Os 10 temas românticos mais comuns - Ciência - 2023


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o temas românticos caracterizam-se pela reivindicação da liberdade do artista, pela exaltação de emoções e sentimentos (contra o raciocínio do período anterior) ou pela busca de imaginação e criatividade.

O Romantismo é um movimento artístico e ideológico que teve início na Alemanha no final do século XVIII e durou até meados do século XIX. O termo "romantismo" é creditado ao poeta alemão Friedrich Schegel, que o usou para descrever a literatura "que expressa sentimentos de forma imaginativa".

Este movimento surge como uma reação contra as ideologias conservacionistas e ortodoxas das sociedades europeias.

O romantismo, como qualquer outro movimento artístico, rejeita os movimentos imediatos que o precederam, o neoclassicismo e o racionalismo francês, e se apropria de elementos de outros períodos artísticos. Nesse sentido, os artistas românticos buscaram imitar os gregos e romanos.


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Principais temas do romantismo

1 - Sentimentos e emoções

Sentimentos e emoções são um dos principais temas tratados no romantismo, que prevalecem sobre a lógica e os fatos. É por isso que os produtos do romantismo são um reflexo das emoções internas do autor.

2 - Imaginação

A imaginação foi a faculdade mais preciosa durante o período romântico, que prevaleceu sobre a razão, visto que era considerada a faculdade que nos permitia interpretar os símbolos que a natureza proporcionava.

3 - Inocência e sabedoria da infância

A infância é vista como a idade de ouro, enquanto a maturidade é o estágio de decepção, traição e corrupção. Os românticos foram os primeiros a usar as crianças como "indivíduos", idealizados como uma fonte de sabedoria proibida aos adultos.


Nos romances desse período, as crianças desempenham um papel importante, representando a inocência e a ambição dos autores românticos. Da mesma forma, as crianças refletem a fase da vida desprovida de "conflitos", o que se perde com a idade.

4 - Natureza

A natureza é um assunto de grande relevância no romantismo. Para os artistas românticos, a natureza é uma fonte de beleza e, da mesma forma, é o meio pelo qual o "espírito" do universo se manifesta.

Nas representações artísticas desse período, a natureza adquiriu diferentes conotações: às vezes, atribuí-se-lhe poderes de cura; em outros casos, foi fonte de inspiração e imagens.

Também poderia ser apresentado como um refúgio das construções artificiais da civilização, como a sociedade e a política. No entanto, o papel mais importante da natureza era o de representação dos estados de espírito do autor, assunto sobre o qual nos aprofundaremos no próximo ponto.


5 - Representação do “eu” através de elementos externos

O "eu" interno do artista é representado pelos elementos externos que o cercam. Nesse sentido, muitas vezes a natureza é o espelho no qual o artista se reflete. Por exemplo, uma noite escura e chuvosa pode representar uma alma atormentada; enquanto um riacho com pássaros esvoaçantes transmite uma sensação de paz e harmonia.

6 - Nostalgia

Esse movimento foi influenciado pela teoria da evolução e do uniformitarismo, que afirmava que "o passado é a chave do presente". Nesse sentido, as obras do romantismo refletem nostalgia do passado ou do que não poderia ser.

Em vez de valorizar o aqui e agora, os artistas da época valorizam mais os elementos e valores perdidos, bem como as realidades alternativas que estão além do seu alcance.

Parte dessa nostalgia pode ser vista no desejo de retornar às características da arte grega e romana.

Da mesma forma, os românticos perderam as sensibilidades da Idade Média e os elementos narrativos desse período; na verdade, a palavra "romantismo" vem do termo "romance", uma narrativa medieval em prosa ou verso que narrava eventos heróicos.

7 - Rejeição de sistemas absolutistas

Artistas românticos rejeitaram sistemas absolutistas como religião, política e filosofia.

Essa rejeição foi resultado da Revolução Francesa (1789), um movimento contra a aristocracia social e as normas políticas. Em vez disso, eles argumentaram que cada indivíduo deve criar seu próprio estilo de vida.

8 - Individualismo

No romantismo, o indivíduo é mais importante do que as sociedades. A consciência individual e, acima de tudo, a imaginação individual são temas marcantes na arte romântica. É por isso que as obras desse período são repletas de cenas de introspecção, que privilegiam o caráter individualista.

Curiosamente, muitos artistas se recusaram a expor suas obras nas grandes salas acadêmicas, reivindicando sua própria arte na forma de manifestos e obras de arte que quebraram os cânones anteriores.

Da mesma forma, artistas da época afirmavam que as experiências pessoais e individuais os levavam ao isolamento espiritual, o estado preferido para a produção de uma obra.

9 - Beleza

Em linhas gerais, o romantismo buscava refletir a beleza: por um lado, mostrava a beleza dos indivíduos por meio das emoções, pois a capacidade de sentir embeleza as pessoas; por outro lado, mostraram a beleza da natureza, usando-a como meio de expressão de sentimentos.

10 - Itens do dia a dia e exóticos

Os artistas desse período incluíram em suas obras elementos do cotidiano, como o folclore do país e personagens realistas, que usaram uma linguagem repleta de coloquialismos.

Ao mesmo tempo, foram incluídos elementos exóticos ou fantásticos que se opunham aos mencionados acima, dando origem a uma combinação paradoxal.

Da mesma forma, foram incorporados elementos góticos que inspiraram terror. Exemplos disso são: "The Legend of the Headless Horseman", de Washington Irving, "Frankenstein" de Mary Shelly e os contos dos irmãos Grimm.

Principais artistas do movimento romântico

  • Na literatura: os irmãos Jakob e Wilhem Grimm, famosos por seus contos fantásticos, se destacam; Johann Wolfgang Von Goethe, cujo romance "Young Werther's Troubles" é uma das maiores representações do romantismo; Mary Shelley, autora de Frankenstein; Víctor Hugo, autor de “Los miseráveis”; e os poetas John Keats (britânico) e Gustavo Adolfo Bécquer (espanhol).
  • Na pintura: William Turner e John Constable.
  • Na música: Beethoven, Joseph Villegas, Franz Schubert, Franz Liszt, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Hector Berlioz, Richard Strauss, entre outros.

Referências

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