Flora e fauna do Brasil: espécies representativas - Ciência - 2023


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Flora e fauna do Brasil: espécies representativas - Ciência
Flora e fauna do Brasil: espécies representativas - Ciência

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o flora e fauna do brasil É a mais diversa do mundo, devido a sua grande extensão territorial e por estar localizada na zona intertropical. O Brasil é o quinto país do mundo em área com 8.500.000 km2, localizada no centro da América do Sul e seu território cobre a maior parte da bacia do rio Amazonas.

Por outro lado, neste país existe uma grande variedade de ecossistemas, incluindo a floresta tropical da Amazônia. Entre eles, a Mata Atlântica se estendia ao longo de toda a sua costa atlântica até o Paraguai e a Argentina e o Cerrado, uma extensa região de savanas localizada nos planaltos central e sudeste do país.

O Brasil ocupa o primeiro lugar em diversidade de plantas com mais de 40.000 espécies, e o primeiro em número de espécies de mamíferos (701 espécies). Ele também ocupa o primeiro lugar em diversidade de peixes com cerca de 4.000 espécies e o terceiro em pássaros com cerca de 3.000 espécies.


Em anfíbios, está em segundo lugar no mundo, com pouco mais de 1.000 espécies, e em répteis, é o quarto em diversidade. Várias espécies de plantas cultivadas têm origem nesta região do planeta, como a borracha (Hevea brasiliensis) e o copoazú (Theobroma grandiflorum).

Flora do brasil

Red Angelim (Dinizia Excelsa)

Esta árvore leguminosa é endêmica das florestas não inundáveis ​​da bacia do rio Amazonas, onde faz parte das árvores emergentes do dossel. É considerada a árvore mais alta da floresta amazônica e uma das mais altas do mundo.

Pode medir até 88,5 m de altura e 5,5 m de diâmetro na base do tronco. Possui contraforte grande até 5 m de altura e sua madeira é valorizada pela sua dureza e durabilidade.

Borracha (Hevea brasiliensis)

A borracha natural é extraída dessa árvore da família das euphorbiaceae, endêmica da bacia amazônica. Esse material usado na indústria, principalmente na fabricação de pneus, é obtido a partir do látex extraído do tronco da fábrica.


É uma árvore caducifólia de até 43 m de altura com folhas trifolioladas e flores masculinas e femininas separadas, sem perianto.

Copoazú (Theobroma grandiflorum)

Essa árvore, com 5 a 20 m de altura e 30 cm de diâmetro do tronco, é irmã do cacau (Theobroma cacao), ambos originários da Amazônia. Possui flores de estrutura complexa com pétalas e estames fúcsia, e frutos até 30 cm de comprimento, com numerosas sementes e polpa branca, doce e aromática.

É amplamente cultivada por seus frutos, cuja polpa é utilizada no preparo de refrigerantes, sorvetes e manteiga de copoazú. Esta planta é amplamente cultivada no estado do Pará, no Brasil, onde representa a fruta regional.

Jacarandá ou caroba (Jacaranda brasiliana)

Esta espécie nativa do Cerrado brasileiro pertence à família das bignoniaceae e possui folhas compostas com pequenos folíolos e flores roxas vistosas. É uma árvore caducifólia com 4 a 10 m de altura e tronco com diâmetro de cerca de 30 cm.


Lírio-d'água ou lírio-d'água-da-amazônia (Vitória amazônica)

É uma planta aquática da família das ninfáceas que habita os rios da bacia amazônica, sendo o nome sinônimo deVitória real. É uma erva enraizada com folhas circulares flutuantes de até 3 m de diâmetro com margens elevadas e pecíolos de até 8 m de comprimento.

Suas flores atingem até 40 cm de diâmetro, com numerosas pétalas inicialmente brancas e posteriormente rosadas.

Melocactus (Melocactus Conoideus)

É um cacto do tipo globoso, espinhoso e estriado, endêmico das savanas e áreas áridas do estado da Bahia, no Brasil. Leste Melocactus Atinge cerca de 15 cm de altura e 17 cm de diâmetro, produzindo flores rosa ou magenta em estrutura apical algodoada (cefálica).

