Significado do incesto - Enciclopédia - 2023
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Contente
- O que é incesto:
- Incesto na literatura grega
- Incesto na Bíblia
- Incesto na ciência
- Incesto em psicanálise
- Incesto em antropologia
O que é incesto:
Incesto é uma palavra que vem do termo latino incesto, que significa 'não casto'. Refere-se à prática de relações sexuais entre pessoas com um grau próximo de consanguinidade genética, o que constitui um tabu.
O incesto se refere principalmente às relações sexuais de pais com filhos, avós com netos, irmãos com irmãos e tios com sobrinhos. Em algumas culturas, pode abranger outros graus menos diretos de consanguinidade, como primos ou parentes distantes.
Esse tipo de relacionamento foi e é condenado em todas as culturas e atualmente é punível por lei em todas as nações. As exceções legais que se registram ao longo da história são fruto da conveniência dos negócios de Estado, para garantir a continuidade no poder de determinada família real.
Existem várias teorias que justificam a proibição do incesto. O interessante é que diferentes disciplinas ou abordagens coincidem neste ponto, como religiões, ciências e direito.
Incesto na literatura grega
O incesto tem sido uma preocupação constante nas culturas do mundo. Por este motivo, aparece retratado em muitas fontes literárias, religiosas e míticas, antigas e modernas. É o caso, por exemplo, da vasta literatura grega, em que o incesto é apresentado como conflito fundamental na Rei Édipo ou Electra, de Sófocles, bem como nas várias histórias míticas da antiguidade.
Incesto na Bíblia
Na Bíblia, o incesto é moralmente condenado, conforme expresso no livro de Levítico no capítulo 18. No entanto, algumas histórias do Antigo Testamento, que relatam a expansão do povo judeu, referem-se aos relacionamentos incestuosos como um recurso extremo para a procriação de descendentes. Um exemplo disso é a passagem em que as filhas de Ló o embebedam para engravidar e criar uma linhagem.
Incesto na ciência
Do ponto de vista científico, constatou-se que o incesto gera conflitos na herança genética, inconvenientes para o desenvolvimento da raça humana. O risco não é imediato, mas se torna visível com o passo geracional na transmissão de genes paralelos. Por esta razão, a ciência é a base da proibição legal do incesto.
Alguns estudos revelaram que exogamia, ou seja, as relações sexuais com pessoas fora do grupo familiar, é um instinto de sobrevivência da espécie.
Isso significa que os seres humanos são inconscientemente excitados pelas diferenças nos cromossomos, a fim de promover a imunidade da prole.
Nesse sentido, a ciência opta por defender a conveniência das relações exogâmicas e rejeitar as relações endogâmicas.
Incesto em psicanálise
A teoria da psicanálise, desenvolvida por Sigmund Freud, reflete sobre o problema do incesto, não apenas literal, mas simbolicamente. Para Freud, o incesto está presente nas relações humanas e no comportamento social, o que explicaria inclusive as formas como a violência histórica se manifestou.
Freud encontrou nos personagens da literatura grega os modelos arquetípicos das pulsões humanas, a partir dos quais definiu o complexo de Édipo e o complexo de Electra.
Incesto em antropologia
O antropólogo Lévi-Strauss acreditava ter encontrado a justificativa histórica para a proibição do incesto nas famílias e sociedades matricentrais. Além do componente instintivo de proteção genética, as famílias matricentrais encontraram a conveniência de incorporar os machos ao grupo familiar para economia prática e proteção.
Veja também:
- Tabu.
- Consanguinidade.