As 4 diferenças entre autismo e personalidade esquizóide - Psicologia - 2023
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Contente
- Existem diferenças entre autismo e personalidade esquizóide? Perguntas anteriores
- Quais são as diferenças entre autismo e Transtorno da Personalidade Esquizóide?
- 1. Definição
- 2. Relações sociais
- 3. Tipos de comportamento
- 4. Emocionalidade
Às vezes, dois distúrbios psicológicos podem implicar em sintomas que podem coincidir em alguns aspectos.
Embora isso ocorra, cada patologia possui características muito específicas que a distinguem das demais. Neste caso, vamos nos aprofundar as diferenças entre transtornos do espectro do autismo e personalidade esquizóide para saber como distingui-los.
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Existem diferenças entre autismo e personalidade esquizóide? Perguntas anteriores
A psicologia é uma ciência totalmente estabelecida e sua metodologia está cada vez mais padronizada. Existem manuais de diagnóstico onde os critérios que um paciente deve apresentar são descritos em detalhes para que possamos enquadrar seus sintomas com um transtorno específico. Um dos principais manuais utilizados é o DSM-5, Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, em sua quinta revisão, publicado pela American Psychiatric Association.
Por outro lado, encontraríamos a CID-10, a classificação internacional de doenças, em sua décima revisão, publicada pela Organização Mundial da Saúde. Ambos os manuais descrevem as características de cada um dos transtornos de saúde mental e quais são os critérios pelos quais um profissional pode emitir um diagnóstico de compatibilidade entre os sintomas de um paciente e um transtorno específico.
Dentro desta gama de diagnósticos, existem alguns em que a priori, pode parecer que há alguma convergência nos sintomas. No entanto, sempre há distinções que os tornam únicos. Este é o caso das diferenças entre autismo e personalidade esquizóide. Esses aspectos diferenciadores são importantes, pois constituem os critérios que orientam o psicólogo ou psiquiatra a ser capaz de enquadrar os sintomas de um ou outro transtorno.
É imprescindível que o profissional faça uma avaliação correta discriminando todos os sintomas para que ter um diagnóstico preciso e iniciar um tratamento visando melhorar a situação do paciente. Se falhasse nesta fase, todo o trabalho que viria depois perderia eficácia, pois está a receber uma série de medidas que não correspondem exactamente à patologia sofrida por aquela pessoa.
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Quais são as diferenças entre autismo e Transtorno da Personalidade Esquizóide?
Já antecipamos a importância de uma distinção correta entre as diferentes patologias. Agora vamos examinar em detalhes as principais diferenças entre o autismo e a personalidade esquizóide.
1. Definição
Obviamente, dois transtornos diferentes terão definições independentes nas quais já nos darão uma série de detalhes importantes para distinguir entre os dois rótulos diagnósticos.
Em primeiro lugar, transtorno de personalidade esquizóide é uma patologia incluída no grupo A de transtornos de personalidade, caracterizado por um comportamento excêntrico e onde a personalidade esquizotípica e paranóica também seria encontrada. De acordo com o DSM-5, a personalidade esquizóide é caracterizada por uma tendência geral de ter relações sociais distantes ou inexistentes, bem como apresentar uma expressão emocional muito reduzida.
Por sua vez, o transtorno do espectro do autismo, embora abarque toda uma série de casos, caracteriza-se por uma série de dificuldades na comunicação e interação social com seus pares, bem como por uma rigidez na variedade de comportamentos.
2. Relações sociais
Existem diferenças entre o autismo e a personalidade esquizóide quando se trata de relações sociais. Embora as pessoas que sofrem de qualquer um dos distúrbios tendam a ter dificuldade em interagir com outras pessoas, a verdade é que as causas subjacentes a este fato em cada uma dessas patologias são diferentes e, portanto, representam uma das grandes desigualdades entre os dois diagnósticos.
No caso da personalidade esquizóide, alguns dos critérios que parecem diagnosticar seria o não estar interessado em iniciar relações sociais, não ter um círculo íntimo de amigos ou pessoas de confiança, além dos parentes mais próximos. Outro critério é não ter praticamente nenhum desejo de fazer sexo.
No entanto, quando se trata de transtornos do espectro do autismo, as causas são diferentes. Aqui convém lembrar que se trata de um distúrbio do espectro, ou seja, ocorre em diferentes graus de intensidade, dependendo do nível de funcionalidade do indivíduo, que pode variar desde muito baixo, sendo incapaz de cuidar de si mesmo, para alto, em que possam viver de forma independente, sendo o caso daqueles que sofrem de Asperger.
