O que é terapia ocupacional infantil? - Ciência - 2023


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o terapia ocupacional infantil analisa os problemas que as crianças apresentam e facilita o seu caminho com atividades e exercícios que lhes dêem a maior autonomia possível na vida, a partir da recuperação das doenças. É recomendado para doenças ou distúrbios como autismo infantil, paralisia cerebral, acidentes vasculares cerebrais, entre outros.

Em outras palavras, a terapia ocupacional é responsável pelo estudo da ocupação humana e é utilizada como uma ferramenta para intervir no alcance dos objetivos estabelecidos para a autonomia da pessoa.

Falar de terapia ocupacional é falar do termo "ocupação", que se refere às atividades diárias de uso diário. Nestes podemos incluir o autocuidado, o lazer, a participação social e comunitária, bem como a econômica. Ou seja, atividades da vida diária, atividades produtivas e atividades de lazer que a pessoa deve realizar por conta própria.


Os campos de atuação em que participa a terapia ocupacional são: hospitais, centros de saúde, casas de família, ambientes de trabalho e escola, instituições penitenciárias ou geriátricas.

Como é a terapia ocupacional na infância?

Na infância, as crianças aprendem por meio da experiência. Eles interagem com o mundo e, a partir dessas interações, aprendem e se familiarizam com o mundo exterior. A partir dessa interação se desenvolve o crescimento da criança, onde aprende a enfrentar novas situações geradas a partir desse aprendizado.

A terapia ocupacional é distribuída em sete contextos: cultural, social, pessoal, espiritual, temporal, físico e virtual. Além disso, são classificados como essenciais na escolha e no desenvolvimento ocupacional da pessoa e, portanto, em nenhum momento serão estudados individualmente porque ocupam um único conjunto e serão abordados a partir da própria cultura, do contexto histórico e do político.


Por meio da abordagem da criança com o meio ambiente e sua interação com o meio ambiente, ela cresce e, consequentemente, o desenvolvimento das habilidades que devem ser utilizadas em seu ambiente, na cultura, na sociedade e na idade o que acontece com ele.

É assim que se dá o desenvolvimento infantil, a partir da união de todos os fatores. Porém, existem facetas que se desenvolvem antes das outras, além de levar em consideração o estímulo que é dado a ela.

Por exemplo, recomenda-se que para que a criança fale mais cedo e desenvolva a linguagem precocemente, sejam mantidas conversas com ela desde o nascimento, independentemente de ela falar ou não palavras, a conversa pode ser mantida por meio de gestos que ela mostra pela não comunicação. verbal.

Os terapeutas ocupacionais às vezes encontram situações em que as crianças têm limitações em certas atividades diárias que limitam o bem-estar que a criança deveria desfrutar.


Nas primeiras idades, a responsabilidade dos mais pequenos é divertir-se a brincar e começar a conviver. Além disso, aprender a realizar hábitos diários.

No entanto, existem várias circunstâncias em que as crianças não têm a capacidade de explorar normalmente o suficiente, pois têm problemas de adaptação ao ambiente e são limitadas.

Por esse motivo, a terapia ocupacional tem o compromisso de facilitar possibilidades para essas crianças, por meio de estímulos administrando situações em que elas alcancem a execução de atividades para que a exploração ocorra com total normalidade, de forma adequada.

Como devem ser os profissionais desta área?

O terapeuta ocupacional deve ser um profissional com conhecimento e ampla formação em habilidades e competências que lhe permitam trabalhar com indivíduos ou grupos que apresentam algum tipo de problema a nível corporal ou motor e, portanto, apresentam limitações para desenvolver sua vida normalmente. .

Nas palavras da Associação Profissional Espanhola de Terapeutas Ocupacionais, um profissional da área da Terapia Ocupacional pode exercer a reabilitação em diferentes áreas:

  • Geriátrico
  • Pediatric.
  • Saúde mental.
  • Dependência de drogas,
  • Discapacidade intelectual.
  • Estimulação Precoce.
  • Fisica.
  • Trabalho.
  • Psicossocial

Além de intervir na marginalização social, na imigração social e no diabetes, entre outras doenças.

O terapeuta ocupacional é especificamente responsável por avaliar a situação em que a pessoa se encontra. Investigue em que estado estão os elementos que o ser humano executa para realizar as ações cotidianas. Portanto, a tarefa do terapeuta é observar se as habilidades psicomotoras da pessoa, sua interação com o mundo e a comunicação que realizam são realizadas de forma otimizada.

A partir daqui, devemos especificar que o processo de intervenção realizado pelo terapeuta ocupacional deve obedecer, na maioria dos casos, às seguintes fases:

  1. Avaliação.
  2. Intervenção inicial para propor objetivos.
  3. Intervenção.
  4. Avaliação dos resultados obtidos.

Um caso real

Podemos observar o trabalho realizado tanto por meio da estimulação motora quanto da sensorial, visto que a criança nasce com dificuldades e não se alimenta normalmente, sem ter hábitos como mastigar, muito menos a necessidade de sentar à mesa. É alimentado durante os primeiros anos de vida com nutrientes líquidos sem degustar, em nenhum momento, os alimentos no formato sólido.

Em primeiro lugar, devemos ter em mente que a participação do terapeuta ocupacional na infância teve, ao longo da história, um grande impacto em diversos casos.

