O que é pedagogia hospitalar? - Ciência - 2023


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o pedagogia hospitalar tem função compensatória; oferece a formação e a ajuda que a criança não pode receber, por motivos médicos, na escola junto com todos os seus colegas.

Cabe, pois, aos professores responsáveis ​​pelas salas de aulas hospitalares que, adaptando-se às necessidades individuais de cada criança, utilizando metodologias e infra-estruturas diferentes das de uma sala regular de um centro público ou privado, são os que leccionam em hospitais.

São eles que dão à criança hospitalizada a possibilidade de continuar aprendendo, para que a incorporação à escola e à rotina, após a sua recuperação, seja o mais positiva, agradável e rápida possível.

Neste artigo iremos definir o que são “salas de aula hospitalares”, qual o papel dos seus professores, como é o seu funcionamento na atualidade e qual é a utilização das TIC na pedagogia hospitalar.


Quais são as salas de aula de pedagogia hospitalar?

As salas de aula do hospital são as unidades escolares localizadas nos hospitais. Estes têm a função de atender às necessidades educacionais das crianças hospitalizadas que são amparadas pela Lei sobre a integração social das pessoas com deficiência.

A função dessas salas é atender e apoiar, desde a esfera educacional, as crianças que ficam internadas por um determinado período de tempo. Essa receita pode ser decorrente de diversas doenças como, por exemplo: distúrbios psicológicos, fratura óssea, operações diversas, entre outras.

Podemos caracterizar estas salas de aulas como locais agradáveis ​​que possuem infraestruturas abertas, alegres e flexíveis para ir ao encontro das necessidades de todas as crianças, para além de se encontrarem num ambiente tranquilo, agradável e estável.

Porém, como em qualquer processo educacional, as salas de aula dos hospitais também propõem objetivos prioritários que devem ser alcançados durante sua atuação. Alguns deles são, por exemplo, os seguintes:


  • Propor atividades de acordo com as circunstâncias e necessidades da criança.
  • Integrar a criança no nível educacional a que corresponde.
  • Mantenha contato direto com o centro de onde o aluno vem.

Em suma, a função da sala de aula de um hospital é evitar as consequências negativas que a internação de uma criança pode gerar.

Portanto, a partir da literatura, aponta-se que do ponto de vista psicológico, a função das salas de aula hospitalares é apoiar psicologicamente a recuperação física da criança, apresentando, para isso, uma visão terapêutica, visto que a criança pode tornar-se sociável, entre muitos outros benefícios.

O que os professores fazem nas salas de aula do hospital?

Os professores que lecionam em salas de aula de hospitais são caracterizados como pessoas sensíveis e calorosas que desempenham sua função nesses contextos. Sua principal função é atender às necessidades apresentadas pelas crianças.


Essas necessidades podem começar no mesmo momento em que a própria influência da doença afeta o humor da criança, causando ansiedade, desmotivação e tédio, entre outros.

Além disso, deve promover um clima ideal onde ocorra a troca de experiências entre as crianças que frequentam a sala de aula. Desta forma, irá tornar a sua estadia momentos agradáveis, evitando a possibilidade de perder a presença de algumas pessoas que pertencem ao seu contexto mais próximo, como os seus pais.

Por isso, cabe ao professor estabelecer uma relação positiva com a família, onde haja uma boa comunicação, contínua e permanente, uma vez que a família deve relatar o nível da criança e obter informações sobre a evolução da criança.

Como é a metodologia de trabalho?

As metodologias de trabalho em salas de aula hospitalares são diferentes daquelas normalmente utilizadas em qualquer sala de aula normal. Porém, algo fundamental é que, em todos os momentos, seja necessário ter as condições físicas dos alunos.

Sua saúde é fundamental, pois se você estiver bem pode viajar até o local, aprender e se divertir. Ao contrário, seria necessário adaptar-se a outra metodologia de trabalho para que o professor desloque o estágio da criança para a sala em que ela está internada.