Os frutos são semelhantes a uma pimenta ou chili, com cerca de 2 cm de comprimento e cor lilás. É uma espécie ameaçada de extração por seu uso ornamental.

MaconhaLecythis pisonis)

É uma árvore da família lecitidácea, parente da castanha-do-pará, com até 30 m de altura, que vive na floresta tropical. Produz flores roxas ou por vezes brancas com seis pétalas em cachos, os frutos são nozes lenhosas em forma de pote e quando maduros libertam uma tampa para libertar inúmeras sementes.

As sementes servem de alimento para a fauna silvestre e até são consumidas pelo homem, embora não sejam recomendadas devido ao seu teor de metais pesados. Diz-se que o nome da planta se deve ao fato de macacos jovens ficarem com a mão presa dentro do vaso.

Palo de Brasil ou Pernambuco (Caesalpinia echinata)

Esta espécie de leguminosa é endêmica da Mata Atlântica e é a árvore nacional do Brasil, podendo atingir até 15 m de altura. Seu tronco apresenta casca marrom que se descasca em manchas, revelando o subpêlo vermelho ou laranja.

Possui folhas e flores compostas em cachos, com 5 pétalas, sendo quatro amarelas iguais e uma amarela e vermelha mais estreita (padrão).

Palmeira butia (Butia spp.)

Este nome comum inclui várias espécies de palmeiras do gênero Butia endêmica da área tropical e subtropical do cone sul da América do Sul. A maioria das espécies habita o Brasil, todas com folhas compostas de até 3 m de comprimento, formando o tufo característico de palmeiras.

Existem espécies de caules subterrâneos como Butia campicola nativa do Cerrado. Bem como outros com hastes de até 12 m de altura, como Butia yatay, nativo das savanas do sul.

Sapucaínha (Carpotroche brasiliensis)

Esta árvore perenifólia é endêmica da Mata Atlântica, podendo atingir de 10 a 20 m de altura e diâmetro do tronco de até 40 cm. Produz frutos ovais com cerca de 12 cm de superfície nervurada, inicialmente verdes e depois pretos quando maduros com polpa branca e numerosas sementes.

Seus frutos são comestíveis, sua madeira também é aproveitada e de suas sementes extrai-se um óleo apreciado como medicamento para a lepra, por isso é conhecido como Pau de Lepra.

Fauna do brasil

Anaconda Verde (Eunectes murinus)

É a cobra mais pesada do mundo, atingindo até 70 kg e uma das mais longas, atingindo mais de 5 m, com pele verde oliva com manchas pretas arredondadas. A sucuri habita corpos de água doce, deixando o continente para descansar e se reproduzir.

Alimenta-se caçando peixes, pássaros, mamíferos e répteis, prendendo-os com suas mandíbulas enquanto se enrosca ao redor de seu corpo. Em seguida, ele aperta seus anéis à medida que a presa expira, até que sufoca e a engole inteira.

Tatu de três bandas (Tolypeutes tricinctus)

Este tatu vive nas regiões central e noroeste do Brasil, tanto nas selvas como nas savanas e arbustos. É o único tatu capaz de se enrolar totalmente em uma bola quase hermética, o que lhe permite confundir seus predadores.

Alimenta-se de insetos e seu corpo atinge 45 cm de comprimento e 1,5 kg de peso e a concha é articulada em três seções. A parte inferior do corpo e a parte interna das pernas são cobertas por pelos longos e foi o animal de estimação da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

Boto ou golfinho rosa (Inia geoffrensis)

É um mamífero de água doce endêmico das bacias dos rios Amazonas, Orinoco e Madeira, com corpo de até 2,55 m de comprimento e 185 kg de peso. Possui uma barbatana dorsal baixa mas muito longa, cobrindo do meio do corpo à cauda, ​​bem como barbatanas peitorais longas.

Sua coloração varia de cinza escuro quando jovem a rosa em adultos, e seu focinho é longo e estreito. Além do sistema biosonar (localização por repercussão do som) característico dos golfinhos, também possui uma boa visão.

Black jacaré ou jacaré preto (Melanosuchus niger)

É um jacaré endêmico da bacia amazônica que atinge até 6 m de comprimento e possui uma cor preta característica. Alimenta-se de peixes e também de grandes mamíferos como capivaras, veados e antas.