No caso dessas pessoas, também têm relações sociais deficientes, mas não porque não as queiram, como aconteceu com aqueles com personalidade esquizóideMas porque têm dificuldades para se relacionar de forma convencional, o que em muitos casos gera conflitos e os impede de estabelecer relações mais abundantes ou de longo prazo.
Outra área em que os indivíduos com a conhecida síndrome de Asperger podem ter problemas é na comunicação não verbal, que pode não ser tão fluente ou congruente com a linguagem verbal quanto uma pessoa emitiria sem esse tipo de transtorno. No caso de pessoas com transtorno esquizóide, elas não teriam nenhum problema significativo para controlar sua linguagem não verbal, de modo que para eles não seria um impedimento.
A diferença, portanto, estaria na origem. Para as pessoas que sofrem de personalidade esquizóide, a causa seria que preferem ficar sozinhas e não ter que interagir com ninguém. Ao contrário, as pessoas com autismo e mais especificamente com Asperger, não têm necessariamente o desejo de ficar sozinhas, mas têm dificuldade em estabelecer relações sociais, por isso acabam por ter menos.
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3. Tipos de comportamento
Os comportamentos que os indivíduos preferem realizar também representam outra das diferenças importantes entre o autismo e a personalidade esquizóide. Para começar, pacientes com transtornos do espectro do autismo podem ter disfunções em seu sistema de processamento sensorial, tornando-os hiposensíveis ou hipersensíveis a certos estímulos, incluindo aqueles recebidos por meio da audição e do tato.
Isso, entre outros motivos, faz com que esses indivíduos tendam a preferir realizar uma série de atividades muito específicas, dentro de padrões geralmente rígidos. Ou seja, eles não tendem a aceitar inovações facilmente. Portanto, pode-se afirmar que seus comportamentos são limitados por determinadas preferências e, na medida do possível, preferem não se afastar dessas diretrizes.
Ao contrário, quando falamos em sujeitos com transtorno da personalidade esquizóide, também encontramos critérios associados a essa patologia que se referem às atividades que realizam, mas as motivações são diferentes. Nessas pessoas há uma tendência geral de escolher aquelas atividades em que não tenham que lidar com outras pessoas, pois preferem ficar sozinhas, sem interagir com seus pares. Além disso, não existe uma grande motivação para a realização das atividades, sendo muito poucas as que lhes dão alguma satisfação.
Portanto, aqueles com personalidade esquizóide também estariam limitando seriamente a gama de atividades que preferem fazer, mas não porque eles preferem orientações específicas, mas porque eles não encontram reforço em praticamente qualquer. Mas dentro das possibilidades, eles normalmente escolherão aqueles que não envolvem contato com outras pessoas, pois preferem a solidão.
4. Emocionalidade
Outra diferença entre autismo e personalidade esquizóide diz respeito ao aspecto emocional, principalmente em relação às interações sociais. Para começar, quando falamos sobre transtorno de personalidade esquizóide, encontramos características nos manuais de diagnóstico que afirmam que essas pessoas são emocionalmente frios, não sentem afeto com praticamente nenhum indivíduo e preferem manter distância dos seus pares.
Ainda em relação à emocionalidade, detectou-se que o paciente esquizóide não reage às críticas feitas por terceiros, sejam elas negativas ou positivas. Em ambos os casos, a mesma resposta ocorre no indivíduo, que não é outra senão a de indiferença.
O caso das pessoas no espectro do autismo é muito diferente. Já tínhamos visto no ponto das relações sociais que eles têm interesse em interagir com os outros, só que muitas vezes sofrem com dificuldades para fazê-lo de forma socialmente aceita, o que os leva a confusões ou situações incômodas. Esta é um esforço extra para eles analisar conscientemente a linguagem não verbal e a intencionalidade do interlocutor, o que pode ser exaustivo.
Portanto, não significa que as pessoas que sofrem de Asperger ou outros tipos de autismo prefiram manter-se emocionalmente distantes ou não podem expressar seu afeto, mas sim que devido às suas características é possível que possam ter mais dificuldades em ter interações ou construir relacionamentos. com outras pessoas. do que aqueles que não sofrem deste distúrbio.