Comunidade primitiva: origem, características, economia, educação - Ciência - 2023


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Comunidade primitiva: origem, características, economia, educação - Ciência
Comunidade primitiva: origem, características, economia, educação - Ciência

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Comunidade primitiva É o termo com que são chamados os primeiros modelos de sociedade ocorridos na pré-história. Este tipo de organização social se desenvolveu no período Paleolítico e foi o mais comum até que os humanos começaram a usar a agricultura no Neolítico.

A teoria marxista chamou esse tipo de comunismo de comunidade primitiva ou modo de produção primitivo devido às suas características. Assim, os seres humanos se organizaram em grupos cujas atividades principais eram a caça, a coleta e a pesca. Seu sistema econômico era baseado na cooperação, sem o conceito de propriedade privada.

Tanto as ferramentas de caça quanto os produtos obtidos foram distribuídos igualmente, pois era a melhor forma de sobreviver em um ambiente hostil. Essa auto-suficiência significava que não existiam classes sociais ou qualquer tipo de estado.


Os especialistas dividiram o estágio em que os seres humanos foram organizados dessa forma em duas fases diferentes: a da horda primitiva e a do regime gentio. O surgimento de novas atividades econômicas, principalmente a agricultura, levou o ser humano a se estabelecer em lugares fixos, a criar o conceito de propriedade privada e a hierarquia social.

Origem

Os primeiros seres humanos foram nômades que sobreviveram da caça e da coleta. Era um modo de vida que não garantia que eles pudessem se alimentar diariamente, já que eram totalmente dependentes dos recursos da natureza.

A situação melhorou um pouco quando começaram a fabricar as primeiras ferramentas. Os primeiros eram muito rudimentares, possivelmente uma pedra simples ou, mais tarde, lanças ou marretas. Esses primeiros utensílios foram usados ​​para melhorar a caça ou para a defesa.

Primeiras formas de relações sociais entre homens

Esses grupos humanos que viajam juntos podem ser considerados as primeiras comunidades sociais. Em sua origem, os especialistas distinguem dois períodos distintos: a horda primitiva e o regime gentílico.


O ser humano começou a fazer suas primeiras ferramentas durante o período da horda primitiva. Aos poucos foi se separando do reino animal e começaram as primeiras formas de produção. As relações entre os membros desses grupos eram de parentesco ou baseadas na reprodução. Eram comunidades muito isoladas, que raramente tinham contato com outras.

Para sobreviver, os componentes da comunidade tiveram que cooperar uns com os outros.Não havia, portanto, divisão social entre cada indivíduo. As ferramentas eram construídas quando necessárias e pertenciam ao grupo. Aos poucos, essas ferramentas foram refinadas e especializadas, o que levou a uma divisão incipiente do trabalho.

Por sua vez, durante o período do regime gentio, o ser humano estava completamente separado do reino animal. Foi então que a sociedade humana começou a se desenvolver como tal.

O período do regime gentio, durante o qual a separação do homem do reino animal termina e o desenvolvimento da sociedade humana como tal começa.


A base das comunidades durante o regime gentio era a família, a relação de sangue. No início, foi a linha materna que marcou o pertencimento à comunidade. Mais tarde, esse fator perdeu sua validade e as comunidades tornaram-se patriarcais.

Características gerais das comunidades primitivas

A comunidade primitiva era o sistema de organização social correspondente ao Paleolítico. Seu fim se deu com a Revolução Neolítica, quando o ser humano deixou de ser nômade, passou a utilizar a agricultura e trabalhos especializados.

Cooperação simples

As atividades produtivas dos primeiros grupos humanos eram a caça, a coleta e a pesca. Para que o resultado fosse suficiente para sobreviver, o grupo teve que manter uma atitude cooperativa.

O que foi obtido por cada grupo destinava-se exclusivamente ao autoconsumo, sem a existência de sobras ou, portanto, qualquer tipo de permuta ou troca de mercadorias.

Embora não houvesse especialização de trabalho, nem todos os membros do grupo executaram as mesmas tarefas. Essa divisão do trabalho baseava-se na idade, sexo e condição física de cada componente.

Sistema comunitário

O ser humano daquele período não concebia o conceito de propriedade privada. Tanto a terra quanto as ferramentas eram de propriedade comum.

O mesmo aconteceu com o que foi obtido nas atividades por eles praticadas, que foi distribuído igualmente, mas levando em conta as necessidades de cada indivíduo.

Ferramentas

As primeiras ferramentas usadas pela comunidade primitiva eram muito simples. A pedra era o material mais usado, seguido pelo osso ou madeira.

Modo de produção e economia

Os modos de produção são aqueles processos através dos quais os recursos ou bens econômicos são produzidos. Isso supõe uma intervenção humana, fator bastante limitado durante o Paleolítico.