Arara-azul ou arado azul (Anodorhynchus hyacinthinus)

Esta arara é de cor azul índigo, com anéis amarelos ao redor dos olhos e na base do bico, que é preto. É endêmica para Brasil, Bolívia e Paraguai, com suas maiores populações no primeiro país.

É a maior arara com 70 a 105 cm de comprimento, envergadura de até 140 cm e peso de 1,7 kg. O seu bico extremamente forte serve para se alimentar de nozes e sementes duras, mas também de flores, frutos e folhas.

Jaguar (Panthera onca)

Este felino é o maior predador da América e vive em florestas tropicais, sendo o terceiro maior felino do mundo. Atinge 1,85 m de comprimento incluindo a cauda e peso entre 56 e 158 kg, com pelagem marrom amarelada com rosetas pretas.

É semelhante em aparência ao leopardo, mas maior e mais robusto, com manchas mais largas e uma cauda relativamente mais curta. No Brasil vive nos ecossistemas amazônicos, na Mata Atlântica e no Cerrado, entre outras áreas, sempre associada à presença de corpos d'água.

Sapo dardo venenoso ou sapo ponta de flecha (Adelphobates castaneoticus)

É uma das espécies de pequenas rãs da família dos dendrobatídeos que apresentam alcalóides venenosos na pele. É endêmica do estado do Pará no Brasil, sendo uma espécie terrestre, habitando o sub-bosque da floresta tropical.

Ele mal ultrapassa 2 cm de comprimento e sua pele é preta brilhante com manchas amarelas e laranja espalhadas. O nome de sapo venenoso ou ponta de flecha vem do uso indígena de seu veneno para flechas e dardos.

Mico-leão-dourado ou mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia)

É um macaco com abundante pêlo laranja-avermelhado brilhante, destacando uma profusa juba ao redor da cabeça. Este macaco sagui pesa cerca de 1/2 kg, com cerca de 26 cm de comprimento do corpo e uma cauda duas vezes mais longa.

É considerada em perigo de extinção, habitando apenas três áreas definidas do sudeste do Brasil na Mata Atlântica.

Anta ou anta (Tapirus terrestris)

É o maior mamífero terrestre da América do Sul, atingindo 2,5 m de comprimento, 110 cm de altura e 300 kg de peso. Possui uma pelagem curta marrom-escura, muito mais clara na direção da cabeça, com orelhas pontudas brancas e uma juba preta curta.

Possui tromba curta ou tromba e habita pântanos e florestas tropicais de todo o Brasil, alimentando-se de frutas e folhas.

Sagui pigmeu (Cebuella pygmaea)

O sagui-pigmeu é o menor macaco do mundo, chegando a pesar 100 gramas, corpo de 15 cm e cauda de 23 cm. Sua pelagem combina marrom dourado, principalmente na metade frontal, com preto e cinza na parte posterior, principalmente, com uma cauda espessa apresentando anéis pretos.

Este pequeno macaco vive no noroeste do Brasil na floresta amazônica e sua dieta inclui a seiva pegajosa de árvores, insetos, néctar e frutas.

Referências

  1. Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil. (Visto em 12 de junho de 2020). Disponível em: fauna.jbrj.gov.br
  2. Forzza, R.C., et al. (2020). Catálogo de plantas e fungos do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
  3. Jardim Botânico do Rio de Janeiro (2020). Flora do Brasil 2020 em construção. (Visto em 12 de junho de 2020) Disponível em: floradobrasil.jbrj.gov.br
  4. Paglia, A.P., Fonseca, G.A.B. da, Rylands, AB, Herrmann, G., Aguiar, LMS, Chiarello, AG, Leite, YLR, Costa, LP, Siciliano, S., Kierulff, MCM, Mendes, SL, Tavares, V. da C., Mittermeier, RA e Patton J.L. (2012). Lista comentada de mamíferos brasileiros / Lista de verificação comentada de mamíferos brasileiros. 2ª Edição / 2ª Edição. Occasional Papers in Conservation Biology, No. 6. Conservation International.
  5. World Wild Life (visto em 9 de junho de 2020). worldwildlife.org