios.
Sapo dardo venenoso de três listras (Ameerega trivittata)
Esta é uma das muitas espécies de rãs venenosas que habitam a Amazônia, pertencentes à família Dendrobatidae. A espécie é terrestre e desenvolve sua atividade durante o dia, alimentando-se principalmente de formigas.
É caracterizada por sua cor preta nas costas e nas laterais, e uma faixa verde brilhante na borda entre as costas e os lados. Da mesma forma, as extremidades são externamente verdes e internamente pretas, com manchas azuis escuras.
Essas rãs são chamadas de sapos de dardo ou ponta de flecha por causa do uso indígena de seu veneno para seus dardos e flechas.
Cobra papagaio Machaco ou orito machacuy (Bothriopsis bilineata)
É uma cobra extremamente venenosa, com o agravante de ser uma das poucas espécies arbóreas do gênero. Isso o torna ainda mais perigoso por causa do nível em que pode realizar seus ataques a humanos.
A espécie atinge um comprimento entre 70 e 100 cm e apresenta uma cor verde esmeralda pálida, com pequenas manchas amarelas no dorso. A parte inferior da cabeça é amarelo pálido com linhas pretas e alimenta-se de pequenos mamíferos que caça à noite por meio de emboscadas.
Tatu-peludo ou quirquincho peludo (Dasypus pilosus)
Esta espécie é endêmica do Peru, vivendo principalmente nas Yungas, embora também seja encontrada na Amazônia. Sua peculiaridade é seu rosto comprido e a presença de abundantes pelos castanhos acinzentados ou avermelhados emergindo das placas de sua armadura.
Referências
- León, B., Pitman, N. e Roque, J. (2006). Introdução às plantas endêmicas do Peru. Peruvian Journal of Biology.
- McHugh, S.M., Cornejo, F.M., McKibben, J., Zarate, M., Tello, C., Jiménez, C.F. e Schmitt, CA. (2019). Primeiro registro do macaco-lanoso peruano Lagothrix flavicauda na região de Junín, Peru. Oryx.
- Ministério da Agricultura e Irrigação (2016). Memória descritiva do mapa ecozônico. Inventário Nacional de Floresta e Vida Selvagem (INFFS) -Peru.
- Pacheco, V., Cadenillas, R., Salas, E., Tello, C. e Zeballos, H. (2009). Diversidade e endemismo dos mamíferos do Peru. Peruvian Journal of Biology.
- Universidade Peruana Cayetano Heredia. Centro de Estudos Pré-Universitários. As 11 Ecorregiões do Peru. (Postado em 12 de julho de 2020). upch.edu.pe
- World Wild Life (Visto em 08 de julho de 2020). Leste da América do Sul: encostas orientais dos Andes centrais no Peru. Retirado de worldwildlife.org
- World Wild Life (Visto em 08 de julho de 2020). Bacia do Alto Amazonas do Peru, Brasil e Bolívia. Retirado de worldwildlife.org