Estrutura Interna da Terra: Camadas e suas Características - Ciência - 2023
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Contente
- Camadas da Estrutura Interna da Terra
- 1 - A crosta
- crosta continental
- Crosta oceânica
- 2 - Manto
- Manto superior
- Manto inferior
- 3 – Núcleo
- Núcleo externo
- Núcleo interno
- Referências
o Estrutura interna da Terra ou geosfera, é a capa que abrange desde as rochas da superfície até as áreas mais profundas do planeta. É a camada mais espessa e que abriga a maior parte dos materiais sólidos (rochas e minerais) da Terra.
À medida que o material que formava a Terra ia sendo depositado, as colisões das peças geravam intenso calor e o planeta passava por um estado de fusão parcial que permitiu que os materiais que o formam passassem por um processo de decantação por gravidade.
As substâncias mais pesadas, como o níquel e o ferro, deslocaram-se para a parte mais profunda ou núcleo, enquanto as substâncias mais leves, como oxigênio, cálcio e potássio, formaram a camada que circunda o núcleo ou manto.
Conforme a superfície da Terra esfriou, os materiais rochosos se solidificaram e a crosta primitiva foi formada.
Um efeito importante desse processo é permitir que grandes quantidades de gases escapem do interior da Terra, formando gradativamente a atmosfera primitiva.
O interior da Terra sempre foi um mistério, algo inacessível porque não é possível perfurar até o seu centro.
Para superar essa dificuldade, os cientistas usam os ecos originados por ondas sísmicas de terremotos. Eles observam como essas ondas são duplicadas, refletidas, atrasadas ou aceleradas pelas várias camadas da Terra.
Graças a isso, hoje, temos uma ideia muito boa sobre sua composição e estrutura.
Camadas da Estrutura Interna da Terra
Desde o início dos estudos do interior da Terra, diversos modelos foram propostos para descrever sua estrutura interna (Educativo, 2017).
Cada um desses modelos é baseado na ideia de uma estrutura concêntrica, composta por três camadas principais.
Cada uma dessas camadas é diferenciada por suas características e propriedades. As camadas que constituem a parte interna da Terra são: a crosta ou camada externa, o manto ou camada intermediária e o núcleo ou camada interna.
1 - A crosta
É a camada mais superficial da Terra e a mais fina, constituindo apenas 1% de sua massa, está em contato com a atmosfera e a hidrosfera.
99% do que sabemos sobre o planeta, sabemos com base na crosta terrestre. Nele ocorrem os processos orgânicos que dão origem à vida (Pino, 2017).
A crosta, principalmente nas áreas continentais, é a parte mais heterogênea da Terra, e sofre mudanças contínuas devido à ação de forças opostas, endógenas ou construtoras de relevo, e exógenas que a destroem.
Essas forças ocorrem porque nosso planeta é composto de muitos processos geológicos diferentes.
Forças endógenas vêm de dentro da Terra, como movimentos sísmicos e erupções vulcânicas que, à medida que ocorrem, vão construindo o relevo da terra.
Forças exógenas são aquelas que vêm de fora, como vento, água e mudanças de temperatura. Esses fatores corroem ou desgastam o relevo.
A espessura da crosta é variada; a parte mais espessa fica nos continentes, sob as grandes cordilheiras, onde pode chegar a 60 quilômetros. No fundo do oceano, mal ultrapassa os 10 quilômetros.
Na crosta existe uma base rochosa, composta principalmente por rochas sólidas de silicato, como granito e basalto. Existem dois tipos de crosta: crosta continental e crosta oceânica.
crosta continental
A crosta continental forma os continentes, sua espessura média é de 35 quilômetros, mas pode chegar a mais de 70 quilômetros.
A maior espessura conhecida da crosta continental é de 75 quilômetros e é encontrada sob o Himalaia.
A crosta continental é muito mais velha que a crosta oceânica. Os materiais que o compõem podem remontar a 4.000 anos e são rochas como ardósia, granito e basalto e, em menor proporção, calcário e argila.
Crosta oceânica
A crosta oceânica constitui o fundo dos oceanos. Sua idade não chega a 200 anos. Tem uma espessura média de 7 km e é constituída por rochas mais densas, essencialmente basalto e gabro.
Nem todas as águas dos oceanos fazem parte desta crosta, existe uma superfície que corresponde à crosta continental.
Na crosta oceânica é possível identificar quatro zonas diferentes: as planícies abissais, as fossas abissais, as cristas oceânicas e os guyots.
O limite entre a crosta e o manto, a uma profundidade média de 35 quilômetros, é a descontinuidade de Mohorovicic, conhecida como bolor, em homenagem ao seu descobridor, o geofísico Andrija Mohorovicic.
É reconhecida como a camada que separa os materiais menos densos da crosta daqueles que são rochosos.