O menino que não comia

A seguir, apresentamos um caso em que houve intervenção e resultados obtidos, intitulado O menino que não comia (Beaudry, 2012).

Esta criança nasceu com um falta de ferro devido a uma que a mãe já apresentou durante a gravidez e, portanto, nasceu fraca, com baixo peso e saúde precária. Tudo isso levou a um atraso no seu desenvolvimento durante o crescimento.

Depois de frequentar várias vezes as consultas devido à demora que a criança apresentava, alguns médicos diagnosticaram-na como autistaNo entanto, a situação real, após inúmeras investigações, envolveu hipersensibilidade tátil.

A mãe da criança resolveu resolver o problema da alimentação porque a pequena só comia líquidos e nada sólido. Portanto, em uma primeira instância, foi consultado o terapeuta ocupacional que, como profissional, passou a trabalhar na alimentação da criança, algo indiscutivelmente teve que ser iniciado trabalhando desde os primeiros estágios do desenvolvimento da pessoa.

Em primeiro lugar, ele começou a realizar algumas técnicas de alongamento dos músculos faciais.

Quando há problemas no momento em que o alimento é introduzido no corpo, então é necessário atuar com o resto do corpo, pois neste caso a criança tem um hipersensibilidade generalizada. E, portanto, você tem que começar de fora até chegar à boca, os lábios e o interior deles, os dentes (que até agora não os mostravam e estavam danificados).

Com a boca fechada, é oferecido um objeto que pode morder e vibrar ao mesmo tempo, pois a hipersensibilidade que possui é receptiva às vibrações, pois essa vibração alivia a dor e o acalma.

A princípio vamos receber a negatividade que a família tem recebido até então, porém, aos poucos, com paciência vamos conseguindo. Posteriormente, alongamos e relaxamos os músculos faciais, continuando com o uso de objetos vibratórios para acalmar essa hipersensibilidade.

Até agora apenas a possibilidade de se aproximar da boca foi trabalhada, deixando a comida de lado, momentaneamente. Desse modo, nos encontramos em situações em que a criança continua recusando e o terapeuta retoma a tarefa a todo momento, até que ele vá conseguindo, aos poucos.

Até agora, apenas o sensibilidade de corpo inteiro e nesse ponto começamos a trabalhar com o oral.

Encontrar-nos-emos em situações em que, embora não seja aconselhável forçar, é importante que, em situações totalmente negativas, seja forçado, embora em menor grau. A partir daqui, começamos a tocar a boca com algo duro e crocante, por exemplo, palitos de pão. Ao colocar o palito na boca, a criança consegue mordê-lo, mas não mastiga, pois não sabe mastigar.

É adequado manter contato com o resto do corpo durante a realização do processo, além de divertir a criança com um brinquedo ou algo que possa prendê-la por um tempo.

A possibilidade de haver algo entre os dentes e a interação com a língua o incentiva a morder. E, para começar a mastigar, alguma técnica de pressão será praticada na parte externa da goma. Mexer na língua é benéfico para lidar com a questão da alimentação, pois uma vez que a língua é dominada, mastigar fica mais fácil.

O primeiro alimento que se coloca na boca, como tal, deve ser pequeno e ter a possibilidade de se degradar rapidamente, por exemplo, o milho.

Isso dá a possibilidade, em uma de suas variantes, de que no momento em que entra em jogo com a saída ela entre em colapso, pois dá mais facilidade.

Não tendo ainda o controle da língua, o alimento é colocado diretamente entre os molares. Assim, assim que outros alimentos são introduzidos na boca, elementos vibratórios são usados ​​novamente para continuar a aliviar a dor.

O terapeuta ocupacional refletiu e transferiu sua avaliação, ressaltando que, assim que a alimentação melhorou, a criança se adaptou mais facilmente às mudanças e, a partir daí, passou a trabalhar a alimentação propriamente dita.

Como a alimentação é uma ação rotineira, o terapeuta tem muito a dizer a esse respeito, pois tudo que envolve comer faz parte dessa rotina, assim como a situação de sentar ou pôr a mesa.

Por fim, devemos destacar que, como em qualquer processo de ensino-aprendizagem, são geradas situações nas quais outros aspectos científicos propõem outras formas de ensino.

Existem correntes psicológicas que propõem que todos os passos devem ser ensinados ao mesmo tempo, ou seja, propõem que todas as variantes; prato, mesa, cadeira, são dados juntos para que a criança assuma a situação como ela é.

No entanto, o terapeuta que reflete esse caso aponta que sua tarefa era principalmente para a criança comer e, portanto, limitou-se a ensinar o comportamento de comer, deixando de lado outras tarefas que seriam aprendidas posteriormente e não eram vitais para a criança. autonomia da pessoa.

Referências

  1. BEAUDRY BELLEFEUILLE. I. (2012). Alimentação seletiva: avaliação e tratamento de uma criança de três anos. Em SANJURJO CASTELAO, G. (Coord.). III Ciclo de sessões clínicas Asturian Journal of Occupational Therapy, Asturias.
  2. ROJO MOTA, G. (2008). A Terapia Ocupacional no tratamento de dependências. Transtornos de Dependência, 10, 88 – 97.
  3. VIANA MOLES, I. E PELLEGRINI SPANGENBER, M. (2008). Considerações contextuais na infância. Introdução ao desenvolvimento infantil. Terapia ocupacional na infância.