Flexível e individualizado

Em primeiro lugar, devemos destacar que a metodologia deve ser flexível e individualizada, partindo dos interesses e saberes da criança. Levando em consideração a situação física da criança, como já mencionamos anteriormente, uma ou outra metodologia será realizada.

Atividades em grupo

Em segundo lugar, a metodologia inclui atividades em grupo, na maioria das vezes, porém, podem ser trabalhadas individualmente, levando-se em consideração as características da criança em questão, uma vez que existem doenças que devem manter o pequeno isolado.

Calendário

Terceiro, o horário das atividades está sujeito ao calendário escolar regular e a realidade do hospital é adaptada.

Recursos materiais

Quarto, os recursos materiais usados ​​também são iguais aos usados ​​na escola. São, por exemplo, mesas, cadeiras e quadros negros, entre outros.

avaliação inicial

Por fim, em quinto lugar, a avaliação deve ser iniciada antes de realizar a intervenção educativa. A criança deve fazer uma avaliação inicial para saber em que nível ela começa e como devemos agir para oferecer ajuda.

No entanto, esta não será a única avaliação que se realizará, pois durante o processo será realizada uma avaliação contínua que terá em consideração os resultados que a criança está a obter.

Terá um caráter observacional, uma vez que será avaliado o trabalho que a criança está fazendo. E, também, será realizada uma avaliação do programa para propor melhorias, levando em consideração os benefícios que trouxe para a criança e as dificuldades que sua implementação acarretou.

A situação atual das salas de aula do hospital

Actualmente, as salas de aulas hospitalares, que surgiram para dar resposta às necessidades colocadas pela sociedade numa altura em que as crianças estiveram há muito tempo hospitalizadas, são locais essenciais nas infra-estruturas de um hospital.

Por isso, existem inúmeras salas de aula de hospitais que se distribuem por hospitais espanhóis, e cada uma funciona de forma diferente. Porém, os objetivos e a metodologia de trabalho costumam ser semelhantes, já que no início do curso toda a equipe docente deve se reunir para estabelecer os objetivos que serão perseguidos durante o curso.

A possibilidade de realizar um bom projeto para crianças hospitalizadas inclui outros fatores, que já discutimos anteriormente, a família e o estado de saúde em que se encontram. Esses fatores influenciam na recuperação da criança e, por sua vez, também impactam na possibilidade de a criança frequentar a sala de aula do hospital com atitude positiva ou negativa.

Os pais podem influenciar o humor dos filhos e, da mesma forma, estimular sua participação no jogo e nas atividades propostas para continuar aprendendo fora da rotina da sala de aula.

No entanto, existem situações em que os pais exercem uma influência negativa, uma vez que a superproteção pode desempenhar um papel importante gerando a rejeição da criança a esses lugares, uma vez que se sente impotente.

Atualmente, os grupos que atendem as salas de aula dos hospitais são crianças:

  • Internação curta: permanência inferior a quinze dias.
  • Estadia média: entre quinze dias e um mês.
  • Longa hospitalização: mais de um mês.
  • Cuidada durante o dia.
  • Na sala.

Portanto, atendendo a esses grupos, devemos apontar que o projeto educativo realizado no centro infantil deve ser realizado. Por este motivo, o professor da sala de aula do hospital deve manter aquele contato que é necessário com a escola de onde a criança vem.

Por meio de ferramentas como as TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), eles recebem continuamente informações oportunas para apoiar a criança. E é nessa troca de informações que o trabalho dos pais deve ser dado para aumentar esse contato e apoiá-lo.

O uso de TIC em salas de aula de hospitais

A utilização dessa ferramenta, como recurso, implica na eliminação das barreiras enfrentadas pelas crianças hospitalizadas que não podem ir às salas de aula do hospital por vontade própria.

A utilização das TIC implica abrir as possibilidades a três fatores relevantes: o acadêmico-formativo, o psicossocial e a comunicação. O uso de novas tecnologias por meio de recursos computacionais como computadores e tablets implica na possibilidade de normalização na vida das crianças.

Bibliografia

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