As 4 diferenças entre Biofeedback e Neurofeedback - Psicologia - 2023
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Contente
- Definição de ambos os conceitos
- Biofeedback: descrição básica
- Neurofeedback
- Principais diferenças entre biofeedback e neurofeedback
- 1. Nível de especificidade
- 2. Processos sendo trabalhados
- 3. Nível de complexidade
- 4. Dificuldades técnicas
Embora possam não ser um dos procedimentos mais conhecidos, o biofeedback e o neurofeedback são tratamentos que, aos poucos, estão desfrutando de aplicabilidade crescente em diversos distúrbios, tanto médicos quanto psiquiátricos. Essas são duas técnicas que geralmente estão intimamente associadas, sendo o neurofeedback um dos tipos existentes de biofeedback. Apesar disso, existem algumas diferenças entre os dois conceitos. Desta forma, vamos dedicar este artigo para falar sobre as diferenças entre biofeedback e neurofeedback.
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Definição de ambos os conceitos
Existem pequenas diferenças entre o neurofeedback e os outros tipos de biofeedback, mas antes de poder determinar quais são em primeiro lugar, é necessário fazer uma breve descrição de cada um desses conceitos.
Biofeedback: descrição básica
Biofeedback é conhecido como o conjunto de técnicas utilizadas em um nível terapêutico que baseiam sua operação em consciência dos processos biológicos e fisiológicos que nosso corpo realiza em diferentes situações-problema. Essa conscientização é realizada com o auxílio de diferentes procedimentos ou tecnologias, e pretende-se que a partir daí o sujeito possa não apenas reconhecer, mas também vir a controlar voluntariamente processos biológicos geralmente não conscientes.
Os principais objetivos desta técnica são adquirir controle sobre o sistema fisiológico, aprender a manter o autocontrole do referido sistema na ausência de biofeedback e generalizar o autocontrole.
O tipo de respostas ou elementos biológicos que podemos tentar regular por meio dessa técnica é muito variado e pode pertencer a praticamente qualquer sistema do corpo. Temperatura, atividade eletrodérmica, controle muscular, frequência cardíaca ou volume sanguíneo em uma determinada área são exemplos disso. Os instrumentos usados para sua medição também são altamente variáveis. Com base nos elementos medidos, podemos encontrar diferentes tipos de biofeedback, sendo o eletromiográfico um dos mais conhecidos (baseado na atividade dos músculos).
Tem sido utilizado com eficácia comprovada em diversos distúrbios e doenças, tais como problemas neurológicos, cardíacos, musculares, intestinais, respiratórios, dores crônicas, alergias ou problemas psicológicos como estresse ou ansiedade.
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Neurofeedback
Com relação ao neurofeedback, estamos enfrentando uma especialização em arte anterior que se baseia no controle da atividade eletrofisiológica do próprio cérebro. Ou seja, nesse tipo de biofeedback, o registro da atividade elétrica do cérebro é utilizado para treinar o sujeito em seu controle por meio de sua visualização.
As ondas cerebrais gravadas serão convertidas em um sinal que será usado para ensinar o controle dos padrões de atividade cerebral. É possível que seja mostrado ao paciente seu encefalograma diretamente ou que esse sinal seja previamente analisado e processado de forma que seja transformado em diferentes estímulos visuais (por exemplo, números) ou mapas topográficos do cérebro que permitem que as áreas sejam visualizado em 3D do cérebro e sua atividade.
Este tipo de biofeedback é muito útil para o treinamento em várias habilidades e para os pacientes observarem sua atividade cerebral em distúrbios ou problemas como insônia, epilepsia, TDAH, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático, problemas de memória, falta de controle dos impulsos, dificuldades de aprendizagem, afasias e outros problemas de linguagem ou níveis de ansiedade ou estresse. Também na paralisia e parestesia, distúrbios alimentares ou incontinência urinária.
Principais diferenças entre biofeedback e neurofeedback
Como vimos através de sua definição, biofeedback e neurofeedback são duas técnicas que apresentam um grande número de semelhanças, sendo o neurofeedback, na verdade, um tipo de biofeedback. Porém, têm uma série de características diferenciais isso poderia levar a separar os dois tipos de técnica. Dentre eles, destacam-se os seguintes.
1. Nível de especificidade
Uma das diferenças mais claras que se pode ver desde o início do artigo é o nível de especificidade de ambas as técnicas. O neurofeedback, também conhecido como biofeedback eletroencefalográfico, é um tipo específico de biofeedback que visa aprender a controlar os padrões de atividade cerebral. O termo biofeedback abrangeria este e outros tipos de biofeedback, sendo necessário especificar o tipo de informação biológica que vai funcionar.
2. Processos sendo trabalhados
Embora o objetivo do biofeedback e do neurofeedback seja ajudar os pacientes a aprender a controlar os processos inicialmente inconscientes de forma que esses processos não escapem ao seu controle e lhes causem danos, a verdade é que os campos de aplicação são um tanto diferentes uns dos outros.
Em geral, no nível do biofeedback, o trabalho costuma ser feito no nível do controle da atividade escolhida, ou seja, no aprendizado do controle da atividade respiratória ou cardíaca, por exemplo, ou do fluxo de sangue para certas partes do corpo. Isto Também pode ser usado em um nível psicológico para reduzir os níveis de ansiedade ou estresse, mas se aplica principalmente aos aspectos corporais.
No entanto, o neurofeedback tenta dar algum controle sobre o nível de ativação do cérebro. Embora isso inclua uma certa corporeidade, os aspectos sobre os quais vão afetar principalmente são principalmente mentais, devendo controlar a ativação mental para poder introduzir mudanças no padrão cerebral.
3. Nível de complexidade
Outra possível diferença entre o neurofeedback e outros tipos de biofeedback ocorre no nível de complexidade envolvido na medição e uso da técnica. E é que embora o controle muscular ou mesmo respiratório seja um conceito que não é estranho e é fácil visualizar como realizá-lo (embora possa ser mais complexo do que parece), o mesmo não acontece quando falamos de padrões. da atividade cerebral. Não estamos acostumados a tentar exercer algum controle sobre esse órgão, e pode ser um tanto abstrato entender que certas formas de agir correspondem ao estímulo que nos é apresentado.
4. Dificuldades técnicas
A complexidade acima mencionada pode não só seja prático, mas também metodológico. E é que registrar corretamente a atividade encefalográfica e também apontar as áreas responsáveis por ela apresenta mais dificuldades do que registrar outros tipos de atividades, embora atualmente haja cada vez mais conhecimento de mapeamento e conhecimento do funcionamento cerebral.
Também deve ser levado em consideração que a atividade necessária para ativar certas reações cerebrais em cada cérebro pode variar muito com base na configuração do nervo ou mesmo a personalidade do paciente.