2 - Manto
Está sob a crosta e é a maior camada, ocupando 84% do volume da Terra e 65% de sua massa. Tem cerca de 2.900 km de espessura (Planeta Terra, 2017).
O manto é composto de magnésio, silicatos de ferro, sulfetos e óxidos de silício. A cerca de 650 a 670 quilómetros de profundidade, verifica-se uma aceleração especial das ondas sísmicas, que permitiu definir um limite entre os mantos superior e inferior.
Sua principal função é o isolamento térmico. Os movimentos do manto superior movem as placas tectônicas do planeta; o magma lançado pelo manto no local onde as placas tectônicas se separam, forma uma nova crosta.
Entre as duas camadas, ocorre uma aceleração particular das ondas sísmicas. Isso ocorre devido à mudança de um manto ou camada de plástico para um rígido.
Desta forma, e para responder a essas mudanças, os geólogos referem-se a duas camadas bem diferenciadas do manto terrestre: o manto superior e o manto inferior.
Manto superior
Tem entre 10 e 660 quilômetros de espessura. Começa na descontinuidade de Mohorovicic (molde). Tem altas temperaturas, então os materiais tendem a se expandir.
Na camada externa do manto superior. Faz parte da litosfera e seu nome vem do grego lithos,o que significa pedra.
Compreende a crosta terrestre e a parte superior e mais fria do manto, caracterizada como um manto litosférico. Segundo os estudos realizados, a litosfera não é uma cobertura contínua, mas é dividida em placas que se movem lentamente na superfície da Terra, a alguns centímetros por ano.
Seguindo a litosfera está uma camada chamada astenosfera, que é composta de rochas parcialmente derretidas chamadas magma.
A astenosfera também está em movimento. O limite entre a litosfera e astenosfera está localizado no ponto onde as temperaturas chegam a 1.280 ° C.
Manto inferior
É também chamada de mesosfera. É encontrado entre 660 quilômetros a 2.900 quilômetros abaixo da superfície da Terra. Seu estado é sólido e atinge uma temperatura de 3.000 ° C.
A viscosidade da camada superior é claramente diferente da camada inferior. O manto superior se comporta como um sólido e se move muito lentamente. Daí o movimento lento das placas tectônicas é explicado.
A zona de transição entre o manto e o núcleo da Terra é conhecida como descontinuidade de Gutenberg, em homenagem ao seu descobridor, Beno Gutenberg, um sismólogo alemão que a descobriu em 1914. A descontinuidade de Gutenberg está localizada a cerca de 2.900 quilômetros de profundidade (National Geographic, 2015).
É caracterizado porque as ondas sísmicas secundárias não conseguem passar por ele e porque as ondas sísmicas primárias diminuem repentinamente de velocidade, de 13 para 8 km / s. Abaixo disso, o campo magnético da Terra se origina.
3 – Núcleo
É a parte mais profunda da Terra, tem um raio de 3.500 quilômetros e representa 60% de sua massa total. A pressão interna é muito maior do que a pressão superficial e a temperatura é extremamente alta, podendo ultrapassar 6.700 ° C.
O núcleo não deve ser indiferente a nós, pois afeta a vida no planeta, pois é considerado responsável pela maioria dos fenômenos eletromagnéticos que caracterizam a Terra (Bolívar, Vesga, Jaimes, & Suarez, 2011).
É composto por metais, principalmente ferro e níquel. Os materiais que compõem o núcleo são derretidos devido às altas temperaturas. O núcleo é dividido em duas zonas: núcleo externo e núcleo interno.
Núcleo externo
Tem uma temperatura entre 4.000 ° C e 6.000 ° C. Ele varia de uma profundidade de 2.550 quilômetros a 4.750 quilômetros. É uma área onde o ferro se encontra em estado líquido.
Este material é um bom condutor de eletricidade e circula em alta velocidade em sua parte externa. Por isso, são produzidas correntes elétricas que dão origem ao campo magnético terrestre.
Núcleo interno
É o centro da Terra, com cerca de 1.250 quilômetros de espessura, e é a segunda menor camada.
É uma esfera metálica sólida feita de ferro e níquel, está no estado sólido embora sua temperatura varie de 5.000 ° C a 6.000 ° C.
Na superfície da Terra, o ferro consegue derreter a 1.500 ° C; entretanto, no núcleo interno as pressões são tão altas que permanece no estado sólido. Embora seja uma das camadas menores, o núcleo interno é a camada mais quente.
Referências
- Bolívar, L. C., Vesga, J., Jaimes, K., & Suarez, C. (março de 2011). Geologia -UP. Obtido da Estrutura interna da terra: geologia-up.blogspot.com.co
- Educacional, P. (2017). Portal educacional. Obtido da Estrutura Interna da Terra: portaleducativo.net
- Geografia nacional. (2015, 7 de julho). Obtido em Caryl-Sue: nationalgeographic.org
- Pino, F. (2017). Explorar. Obtido na estrutura interna da terra: vix.com.