Caráter social do trabalho

As comunidades primitivas praticavam diversas atividades econômicas. Os principais eram a caça e a coleta, a que se juntava a pesca nos ambientes que o permitiam. Com o tempo, os humanos começaram a dominar a agricultura e a domesticar alguns animais.

Nessa fase, com uma economia baseada na cooperação, ainda não havia divisão do trabalho além do sexo e da idade. A grande maioria da população realizava as mesmas atividades e era a comunidade que decidia o trabalho a realizar em cada momento e quem se encarregava de executá-lo.

Os bens obtidos serviam para consumi-los diretamente. Não houve sobras e, portanto, não houve comércio ou troca.

Distribuição de produção

A distribuição dos bens produzidos no período em que predominava a comunidade primitiva era determinada pela propriedade comunitária e pelo baixo desenvolvimento dos meios de produção.

Cada membro da comunidade recebeu uma parte do que foi produzido, sem levar em conta o trabalho realizado. Os bens eram bastante limitados e apenas o suficiente para cobrir uma existência precária.

Lei econômica fundamental da sociedade primitiva

Como observado, as comunidades primitivas tiveram que lutar continuamente para sobreviver. A mortalidade por doenças, fome e vida selvagem era muito alta.

Por essas razões, a única forma de garantir a sobrevivência era a comunidade, a própria comunidade. A produção não foi destinada a cobrir as pequenas necessidades individuais, mas para que o coletivo pudesse sobreviver.

Para conseguir isso, os seres humanos da época desenvolveram um sistema de propriedade comum, trabalho coletivo e distribuição igualitária.

Educação

Durante a pré-história, o ser humano esteve em constante relacionamento com a natureza. Ensinar como tirar o máximo proveito de seus recursos e evitar perigos foi essencial para sobreviver.

Essa educação foi realizada por imitação ou espontaneamente. Os jovens tentaram repetir o que viam no dia a dia e, aos poucos, começaram a caça, pesca e outras atividades comunitárias.

Além da já mencionada educação imitativa, a outra forma de adquirir conhecimento era a oral. Ambas as formas serviam para que as crianças fossem assimilando os costumes, religião ou ritos da comunidade.

Sociedade e classes sociais

A comunidade primitiva ou comunismo era composta de pequenos grupos de caçadores-coletores que cooperavam uns com os outros. Segundo Karl Marx, essa era a única forma de garantir sua sobrevivência em um ambiente de natureza hostil.

Por isso, segundo a filosofia marxista, esses seres humanos não conceberam que a terra ou os meios de produção pudessem ser propriedade privada. Por outro lado, o que Marx chamou de "propriedade privada geral" existia, como a consideração das mulheres como um tipo de propriedade sexual geral pela comunidade.

Relações sociais da comunidade

As próprias características dessas comunidades, como autossuficiência ou relações comunitárias, faziam com que as classes sociais não existissem. Da mesma forma, nenhum tipo de estado era necessário para regular a coexistência.

Com o tempo, esse sistema foi substituído pelo modo de produção escravo ou feudal, embora essa evolução dependesse da área do planeta e do tempo.

A família

As comunidades primitivas eram compostas por menos de 100 membros e ocorreram poligamia e poliandria. As primeiras moradias foram cavernas, embora com o fim da Idade do Gelo tenham começado a construir cabanas.

Nesse período, existiam três tipos diferentes de famílias: consanguíneas, formadas pelo casamento entre parentes próximos; a punalúa, em que as uniões eram entre pessoas próximas, mas não necessariamente aparentadas; e sindicalismo, casamentos entre casais, mas sem coabitação exclusiva.

Evolução para a organização por classes

No início, essas comunidades eram organizadas por meio de relações de parentesco. Com o aumento da produção, a propriedade privada começou a surgir e, como consequência, as classes sociais.

Essa transformação ocorreu com o surgimento da agricultura e da pecuária. A primeira divisão foi a separação entre comunidades pastoris e agrícolas.

O aumento da produção fez com que fossem gerados excedentes, ou seja, os bens produzidos eram superiores ao necessário para sobreviver. Grupos humanos começaram a comercializar esses excedentes trocando-os por outros produtos de que precisavam.

O aprimoramento das ferramentas fez com que nem todos os integrantes tivessem que se dedicar às atividades relacionadas à alimentação. Desta forma, alguns passaram a fazer artesanato, olaria ou tecelagem.

No nível organizacional, a maior complexidade desses grupos fez com que alguns membros, geralmente idosos, passassem a exercer funções de liderança. Esses líderes primitivos começaram a acumular mais recursos, ganhando poder e influência.

Por fim, surgiu a chamada família individual, cujos bens incluíam moradia, terra e gado.

Referências

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  2. Filosofia em espanhol. Regime da comunidade primitiva. Obtido em Philosophy.org
  3. Educando o humano. Comunidade primitiva. Obtido em educandoalhumano.over-blog.com
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